sábado, dezembro 27, 2014

Fanfic: Dois Mundos, Duas Vidas - Capitulo 37


Autora: Giis  Vieira

Género: Aventura, Drama, Lemon, Romance

Classificação: +16

Categoria: Saga Crepúsculo

Avisos: Linguagem Imprópria, Sexo, Violência




Capítulo 37

Esme


Eu andava de um lado para o outro, pensando em alguma forma de acabar logo com aquela situação. Olhei para a janela, as nuvens estavam mais espessas. Hoje seria um dia como outro qualquer, quer dizer para algumas pessoas.

–- Esme, querida. Algum problema? - Carlisle perguntou entrando no quarto, indo para o meu lado em um piscar de olhos. Ele me fez parar e pegou minhas mãos.

–- Não, só estou preocupada. Edward já voltou? - Perguntei despreocupadamente.

–- Ainda não. - Respondeu desconfiado. - Mas o que a preocupa?

–- Estou preocupada com Bella, tenho medo que eles voltem e tentem alguma coisa contra ela. -Menti, embora esse fato me preocupasse também. - Você sabe nosso Edward a ama mais do que tudo, e eu nunca o vi tão feliz. Tenho medo que alguma coisa aconteça e estrague a felicidade deles. - Ou alguém, mais especificamente Tanya faça isso.

–- Ah, Esme! - Disse ele me abraçando. - Nada vai acontecer com eles. Aqueles vampiros não irão voltar. Eles entenderam bem meu recado.

Carlisle fez uma careta e depois suspirou.

–- Não se preocupe querida, vai ficar tudo bem. - Ele afagou meu rosto com o polegar. - Bom preciso ir. Depois vou passar nos Swan preciso ver Leah, e vou aproveitar e dar uma olhada em Anna também, o útero dela está muito baixo, essa época da gestão é a mais perigosa ainda mais na idade dela. E ainda por cima faz uma viagem de três dias - Ele sacudiu a cabeça.

–- Eu sei que ela foi irresponsável, mas é uma boa menina. E muito corajosa também. Edward me disse que ela está passando por um momento difícil. Talvez aqui seja melhor para ela.

–- Depois conversamos sobre isso. Agora preciso ir.

Levei Carlisle até o seu carro, que estava estacionado em frente de casa. Beijei-lhe de leve nos lábios e desejei um ótimo dia de trabalho.

Voltei para dentro de casa. A desvantagem de ser mãe e esposa vampira: é que eu não tinha muita coisa para fazer. Não precisava me preocupar em preparar refeições em horários certos, nem em manter a casa em ordem. Uma vez que meus cinco filhos eram adolescentes muito maduros. Subi as escadas mesmo assim. Iria começar pelo terceiro andar. Porque como toda dona de casa maníaca por limpeza, queria ter certeza de que estava tudo em ordem.

Entrei primeiro na sala de musica, lá estava tudo em ordem, como eu disse meus filhos eram bem organizados. Depois fui para o quarto de Edward, que quase não reconheci por causa da bagunça; várias toalhas e roupões embolados, uma bermuda úmida - que ele havia usado para entrar na piscina no dia do aniversario dele, e ainda estava ali - e até a parte de cima de um biquíni. Pelo tamanho deveria ser de Bella. Suspirei pesadamente. Retiro o que eu disse sobre filhos organizados. Recolhi tudo o que estava espalhado, e dei uma organizada e fui para o próximo quarto.

O quarto de Emmett e Rosalie fez o de Edward parecer imaculado. Recolhi os restos de roupas e lingeries que estavam por todo o quarto. Enquanto limpava o quarto agradecia por eles serem vampiros, e não precisar me deparar com milhares de camisinhas espalhadas pelo quarto. Por fim fui para o quarto de Alice e Jasper, que estava imaculadamente limpo e organizado - pelo menos eles eram organizados. Dei um suspiro longo e resolvi ir dar uma olhada no quarto em que Tanya estava hospedada. Para minha sorte o quarto dela também estava limpo.

Enquanto descia com as roupas que eu iria lavar; e as que ia jogar fora, avistei Tanya com uma cara entediada, sentada na sala de TV. Franzi o cenho. Não entendia o que ela ainda estava fazendo aqui. Mas sabia que ela não estava aprontando boa coisa. Eu não confiava mais nela, depois do que ela fez com o Edward, e tem também a conversas com Rose que sempre parecem mais acusações e cobranças. Se Carlisle não fosse tão tolerante por causa dos anos de amizade com os Denalli, com certeza eu mesma já a teria jogado porta a fora.

–- Oi Esme. - Ela se virou e sorriu. - Edward já voltou?

–- Não. - Respondi, olhando-a desconfiada. - E você? Por que não foi ao shopping com os outros?

–- Eu queria esperar o Ed, para irmos juntos. - Ela ficou irritada de repente. - Sabe Esme isso já é abuso, não acha? Agora o Edward nem passa muito tempo com a gente. É sempre Bella para lá, Bella para cá...

–- Não acho que seja abuso Tanya. E também não me importo. Nunca vi Edward tão feliz como agora, e é isso o que realmente importa. - Joguei essa na cara dela. -E só para deixar algumas coisas bem claras completei: - E acho que Edward passa bastante tempo comigo, com Carlisle e os irmãos. Se você não percebeu ainda Tanya a ausência excessiva de Edward se deve a sua presença excessiva nesta casa.

Ela bufou indignada e se levantou do sofá.

–- Esme você deveria estar do meu lado, não do dela. Ela é completamente errada para ele. - Ela quase gritava, enquanto andava de um lado para o outro. - Será que ninguém nessa casa entende? EU SOU A MULHER CERTA PARA ELE. EDWARD SÓ PODERÁ SER FELIZ AO MEU LADO.

Já estava cansada da ladainha dela. Então era hora de refrescar um pouco a mente dela.

–- Você quer fazê-lo feliz? Feliz como ele estava quando namorava você? - Joguei de novo na cara dela. - Eu não me importo se Bella é errada, nisso podemos dar um jeito. - Tanya não gostou quando falei isso. - O que realmente importa é que ela o faz feliz, como eu já te disse.

–- Isso não está certo Esme.

–- O que não está certo Tanya, você se metendo no relacionamento deles. Tentando envenenar Bella contra Edward, e usando Rosalie. - Ela arregalou os olhos. - Eu não sei ainda o que ela esconde, mas quando descobri nem sua amizade de anos vai fazer Carlisle te perdoar. Eu gosto muito da sua família Tanya e de você também, apesar de tudo, mas não vou permitir que estrague a felicidade dos meus filhos. E por isso que eu te peço, por favor, que vá embora e deixe Edward, Bella e Rosalie em paz.

–- O que? Esme você não pode fazer isso comigo.

Edward

Tive que sair do quarto de Bella antes dela acordar. Queria muito estar per quando ela abrisse seus lindos olhos cor de mel e desse aquele sorriso, que faria meu coração parar se ele ainda batesse, mas como sempre Alice havia me intimado para ir para casa o mais rápido possível, sem me dar mais nenhum detalhe, e como eu conhecia a irmã que eu tinha, era melhor eu correr, fora que eu estava curioso para saber o que estava acontecendo em minha casa, que não podia esperar. Tentei ligar para ela enquanto corria, e é claro a projeto de vampiro não atendeu. Aumentei a minha velocidade eu queria estar em casa logo.

Enquanto eu corria tentava descobrir o que era tão importante. Será que ela tinha novidade sobre os nômades malditos? Eu queria muito ter a oportunidade de enfrentá-los novamente, mas seria sem a intervenção de Carlisle.

Quando cheguei perto de casa pude ouvir vozes exaltadas, principalmente a de Tanya e de Esme.

Esme queria que Tanya fosse embora - até que enfim alguém tomou essa atitude.

–- O que? Esme você não pode fazer isso comigo. - Exclamou Tanya irritada.

Em minha opinião, acho que Esme demorou até a mandá-la embora. Ela só não o fez antes por causa de Carlisle, mas ao que parece a atitude de Tanya ontem, fez com que Esme perdesse a paciência.

-- Rose peça para Esme me deixareu ficar. - Exigiu ela a Rosalie.

“Tenho certeza que Rosalie vai interceder por mim...”- Pensava ela convicta.

–- Eu... Tanya... Eu não sei. - Rosalie estava meio hesitante, ela nunca hesitava em fazer alguma coisa para Tanya.

–- Simples Rosalie, ou você pede a ela para que eu fique, ou eu conto tudo o que eu sei você escolhe. - Ameaçou Tanya. Nesse momento eu vi tudo o que aconteceu na mente delas. O deslize que Rosalie não queria que soubéssemos. O segredo que fazia com que ela fosse um simples fantoche nas mãos de Tanya.

Entrei em casa e fui em direção à Tanya, mal percebi a presença de Emmett, e dos outros, no momento eu só queria arrebentar Tanya em mil pedacinhos.

–- Como você pode ser tão baixa Tanya? Como pode dizer que é amiga de Rosalie e de nossa família agindo dessa maneira? - Ela se esquivou de mim e foi para o lado de Rosalie.

–- Rose, você não quer que eles saibam seu deslize não é? Então já sabe o que fazer, ou eles ficarão sabendo. - Disse ela numa voz cínica.

–- Rose? - Alice chamou baixinho. - É melhor contar, nem é tão grave assim, ninguém irá te julgar. É melhor você se livrar desse peso em sua consciência e se livrar dessa... - Alice fez um esforço enorme para não xingar Tanya de prostituta para baixo e depois concluiu: - Pressão que Tanya está pondo em você.

–- Não, está tudo bem Alice. - Tanya abriu um sorriso enorme, convicta de que Rosalie ia implorar para Esme deixá-la ficar, mas Rose acabou surpreendendo a todos, acho que nem mesmo Alice tinha previsto essa. - Eu vou contar tudo, não agüento mais isso. - Ela se virou para Tanya e falou: - Tanya eu adoro você sério, mesmo você me chantageando, sempre vou ser sua amiga, mas chega uma hora que precisamos decidir, e eu decidi pela felicidade do meu irmão, e se a felicidade dele é ao lado de Bella eu irei fazer de tudo para que eles sejam felizes, nem que para isso eu tenha que me sacrificar. Há dias estou pensando em contar a verdade, mas ainda não estava pronta.

Ela suspirou algumas vezes e começou a narrar:

–- Foi há algumas semanas depois que nos mudamos para o Alasca, eu estava caçando com Tanya, quando encontramos dois homens. Eu sei fomos completamente irresponsáveis, por não ter pedido algum auxilio de Alice. - Rosalie falava enquanto retorcia as mãos no colo. - Mas naquela época ela ainda estava com muita raiva de mim e de Tanya, por interferirmos na vida de Edward, e também nunca achamos que poderíamos encontrar humanos naquela área, onde ficavam os animais mais ferozes. Eu queria voltar tive que medo de machucá-los, mas Tanya me tranqüilizou ela me garantiu que não haveria problema, que isso sempre acontecia, e já estava acostumada, e que não deixaria que eu fizesse nada que pudesse me arrepender depois.

“Os dois rapazes nos viram, e claro eles ficaram encantados com nossa beleza. Então decidimos brincar um pouco com os dois. Tanya tinha me falado que já havia tido relações com humanos, e eu fiquei curiosa.” - Ela olhou para Emmett suplicante. - “Por favor, Emmett me perdoe? Eu juro, não estava cansada de você, nunca deixei de te amar, foi apenas curiosidade, na verdade eu só queria ver a reação deles, mas acho que eles levaram a brincadeira a sério. E quando eu vi não dava mais para voltar atrás. Só que eu não sabia o quanto era perigoso, está tão perto de um humano ainda mais quando estamos com muita sede. É claro que no momento que eu estava em contato direto com ele, o desejo pelo sangue dele foi mais forte.” - Rose editava a história para poupar Emmett. Apesar de ela não ter de fato feito sexo com o rapaz, chegou bem perto disso. - “E eu acabei matando-o. O amigo dele percebeu e começou a gritar por socorro, nos chamando de monstros, Tanya teve que mordê-lo, mas como eu fiquei desesperada ela teve que me acudir e se esqueceu do outro rapaz.”

“Depois fomos caçar, por causa dos meus olhos. O outro homem Lion acabou se transformando em um de nós. Eu não sei o que aconteceu com ele, nunca mais o vi. Mas eu juro para vocês nunca me senti tão suja, na minha vida. Nunca me arrependi tanto. Por isso quando pedi para Tanya nunca falar disso para ninguém, eu prometi que faria qualquer coisa por ela. É claro que tínhamos medo por causa de Edward, Alice e Jasper. Por isso naquela época demoramos tanto para voltar da nossa caçada.” - Ela olhou de novo para Emmett. - “Emmett amor, me perdoa, por favor?” - Se não fosse impossível poderia dizer que ela estava soluçando.

–- Tudo bem Rose, não estou com raiva de você. Juro. - Ela a envolveu em seus braços. - Mas eu preferia que você tivesse me contado.

–- Sim, minha querida. Qualquer um pode cometer um erro. - Esme também a tranqüilizou indo para o seu lado, e afagando-lhe os cabelos.

–- Rosalie você não devia ter feito isso. - Disse Tanya irritada. Agora ela não teria mais quem chantagear.

–- Não, Tanya eu já devia ter contado há muito tempo. Não por causa das coisas que você me pedia para fazer, mas porque eu não agüentava mais esse peso.

–- Você fez bem Rose. - Disse Alice olhando feio para Tanya. - Eu já sabia disso há muito tempo, mas achei que seria melhor que você contasse. Mas eu juro que se demorasse mais eu mesmo contaria. Bella e eu estávamos pensando até em conversar com voc...

–- Como é? Aquela humana idiota também sabe? - Tanya interrompeu o que Alice dizia.

–- Sim Tanya Bella sabe, eu contei a ela. - Alice falou com raiva sem nem ao menos olhar para Tanya. - Ela não contou nada, prometeu guardar o segredo pelo tempo que fosse. Ao contrario de você, ela não usou isso para manipular Rosalie.

Tanya cruzou os braços e bufou indignada.

–- Bem, já que tudo está resolvido. E você não pode mais chantagear Rosalie, que tal ir embora? - Disse Jasper, falando diretamente com Tanya pela primeira vez.

Desde o dia do meu aniversário, que Jasper não dirigia uma palavra se que a ela. Pelo menos não diretamente.

–- Tudo bem eu vou, mas eu sei que assim como eu Rose quer, ver Edward feliz. Ela sabe que ele só será feliz ao meu lado. - Por que ela insistia em bater sempre na mesma tecla. - E ela nem gosta daquela menina.

–- Na verdade Tanya. - Disse Rose meio sem jeito. - Eu gosto dela sim, antes eu falava dela, porque não a conhecia e aposto que se você conhecê-la melhor vai aprender a gostar dela também.

“Isso só pode ser uma piada. Rosalie amiga da coisinha humana?”- Se ela continuasse com esses pensamentos ofensivos eu ia dar na cara dela.

–- Tanya pode parar de ofender minha namorada por pensamentos e ir embora? - Disse já impaciente.

Depois que Tanya foi embora Emmett e Rosalie se trancaram no quarto - segundo os pensamentos dela, ela ia compensá-lo pela quase traição. Esme foi terminar de arrumar a casa, e Jasper havia ido dar uma olhada em sua moto.

Era quase o paraíso sem os pensamentos de Tanya para me incomodar, dava até para ficar em casa, sem precisar colocar fones de ouvidos. Mais tarde eu iria ver Bella e contaria a novidade para ela. Mas pensando bem por que esperar se posso dar à boa noticia para ela já? Quando sai para pegar meu carro, encontro Alice sentada na escada cabisbaixa e com um olhar triste.

–- O que há Alice? - Perguntei sentando-me ao lado dela. - Por que está tão triste não vai me dizer, que está com saudades de Tanya? Por que se for isso, posso ligar e pedir para ela voltar.

–- Nem brinque com uma coisa dessas, por favor. - Ela bateu na madeira próxima. - Mas é que eu tinha feito um super planejamento para desmascarar a Putanya e nem pude usá-lo. - Choramingou deitando a cabeça no meu ombro. - Estava tudo tão perfeito.

–- Não se preocupe você ainda vai ter muitas chances de desmascará-la. - Ela riu. Ficamos um tempo em silencio quando de repente me lembrei de uma coisa. - Alice esse Lion que a Tanya transformou era o mesmo que ela tinha um caso? - Perguntei.

–- Que ela tem um caso, você quer dizer. - O que então a vadia infernizava meu namoro enquanto estava com outro? - É o mesmo sim. No começo eu não sabia por que não consegui ligar a fisionomia de quando ele era humano com a de agora. Ela só voltou para fazer você e Bella se separarem...

Alice ficou quieta de repente, os olhos fixos e arregalados em algo distante. Olhei na mente dela e ofeguei.

–- O que você acha? Pedimos para Carlisle já ficar preparado? - Perguntei.

–- Sim, é melhor. Pelo que vejo em menos de 10 horas teremos um bebê para mimar.

Bella


Abri os olhos e olhei por todo o meu quarto. Ele não estava ali. Estranho Edward nunca saia antes de eu estar acordada. Levantei da cama e comecei a andar de um lado para o outro. Pensava em algum motivo que levaria Edward a sair sem me avisar. Olhei para meu IPhone em cima do meu criado mudo, perto dele havia um papel dobrado ao meio, com meu nome. Abri e li o que estava escrito.

“Amor, tive que ir para casa, Alice me chamou e disse que era urgente. E bem você conhece Alice. Estarei ai o mais breve possível. Eu te amo.”


Provavelmente Alice teve alguma visão dos nômades, e queria contar a novidade. Eu sabia que ela os estava monitorando.

Antes mesmo de pensar em trocar de roupa Anna entra no meu quarto. Olhei para o seu rosto mais atentamente, ela estava muito pálida e com olheiras fundas, como que se tivesse ficado sem dormir por muitos dias ou chorado muito. Eu não havia reparado nisso ontem porque estava escuro e também porque tinha ficado com muita raiva por ela ter se arriscado vindo até aqui de ônibus.

Anna tinha a expressão tão triste, tão infeliz que me senti culpada por ter gritado com ela ontem.

–- Como você está se sentindo? - Perguntei preocupada.

–- Já estive pior, acredite. - Respondeu ela com a voz fraca. - Ainda está com raiva de mim?

–- Claro que não - disse indo até ela e a abraçando. - Foi só raiva de momento, por você ter se arriscado tanto.

–- Eu sei, não devia ter feito isso. Não quer nem saber o que meus pais vão falar quando vierem para cá, mas Bells eu precisava de um tempo. Precisava sair de lá.

–- E por que você não me conta? Quem sabe não vai se sentir melhor.

–- Tem razão. Eu vim para isso mesmo, mas acho que acabei me acovardando. - Ela respirou fundo. - Bella eu vou te contar tudo, mas eu preciso que você prometa ser paciente, porque é uma historia longa e, por favor, por favor, não me interrompa.

–- Tudo bem.

A puxei para cama sentando em frente a ela.

Anna respirou fundo algumas vezes, e depois começou:

–- Bem tudo começou depois que você foi embora. Eu fiquei sozinha, era a única amiga que eu tinha naquele lugar. Passei alguns meses sozinha, sem falar com ninguém até que um dia ele reparou em mim. - Ela parou olhando minha reação. Será que finalmente ela me diria quem era o pai do bebê dela? - Você se lembra do Andy Evans - eu assenti desconfiada. Lembrava muito bem da peça, era um dos populares, que adorava massacrar os outros alunos. - Então, foi ele. Nós começamos a namorar e...

–- Espera ai! - Eu interrompi, mesmo tendo prometido não interrompê-la. - Você está me dizendo que o pai do seu bebê, é o Andy - Carademofo - Evans?

–- Bella você prometeu não interromper. E sim ele é o pai do meu bebê. Ele tinha terminado com a Blair.

–- Mas ele é bem mais velho que a gente, uns dois ou três anos a mais. Ele vai para a faculdade depois do verão.

–- Eu sei Bells, por favor, posso terminar a história?

–- Ah, claro. Desculpe.

–- Então, ele tinha terminado com a vaca da Blair porque ela o traiu com o time todo da escola, incluindo os reservas. Depois disso ele passou a andar mais comigo, ficamos muito amigos e resolvemos namorar. Quando eu fui para o ensino médio e mudei para o mesmo bloco que ele, o Andy ficou muito feliz disse que seria bem mais fácil para nós, e é claro que eu acreditei que ele tinha ficado realmente feliz. - Ela suspirou. - E por causa disso, eu decidir avançar com ele na nossa relação, mas eu juro Bella que na nossa primeira vez usamos camisinha, fizemos tudo direitinho.

–- E o que aconteceu depois?

–- Bem, algumas semanas depois da nossa primeira vez, ele apareceu na escola todo triste, dizendo que o pai havia sido transferido para a filial de Nova Iorque, mas ele não queria ir, porque ele não queria ficar longe de mim. Estávamos tão felizes. Então ele me disse que se eu ficasse grávida, os pais deles não poderiam nos separar. Eles são teriam duas opções, ou deixá-lo em Phoenix, ou me levar para Nova Iorque com eles, final de contas eu estaria grávida. E é claro, como eu sou sortuda eu fiquei grávida na primeira vez que transamos sem camisinha. Eu contei para ele quando descobri sobre a gravidez e, ele ficou radiante. Nosso plano estava dando certo.

–- Mas...? - Eu sabia que agora vinha a pior parte.

–- De um tempo para cá ele estava meio estranho, eu não sabia o porquê. Semana passada, encontrei os pais dele no mercado, eles só me cumprimentaram rapidamente e depois entraram no carro cochichando, achei estranha essa reação, final estava grávida do filho deles. Minha mãe resolveu falar a Sra. Evans afinal de contas ela nunca desde que eu fiquei grávida veio falar comigo, nem perguntar sobre o bebê. Quando minha mãe voltou, ela estava triste, eu perguntei o porquê, mas ela não quis me falar. À noite quando eu fui beber água a ouvi conversando com papai. Ela disse que a mãe do Andy nem sabia que eu estava grávida, na verdade ela não sabia que ele estava namorando comigo. Disse que não estava nem ai para mim, nem para o bebe, que tinha certeza que eu fiz isso para dar o golpe da barriga e que não ia me deixar estragar o futuro do filho dela.

“Quando eu fui tirar satisfação com o Andy, ele disse que tinha acontecido tudo rápido de mais. Que não teve tempo de assimilar a realidade, de se preparar.”

–- Pelo amor, Anna. Você já está com oito meses. Como assim ele não se acostumou com a idéia?

–- Foi isso que eu falei para ele. Andy só disse que sentia muito me desejou sorte, mas que ainda não estava preparado para ser pai. E ia para Nova Iorque estudar lá. E que ele não podia estragar a vida dele, ele tinha muito ainda o que viver.

–- Que filho da puta. E você Anna, ele nem pensou se estava preparada ou não. Você só tem quinze anos.

–- Eu descobri pela Lucy, que na verdade ele não queria ficar lá por minha causa e sim por causa da Blair. Ele ainda é apaixonado por ela, e só estava me usando porque não queria passar por corno manso. Como a Blair decidiu estudar em outro país ele não viu mais motivo para ficar lá. Foi por isso que ele nunca contou para os pais dele. Depois disso eu nem pensei Bella, só peguei minhas coisas e vim para cá.

Ela começou a chorar e eu a abracei.

Pobre Anna, ela sempre foi tão boa e dedicada, não era justo esse cara fazer isso com ela. Quando eu encontrasse aquele Cara-de-Mofo ele ia ver só.

–- Ei, não chore. Ele não merece nem pena. - Disse secando suas lagrimas. - Vai ficar tudo bem. Tenho certeza que o padrinho e a madrinha vão te dar todo o apoio e você tem a mim, eu vou sempre estar ao seu lado e o Edward também. Tia Claire disse que você pode ficar aqui pelo tempo que precisar, depois que o bebê nascer.

–- Ah Bells. - Ela me abraçou soluçante. - Às vezes acho que não mereço a sua amizade.

–- Deixa de ser boba, é claro que merece. Vamos descer e comer alguma coisa. - Ela assentiu e foi para o quarto se arrumar.

Depois que tomamos café decidimos visitar Leah, queria ver como ela estava, e Anna também estava saudade dela. As duas haviam ficado amigos da ultima vez que Anna esteve em minha casa. Para nossa surpresa Britanny disse que também queria ir visitar nossa prima.

Tocamos a campainha e fomos super bem recebidas por Seth, era incrível como esse garoto crescia, acho que ele estava uns dez centímetros mais alto desde a ultima vez que eu o vi, e isso foi tipo ontem a noite. Tivemos outra surpresa ao ver Leah e Sam agarrados perto da escada. Fiquei feliz em saber que finalmente o tapado do Sam tenha visto a verdade e se entendido com a Leah.

Jacob também estava lá ele nos cumprimentou e enquanto conversávamos na sala, de vez em quando eu o pegava olhando para Anna disfarçadamente. Ali tinha alguma coisa e eu ia descobrir. Quando os rapazes começaram a dar mais atenção ao vídeo game do que para nós Leah nos puxou para o quarto dela, para podermos conversar melhor.

No começo foi tranqüilo ela não cabia em si de felicidade, contando como Sam tratou Emily. Ela já não sentia mais tanto enjôo, mas suas pernas começaram a inchar ela ficou uns bons dez minutos se queixando juntamente com Anna como isso era incomodo. Eu e Britanny somente assentíamos, já que não estávamos grávidas não tínhamos como ter empatia. Era estranho ficar perto da minha prima sem ela armar alguma coisa, ou me ofender. Depois quando as duas gestantes resolveram parar de se queixar e nos incluir na conversa, começou o assunto difícil, como, por exemplo, com quantos caras havíamos ficado, e nossas experiências sexuais. Minha prima, como sempre ganhou a parada uma vez que Leah, Anna e eu só tivemos um namorado, enquanto ela afirmou já ter ficado com 24 caras - o que não foi surpresa para ninguém - em um dia só em um parque, quando ela esteve na Flórida. Depois elas passaram a falar de suas intimidades com os namorados é claro que eu fiquei mais vermelha que um pimentão e isso chamou a atenção delas.

–- Ah, Bells deixa der chata, todas nós falamos, você também tem que falar. - Disse Anna indignada por eu sempre desconversar. - Até eu contei.

–- Anna, mas você já não é mais a mesma há muito tempo.

–- Bella conta, logo vai. - Disse Leah. - Até parece que você com aquele namorado lindo, pedaço de mau caminho - que Sam não me ouça- nunca fizeram nada. - A olhei com a sobrancelha erguida. Desde quando minha prima lobisomem acha meu namorado vampiro bonito?

–- Não. Edward me respeita muito. Ele sabe que eu não estou pronta ainda.

–- É já não existem homens como os de antigamente. - Britanny se queixou. - O Chad no começo era um amor de pessoa, mas depois ele se tornou um crápula. Principalmente depois que conseguiu o que queria, mas para o azar dele eu nem era mais virgem.

–- Por incrível que pareça o Sam ficou ainda mais carinhoso comigo. Aliás, ele sempre foi assim, o que estragou tudo foi a Emily.

–- Eu já nem falo nada, olha que o meu me deixou. - Disse Anna afagando a barriga. - Mas eu não me arrependo de não ter tirado.

Anna havia contado o que tinha acontecido para Leah e Britanny. Leah é claro chorou junto comigo e Anna, e por incrível que pareça Britanny ficou toda solidaria com minha melhor amiga. Ainda se ofereceu para planejar uma vingança.

–- Ah, Bella você nem precisa falar nada, porque seu namorado é a perfeição em pessoa. - Disse Britanny antes de eu falar.

–- É verdade. Ele é um super cavalheiro. - Anna disse olhando para mim. Eu sabia que elas falavam isso tentando arrancar algo de mim, mas eu não falaria nada. - Bella, você mente mal para caramba, vai fala logo. Eu sei que aconteceu alguma coisa, seu rosto te entrega. Então pode soltando o que você anda aprontando com o bonitão.

É ela me conhecia mesmo, não tinha como esconder nada de Anna, assim como ela não escondia nada de mim.

–- Tá vocês venceram. Não chegamos aos finalmente, como suas mentes pervertidas estão pensando, mas digamos que estamos indo de vagar.

–- De vagar como? - Perguntou Britanny sem entender. Depois ela arregalou os olhos, como se tivesse compreendido algo muito obvio. - Ah minha nossa, Bella. Vocês estão nas preliminares, sua safadinha. - Ela começou a rir assim como as outras meninas. E só depois de me fazerem contar todos os detalhes sórdidos sobre as minhas primeiras experiências a três pararam de me torturar com cócegas.

Quando elas já haviam conseguido o que queriam descemos para comer alguma coisa, quer dizer para Leah e Anna comerem. Os meninos ainda estavam na sala jogando quando passamos pela sala. Enquanto as garotas comiam conversávamos sobre um monte de coisas uma dessas coisas era sobre o casamento de Leah.

–- Ai, eu não sei como vou fazer para arrumar tudo. Eu cancelei tudo: Buffet, decoração, vestido de noiva, das madrinhas, das damas de honra. - Leah parecia meio desesperada.

–- Acho que sei quem pode te ajudar. Se você quiser- Eu disse meio receosa, já que minha ajuda se tratava de Alice Cullen, uma vampira.

–- Aceito qualquer coisa, desde que seja rápido.

–- Estava pensando em Alice, ela adora preparar festas e é muito rápida em tudo. - Leah me olhou e eu pisquei para ela.

–- Boa idéia Bella. Alice Cullen, porque não pensei nela antes? - Ela sorriu. - Será que ela vai aceitar.

–- Acho que sim Alice adora fazer essas coisas e... - Parei de falar quando vi Anna correr com a mão na boa. - Eu já volto. - Disse para Leah e Britanny e a segui.

Anna havia acabado de entrar no banheiro. Entrei logo depois dela e a encontrei debruçada na privada, vomitando. Isso era estranho, essa fase de enjôos não era para ter passado?

Ajoelhei-me ao lado dela, e tirei seu cabelo do rosto.

–- Desde quando você está vomitando assim? - Perguntei enquanto ela se levantava e lavava o rosto. - Já não era para essa fase ter passado?

–- Sim, mas voltou. O meu medico disse que era por causa do estresse. - Não comentei nada apenas assenti e a ajudei a voltar para a sala.

Britanny e Leah estavam na sala nos esperando preocupadas. Anna garantiu-lhes que estava bem, que fora só um enjôo passageiro.

Anna não sentiu mais enjôos, mas mesmo assim eu ficava de olho nela Afinal a gravidez dela era de risco, e esses enjôos não deviam normais. . De vez em quando eu a ficar tensa, respirar fundo e depois relaxar, pensei em ligar para Carlisle, mas tinha deixado meu telefone em casa. Continuamos conversando tranquilamente até Britanny exclamar:

–- Anna, tudo bem que você está grávida, mas você não consegue chegar até o banheiro?

Olhei para Anna sem entender nada. Então vi a calça dela estava toda molhada. Será que ela tinha feito xixi? Tive minha resposta quando ela empalideceu, segurou com força o estofado da poltrona que estava sentada e soltou um grito agoniado de dor. Levantei-me em um salto assim como os outros e peguei sua, mão que estava gelada. Aquilo não era xixi, era a água do útero e o grito que ela deu havia sido uma contração.

–- Brity, isso não é xixi - respondi com a voz fraca para minha prima que estava com olhos arregalados. - A bolsa da Anna estourou, ela vai entrar em trabalho de parto. - Depois disso não vi mais nada, tudo virou um alvoroço. Anna apertou minha mão com muita força e eu gritei junto com ela, porque veio outra contração.

–- Droga! - Ouvi Sam gritar desesperado. - Eu não vim de carro para cá. Não acredito, eu sempre venho de carro, e justo hoje...

Não ouvi o resto porque Anna teve outra contração e apertou minha mão tão forte, que juro ter ouvido minha articulação estalar.

–- Aaaah, Bells... Eu... Aaaaiii. - Ela não conseguiu falar devido a dor, e eu não sentia mais minha mão.

Eu não tinha ouvido a campainha tocar, nem quem abriu a porta, muito menos que parecia muito estranho ele ter chegado justo naquela hora, mas eu fiquei muito aliviada ao ver Edward naquele momento. Ele se ajoelhou ao lado de Britanny e soltou minha mão que estava sendo esmagada pela dela.

–- Qual é o espaço de tempo entre as contrações? - Ele Perguntou sério.

–- A cada oito minutos eu acho. - Respondi

–- Tudo bem. Vou levá-la para Carlisle, ele meio que estava esperando por isso desde ontem. - Ele olhou em volta. - Jacob pode me ajudar a levar Anna para o carro. - Jake assentiu e pegou Anna no colo.

–- Edward, eu quero ir também. Preciso estar com ela nesse momento.

–- Tudo bem vamos?

Edward e eu fomos para o seu carro, Jacob já havia acomodado Anna no banco e estava sentado com ela. Sam também foi com a gente e os outros ficaram para avisar os adultos e ligar para os pais de Anna.

Sam foi na frente com Edward, e eu e Jake ficamos segurando cada um, uma mão dela. As contrações haviam aumentado: agora elas vinham a cada cinco minutos. Eu já não sentia minha mão de tanto que Anna a apertava e pela cara de Jake, ele também não podia sentir a dele.

–- O Cullen será que não podia ir mais rápido? - Perguntou Jacob impaciente.

–- O que acha que estou fazendo. Já estou no limite, não posso ir mais depressa por temos uma adolescente em trabalho de parto dentro do carro. - Respondeu Edward irritado.

Eu ia pedir para os dois calarem a boca, mas Anna teve mais uma contração e apertou minha mão com toda a força, me fazendo gritar junto com ela.

–- Aaaaaiiii. - Gritamos juntas.

–- Bella dá para não gritar? - Pediu Jacob irritado. Eu juro que quando tudo acabasse eu ia bater nele.

–- Ah, como se você não estivesse sentindo a mesma dor que eu. Vai dizer que está agüentando tudo numa boa? - Respondi sarcástica.

Ele não pode responder, porque veio mais uma contração e desta vez, nós três gritamos junto. Sam virou para olhar para Jacob com a sobrancelha erguida.

Finalmente chegamos ao hospital Carlisle já nos esperava com tudo pronto. Sam e Jacob ajudaram Anna a sentar na cadeira de rodas e a conduzi-la até a sala de parto.

Eu não sei se foi o destino, ou porque ele não conseguiu soltar a mão, mas Jacob acabou ficando na sala de parto junto comigo. Edward também entrou para ajudar Carlisle. Sam ficou do lado de fora, segundo ele, Leah, Sue e Britanny estavam a caminho do hospital.

Então começou o momento de tensão.

–- Ela só está com cinco dedos de dilatação, mas perdeu muita água não podemos esperar que aumente - Eu o ouvi comentar com a enfermeira. Ele se virou para Anna e falou. - Tudo bem Anna, vou pedir para que você use toda sua força para empurrar o bebê.

Não sei como, mas Anna conseguiu assentir e começou a fazer força. Depois de quase quarenta minutos nisso Carlisle levantou a cabeça e olhou preocupado para Edward. Não tinha havido nenhum progresso.

–- O bebê está virado, e é grande demais para a bacia. Ela quase não tem passagem- Carlisle falou. Eu olhei preocupada para Anna, que estava assustada. Jacob que ainda segurava a mão direita dela tirou uma mecha de cabelo do rosto dela e abaixou para tranqüilizá-la. - Vamos ter que fazer uma cesariana. Edward peça para arrumar a sala de surgira e chame o anestesista. - Edward já ia saindo quando me lembrei de uma coisa.

–- Carlisle, não tem outro jeito? - Perguntei desesperada. - Anna é alérgica a anestesia, uma vez ela quase morreu...

Ele me olhou com os olhos arregalados.

–- Então, não tem jeito eu vou ter que dar a passagem para o bebê. Terei que afastar as trompas dela. - Agora eu que o olhei com os olhos arregalados. - Não tem outro jeito Bella, de desculpe. Mas não precisa se preocupar, eles vão ficar bem. Só não podemos demorar muito, o bebê já deve estar sem oxigênio. Edward, vou precisar que você e Selly tentem virar o bebê. - Os dois assentiram. - Bella, Jacob, eu espero que vocês agüentem firme ai, depois passem na sala de raio-X ela vai sentir muita dor, mas como eu não posso aplicar anestesia nela não tem jeito. - Nós assentimos e por ultimo olhou para Anna. - Anna eu sei que você é uma guerreira, mostre isso agora, eu preciso de você, seu bebê também, use toda a sua força. Vai doer um pouco, mas nós vamos conseguir. Posso contar com você? - Anna assentiu. - Tudo bem, Edward? Selly? Agora.

Edward e a enfermeira Selly, ficaram uma espécie de massagem na barriga de Anna, e depois pararam.

–- Muito bem o bebê já virou. Anna lembra o que te falei? Toda a força que você tiver.

Anna começou a fazer força, enquanto apertava mais e mais minha mão e a de Jacob. Ela não gritou nenhuma vez - ao contrario de mim - acho que ela levou a sério sobre ser uma guerreira. Então trinta minutos depois ouvirmos um choro, na verdade não era bem um choro o menino parecia que estava berrando. Anna finalmente soltou nossas mãos, para abraçar o bebê quando Carlisle o colocou em seu colo.

–- Parabéns ele é muito saudável e tem um par de pulmões muito forte. Acho que ele nem vai precisar ficar na incubadora, nem no banho de luz. - Carlisle abaixou para falar com Anna. - Você foi fantástica Anna, uma verdadeira guerreira.

–- Bells? - Anna me chamou com a voz fraquinha. - Eu chamá-lo de Charlie.

Eu não agüentei abracei-a e começamos a chorar emocionadas.

–- Obrigada Anna. Eu amo você.

–- Também amo você.

A enfermeira levou o bebê para limpá-lo. Depois devolveriam para ele poder mamar. Sai do quarto para Anna poder descansar, Edward veio atrás de mim e me abraçou. Jacob veio logo atrás ele parecia meio tonto.

–- Jake você está bem? - Perguntei preocupada.

–- Uhmm. - Ele parecia estar pensando longe. - Ah, sim. Só que essa foi a experiência mais louca que eu já tive. - Olhou para os dois lados antes de concluir baixinho. - Nem quando descobri que era lobisomem foi tão louco. - Eu tive que rir com aquilo.

Anna já estava no quarto. Todos já tinham ido visitá-la e levar presentinhos. Eu estava no quarto com ela quando levaram o pequeno Charlie para mamar.

–- Deve ser tão emocionante dar de mamar. - Disse Leah que estava no quarto com a gente. Normalmente não podia ficar um monte de gente, mas como o diretor do hospital era Carlisle ninguém reclamou.

A enfermeira entregou Charlie para Anna, e ela desabotoou a camisola que Leah tinha levado, para poder amamentá-lo. Ela encostou o bico do seio na boquinha dele que foi recebido de bom grado.

–- Aiii. - Anna gritou de dor.

–- Que foi? - Perguntei.

–- Isso dói. E dói muito. - Reclamou ela.

–- Nossa sempre pensei que essa era a melhor parte. Dizem que as mulheres vêem estrelas. - Comentou Leah maravilhada. Acho que ela não via a hora de ter seu bebê nos braços também.

–- Bom só se for estrelas de dor, porque não é nada agradável.

–- É assim mesmo, depois acostuma. - Disse a enfermeira ajeitando os travesseiros nas costas de Anna.

Apesar de reclamar de dor Anna, não desistiu de amamentar seu bebê. Enquanto Leah e eu quase babávamos olhando a cena. Ouvimos uma batida na porta, era Edward e Alice ele entrou com um embrulho azul e colocou do lado dos outros.

–- Mais presente? - Anna indagou olhando o embrulho grande.

–- Presente meu e da minha família. Alice e Rose queriam vir, mas Sue quis a ajuda delas para outra coisa. Err... você tem mais uma visita. - Ele abriu a porta, onde Jacob estava parado com um buque de flores bem bonito e uma caixinha azul. Anna abriu um super sorriso ao vê-lo. Olhei para ela desconfiada, mas antes que eu pudesse perguntar algumas coisas Edward arrastou Leah e eu de dentro do quarto com uma desculpa besta.

–- Por que me tirou de lá? - Perguntei indignada, eu nem tinha tido a oportunidade de segurar o bebê.

–- É mesmo eu queria tanto segurar o bebê. Sabe já ir treinando. - Disse Leah, ela também estava indignada.

–- Vocês duas não tem um pingo de semancol. - Reclamou Edward. - Depois terão a oportunidade de ficar mais tempo com o bebê e com Anna. Jacob e ela precisavam de um tempo sozinho. - Leah e eu olhamos para ele, sem entender nada. - Não acredito que vocês não perceberam?

–- Desculpe Edward, mas nem todos, temos o maravilhoso dom de ler mentes. - Disse Leah meio sarcástica. Edward revirou os olhos, ele segurava minha mão e ofereceu o outro braço para Leah, que aceitou de bom grado.

–- Ah, deixa para lá, eu só achei que eles precisavam de um tempo sozinhos, para se conhecerem melhor. Eles ainda vão ter uma história. - Edward disse.

O olhei sem entender e depois a ficha caiu. Os olhares de Jacob para Anna hoje mais cedo. Ele foi o primeiro a ir para o lado dela quando ela gritou. Agora entendia porque Edward pediu para ele carregá-la, e não Sam ou Seth. A impaciência dele dentro do carro, para que chegássemos logo. A recusa de deixá-la quando entramos na sala de parto. O buque de rosas. O sorriso dela para ele...

–- Ah. - Disse simplesmente. Leah pareceu entender no mesmo momento que eu. Edward apenas riu.

–- Leah, o que acha de fazer uma ultrassom acho que já da para ver alguma coisa? - Ofereceu Edward.

–- Claro, vamos nessa. - Ela o olhou desconfiada. - Mas desde quando você entender de ultrassonagrafia?

–- Desde quando me formei em medicina, duas vezes há uns 40 anos atrás. Satisfeita?

–- Tudo bem sanguessuga. Vamos lá.

Edward nos levou para a sala de ultrassom. Leah trocou de roupa e depois se deitou na maca. Edward passou o gel na barriga dela e depois colocou o aparelho.

–- Ah minha nossa! - Ele exclamou parecendo horrorizado.

–- O que foi? - Leah perguntou desesperada.

–- Os bebês já têm pelos e tudo. - Disse rindo

–- Seu sanguessuga idiota, você sabe muito bem que não viramos lobos quando bebês... - Ela parou e arregalou os olhos. - Espera ai? Você disse bebês?

–- Sim são dois. Se bem que sempre achei que cachorros tinham mais que dois. - Leah tacou algo nele. - Tudo bem brincadeira, parabéns mamãe, você terá dois filhotinhos lindos. Tudo bem - ele corrigiu quando ela lançou um olhar assassino para ele. - Dois bebês, um menino e uma menina. Eu só espero que bem deles que não puxem o pai.

Leah estava radiante ela saiu procurando Sam pelo hospital inteiro. Quando o encontro pulou nele contando a novidade, ele pareceu ficar um pouco assustado, mas depois a abraçou e começou a chorar junto com ela.

–- Sério, nunca pensei que fosse ver um lobo durão chorar. - Comentou Edward enquanto caminhávamos pelos jardins do hospital.

–- Você não choraria se fosse com a gente? - Perguntei o desafiando.

–- Se eu pudesse chorar, sim. Eu choraria. - Ele pareceu lembrar-se de uma coisa e depois sorriu. - Eu preciso te contar uma coisa que descobri.

–- O que? - Perguntei curiosa, enquanto ele envolvia minha cintura com seus braços frios.

–- Depois te conto. - Ele sussurrou em meu ouvido, e depois colou seus lábios nos meus.

sábado, dezembro 13, 2014

Fanfic: Dois Mundos, Duas Vidas - Capitulo 36


Autora: Giis Vieira

Género: Aventura, Drama, Lemon, Romance

Classificação: +16

Categoria: Saga Crepúsculo

Avisos: Linguagem Imprópria, Sexo, Violência



Capítulo 36

Bella

Vi os quatro vampiros saltarem para cima de Edward, Jasper e Emmett. Alice me abraçou com força, impedindo-me de correr e me por entre eles, para que parassem. Então um rosnado alto e agudo, encheu a pequena ilha, e de repente Carlisle e Esme estavam entre os filhos e os nômades.

Carlisle tirou algo de dentro da camisa, e mostrou aos estranhos. Parecia uma corrente grossa de ouro com algum símbolo ou brasão com pingente. Seja lá o que fosse fez com que os vampiros nômades recuassem.

–- Ninguém tocará na garota. - A voz de Carlisle era autoritária. - E peço que saiam da cidade imediatamente. Vocês já fizeram muitos estragos por aqui. Fora que violaram uma regra de um tratado muito importante. - Ele disse olhando para Riley.

–- Vocês também violaram uma regra de extrema importância. - Disse James desafiadoramente. - Até onde sei humanos...

–- Não podem saber de nossa existência. - Interrompeu-o Carlisle. - Eu sei. Ou você se esqueceu quem eu sou? Porem vocês se esqueceram da outra parte: Humanos não podem saber da existência de vampiros, a não ser que ele ou ela sejam os escolhidos para parceiros. E a garota é a escolhida de meu filho, e será uma de nós em pouco tempo. O que me leva a outra regra que vocês quase violaram: aquele que ameaçar matar, ferir, ou transformar o escolhido, ou escolhida terá penalidade máxima.

James ficou calado assim como os outros. Vi Emmett quase fazer a dancinha da vitória.

–- Espero estarmos entendidos. Não irei fazer nada contra vocês, mas quero que vaão embora e não voltem mais.

–- Sim senhor. - Laurent disse e saiu correndo acompanhados pelos outros.

Voltamos para o iate com um bote extra que Carlisle havia levado. Edward me abraçava forte, perguntando se estava tudo bem - depois de uma bronca por eu quase ter pensado em me entregar aos inimigos. Eu ainda não conseguia falar, me agarrava a Edward com toda a força que eu tinha, e soluçava com a cabeça encostada em seu ombro. Sentindo seu cheiro maravilhoso. Só em pensar que eu poderia tê-lo perdido, ou que aqueles vampiros poderiam tê-lo machucado já entrava em desespero.

Quando já estava mais calma e conseguia falar a primeira coisa que disse foi um pedido de desculpas:

–- Me desculpem, por favor? - Pedi soluçando. - Se eu não estivesse junto eles não teriam tentado atacar vocês.

–- Amor não fique assim. Eles não podiam nos machucar, éramos maioria. - Disse Edward afagando meus cabelos.

–- É Bells. - Emmett se aproximou e pegou minha mão. - Você não tem culpa não sabia o que ia acontecer, era nossa convidada ao contrario de outras pessoas. - Ele lançou um olhar assassino em direção a Tanya. - E também de às vezes uma briguinha saudável é bom para quebrar a rotina.

Emmett piscou para mim e soltou minha mão. Jasper e Alice também se aproximaram, é claro que assim que os dois se aproximaram uma onda de calmaria me atingiu, fazendo com que eu parasse de chorar.

–- Emmett tem razão Bella, nada como uma briga no meio da semana. - Jasper disse rindo. - Se Carlisle e Esme não tivessem aparecido, aqueles nômades iam ver só. E por falar nisso... - Ele estreitou os olhos. - Bella que idéia foi aquela de se entregar para os nômades? Você não deve dar ouvido a Tanya, Bella.

–- Jasper tem razão. - Concordou Edward. - Afinal de contas o que ela veio fazer aqui? Achei que depois de ontem ela teria decência e não apareceria mais.

–- E desde quando Tanya tem decência Edward? - Alice falou diretamente com ele pela primeira vez depois do ocorrido no dia anterior. - Tanya sabe onde conseguir o que quer, por pouco tempo.

Edward olhou para Tanya e eu segui seu olhar, ela parecia estar tendo alguma discussão silenciosa. Tanya parecia acusar Rosalie com o olhar.

–- Mas que merda. - Edward praguejou. Olhei para ele confusa. - Tanya está me bloqueando, e é impossível insistir com ela pensando futilidades.

Alice e eu trocamos um olhar conspirador. Nós sabíamos muito bem o que se passava, mas ainda não era à hora de agir. Ela teria contado a Edward, mas como ele duvidou dela novamente resolveu dar um castigo nele.

Edward olhou de mim para Alice, mas pela sua expressão frustrada Alice devia estar pensando em outras coisas, para mantê-lo longe, como ele não podia ler minha mente nem precisei me preocupar em disfarçar meus pensamentos (até porque eu não conseguiria).

–- Será que vocês duas poderia me contar o que está havendo? - Perguntou Edward exasperado.

–- Edward você é tão mimado. - Alice disse. - Só porque você tem o dom de ler mentes não quer dizer, que você possa ler todos os pensamentos que se passam na cabeça das pessoas.

–- Mas vocês sabem o que está havendo. Sabem o que Tanya e Rosálie escondem. - Ele já estava ficando impaciente.

–- Calma, Edward, há mais de uma razão para eu não ter deixado você agir ontem. Tudo tem seu tempo. E a hora Tanya vai chegar. - Alice falava calmamente. - Eu a estou monitorando eu sei o que ela está planejando. Ela sabe que Carlisle preza muito a amizade do clã Denalli, só por isso ela abusa, mas assim que contarmos tudo a ele, ela cairá do cavalo.

–- Katy e Irina sabem também? - Perguntei.

–- Não, mas vão saber. No momento certo. Por isso, vamos deixá-la pensar que está ganhando, o tombo será maior.

–- Isso é tão injusto sabia. - Edward choramingou. - Tudo bem. Bella que tal você descansar um pouco foi um dia cansativo?

–- Não estou cansada. - Retruquei.

Ele olhou bem nos meus olhos.

–- Está sim. - Seu olhar era cheio de segundas intenções.

Era incrível o poder que ele tinha sobre mim, foi só ele me olhar daquele jeito que me esqueci de tudo: de Tanya, dos problemas de Rosalie, até de ter sido ameaçada de morte por vampiros sedentos.

Edward me pegou no colo e se encaminhou comigo para o interior do iate. Ainda pude ouvir Alice gritando:

–- Edward, nem pense em usar seu poder de persuasão para fazer Bella contar alguma coisa. E Bella seja forte. - Eu ri.

Edward

Entrei em um dos quartos e a coloquei na cama de casal. Bella esquadrinhava o quarto azul - como eu costumava chamá-lo, por ser todo azul - com os olhos ávidos e cheios de curiosidade. Então ela deu um sorrisinho malicioso. Nem precisava ler a mente dela para saber o que se passava naquela cabecinha maliciosa, e que ela faria alguma piadinha sobre o quarto, mas no momento eu queria conversar sobre outro assunto.

Deitei na cama e a puxei para o meu peito. Ela passou os braços pela minha cintura, enquanto eu afagava seus cabelos.

–- Bella? - A chamei, ela levantou o rosto para olhar para mim. - Me diga, por favor, por que teve aquela idéia maluca, de se entregar para aqueles vampiros?

Ela quis virar o rosto para esconder seus olhos, mas segurei seu queixo a obrigando olhar para mim. Bella fechou os olhos decidindo que não iria responder. Só que eu não desistiria tão rápido.

–- Olha, você não tem que dar ouvidos a Tanya. - Comecei a falar depois de muitos minutos de silencio. - Você sabe do que ela é capaz Bella. Tanya está com inveja. Como acha que ficaria se eles te machucassem?

Lagrimas começaram a escorrer por seu lindo rosto, e eu quase estava me sentindo culpado, mas eu tinha que fazê-la entender que se ela se machucasse eu também me machucaria.

–- Mas por minha causa, vocês quase se machucaram. - Disse enterrando a cabeça em meu peito. - O que seria da minha vida se eles tivessem... - Ela não terminou, um novo soluço interrompeu sua frase.

Sentei-me na cama, levando-a junto. Ficamos de frente um para o outro. Peguei seu rosto com as duas mãos.

–- Bella eu amo você, mais do que minha própria vida. Não posso viver sem você. Entendeu? - Ela assentiu. Limpei suas lagrimas. - Por isso, eu te peço para não ouvir o que Tanya fala. Porque se eu e Alice não tivéssemos conseguido te impedir de se entregar a eles. Se eles a tivessem matado, pode ter certeza que eu iria junto.

–- Edward não. Não pode... - Bella disse desesperada e me abraçando com força.

–- Shhi. Não se preocupe. Enquanto você estiver segura eu também estarei. Vou fazer o possível para mantê-la a salvo, até chegar o momento certo de transformá-la. - Ela sorriu um pouquinho.

–- Vai mesmo me transformar?

–- Assim que for possível. Conversei com seu tio ontem, quando Carlisle foi ver Leah. Ele está pensando em uma maneira de Claire assinar sua emancipação. E então você será livre para fazer o que quiser. Até casar comigo. - Pisquei para ela.

Bella riu e secou as lagrimas com as costas da mão. Voltei a deitar e a puxei novamente para o meu peito.

–- Não se preocupe Bella, vai ficar tudo bem. - Eu disse. - E quanto a Tanya eu confio em Alice, para dar o troco nela.

–- Isso é verdade. Alice consegue ser maligna quando quer. Ela tem as armas certas para isso. - Bella se calou de repente, percebendo que havia falado de mais.

–- O que me faz lembrar... Que vocês estão me escondendo algo muito importante. Não vai me dizer o que é?

–- Não. Eu prometi a Alice que não contaria a ninguém. Jasper também não sabe muito menos Emmett. - Já havia imaginado isso, se Emmett soubesse o que era Tanya não estaria mais entre nós. - E Alice só me contou ontem, porque eu estava decidida a dar um novo ruma a minha vida, e porque sou a única pessoa que você não consegue ler os pensamentos. Então, desculpe-me Edward, mas eu tenho que cumprir minha promessa.

Bufei indignado. Que ótimo agora minha namorada, devia lealdade a minha irmã, e não mais a mim. Era tão injusto. E ela ainda abusava pelo fato de eu não ter acesso aos seus pensamentos.

Mas eu tinha um jeito de fazê-la falar, podia até ser covardia, mas mesmo assim eu usuária meu poder de persuasão.

Rolei na cama para que meu corpo ficasse sobre o dela, e prendi seus pulsos finos com minhas mãos.

–- Então você realmente não vai me contar o grande segredo? - Ela negou com a cabeça. Inclinei a cabeça e comecei beijar seu pescoço, subindo pelo maxilar, queixo, até chegar aos seus lábios.

Mexi meus lábios contra os delas delicadamente, sem aprofundar o beijo e depois me afastei um pouco. Seu rosto estava corado, e quando por fim ela abriu os olhos eles estavam escuros.

–- Vai contar ou não? - Insisti. Meus lábios estavam a milímetros dos dela, e de vez em quando a provocava. Bella me olhava frustrada, porque toda vez que ela tentava me beijar eu me afastava, e quando ela tentava erguer a cabeça para me alcançar não conseguia, porque eu a impedia.

–- Vai me dizer? - Pressionei meu corpo ao dela delicadamente para que não sentisse meu peso, porem era o suficiente para ela sentir outra parte. Bella soltou um gemido baixo.

–- Não. Não vou te falar nada. - Respondeu entre arfadas. - E é muito injusto isso que está fazendo comigo.

–- Não. Injusto é o que você está fazendo comigo. - Ela ergueu uma sobrancelha. Eu vi pelo seu olhar, que estava determinada a não contar. - Tsc, tsc, tsc. Eu tentei ser compreensivo, senhorita Isabella, mas não está me dando escolhas. Terei de torturá-la. O que me lembra; ainda te devo mais duas torturas: uma por ter trancado a janela do seu quarto impedindo-me de entrar; e a outra por ter dormido durante a tortura. Agora são três.

Bella ofegou e mordeu o lábio inferior.

Segurei seus braços acima de sua cabeça com uma mão, e com a outra comecei a explorar seu corpo, indo em direção aos seus seios; por debaixo da blusa. Senti seu mamilo enrijecer quando meu dedo frio o tocou sob o tecido fino do sutiã.

–- Você sabe que isso não irá funcionar, não sabe? - Ela perguntou. - Porque é bem capaz de acabar me distraindo, e me fazer esquecer tudo. - O que ela dizia era a mais pura verdade, e não acontecia só com ela. Quando eu estava assim com ela, eu ficava tão distraído que nem percebia os pensamentos dos outros ao meu redor.

–- Está absolutamente certa, mas mesmo assim vou continuar com a tortura. - Disse liberando seus pulsos.

–- E quem disse que eu queria que você parasse? - Suas mãos foram para o meu cabelo, me puxando para os seus lábios.

Sem quebrar o beijo - que agora estava mais urgente - subi a blusa de Bella até o pescoço. Seu sutiã branco rendado ficou totalmente exposto. E depois de ter me livrado da blusa dela e da minha também (porque os direitos eram iguais, como a própria me lembrou, alegando que eu havia inventado essa regrinha) a ergui um pouco tateando suas costas a procura do fecho de seu sitia, que eu não encontrei. Como estava ansioso para sentir novamente o sabor e a maciez de seus lindos seios em minha boca novamente, eu acabei rasgando o pobre tecido em muitos pedaços. Bella olhou-me surpresa e chocada.

–- O que foi? - Perguntei sem entender sua reação.

–- Você transformou meu sutiã em um monte de trapos, em menos de cinco segundos. - Respondeu ainda surpresa, pegando o que restara da peça.

–- Desculpe, mas eu não achei o fecho. - Falei tranquilamente.

–- Claro que não ia achar, estava procurando no lugar errado. O fecho desse era frontal. - Ela disse me mostrando onde ficava o fecho na peça arruinada.

–- Como eu ia saber? Não posso ler sua mente. - Joguei essa para ela, mas eu estava falando com Bella, e ela sempre tinha uma resposta para tudo.

–- Se tivesse paciência e me perguntasse eu teria respondido. - Rebateu.

–- Tudo bem me desculpe. Mas tem que admitir que te fiz um favor, esse negocio é complicado e deve incomodar. Na minha época não existia isso.

–- Ah, claro que não. Na sua época era algo mais simples e confortável, como o espartilho. - Ela disse sarcástica. Tive que rir com essa, e ela me acompanhou, mas logo paramos porque nossas bocas ficaram ocupadas.

Beijar os lábios cheios e vermelhos de Bella, era quase como estar no paraíso. Se não fosse pelo fato de que ela precisava respirar, jamais pararia de beijá-la. Queria aprofundar ainda mais o nosso beijo, explorar mais aquela boca, então fiz algo que nunca havia feito antes: inseri minha língua em sua boca, que foi recebida de muita boa vontade pela língua úmida e quente de Bella. Logo elas começaram uma dança sensual, entrelaçando-se uma na outra. Senti uma entre as minhas pernas.

Queria ver a expressão de Bella, mas não queria interromper nosso beijo, que ia ficando cada vez mais erótico. E pelo modo como ela puxava meus cabelos, estava tão sem vontade de parar quanto eu. Voltei a acariciar seus seios. Primeiro um depois o outro.

Quando Bella precisou respirar, liberei seus lábios, mas não deixei sua pele. Meus lábios seguiram em direção aos seus seios. Passei a língua pela aréola rosada, para depois sugá-lo avidamente. Enquanto praticamente abocanhava seu seio direito, minha mão brincava com o esquerdo. E depois inverti sugando o esquerdo.

Minhas mãos voltaram a explorar seu corpo indo em direção ao seu short comecei a desabotoá-lo, então ouvi uma batida leve na porta.

Por quê? Por que isso tinha que acontecer logo agora?

“Edward?”– Era Alice, ela parecia meio sem jeito. - “Desculpe te interromper, mas já chegamos, e já está tarde, é melhor levar Bella para casa.”

Bella também não parecia nada feliz com intromissão de Alice.

–- Era Alice. Ela queria avisar que já chegamos. - Expliquei.

–- É incrível como Alice tem o dom de nos atrapalhar na melhor hora. - Ela disse irritada. - Mas você vai ter que me recompensar.

–- Claro você será muito bem recompensada. - Eu disse beijando seus lábios e entregando sua blusa.

Já estávamos no carro, indo para a casa de Bella. Claro que antes de deixarmos minha família, não pude deixar de ouvir as piadinhas de Emmett e Jasper:

“Putz, Edward se continuar assim, não vou conseguir viver a cem quilômetros de você” - Brincava Jasper.

“Edward seu tarado, não tem vergonha de estar desvirtuando uma pobre garotinha de 15 anos?” – Emmett me repreendia, quase gargalhando

Eu agradecia fervorosamente por eles não verbalizarem esses pensamentos, e muito menos fazerem essas brincadeiras na frente de Bella. Mas eu podia apostar que quando chegasse em casa, não teria sossego. Talvez eu só deixasse o carro longe o bastante para ninguém desconfiar e ficaria no quarto de Bella, por algumas semanas.

–- Edward? - Chamou Bella. - Pode me responder uma coisa?

–- Claro amor o que quiser.

–- Por que, essa mudança repentina? - Ela perguntou curiosa. - Digo, antes quando eu passava dos limites você sempre ficava nervoso...

–- Bem, uma vez que você sempre me deixava louco, resolvi testar meus limites. Você não faz idéia da situação que eu saia do seu quarto. Então resolvi falar com Carlisle, eu tinha medo de perder o controle e te machucar, então ele me disse para testar meus limites com você. Indo de vagar, experimentando cada dia uma coisa nova.

–- Ah. Como?

–- Preliminares Bella. Já ouviu falar.

–- Já... Mas minha experiência sexual se resume a ontem e hoje. - Ela sorriu. - Então quer dizer que, podemos passar dos limites? - Perguntou esperançosa.

–- Sim, mas acho melhor a gente ir aos poucos. Uma coisa de cada vez.

–- Então vou poder te tocar também? - Eu arregalei os olhos de surpresam, não tinha pensado nessa hipótese. Mas fazia parte também, então só assenti ainda pasmo demais para falar. - Posso te tocar agora?

Por que ela fazia isso comigo?

–- Bella acho melhor não. Outro dia.

–- Por favor, também tenho que testar meus limites não é?- Disse soltando o cinto de segurança e se aproximando de mim.

Bella beijou minha orelha e foi descente até chegar ao meu pescoço, onde deu algumas lambidas, e mordiscadas.

Onde essa garotinha andava aprendendo essas coisas?

Sua pequena mão deslizou pelo meu peito, barriga, até chegar ao botão da minha calça, que ela abriu com uma rapidez impressionante, abriu o zíper e passou a mão por cima do meu pênis sob a box. Ela acariciou meu membro - que está mais que animado e muito feliz - por cima da cueca, e depois se afastou. Ah que maravilha, ela põe a lenha na fogueira e depois que a coisa pega fogo, tira o corpinho fora.

–- Isso não foi legal Bella. - Disse frustrado.

–- Desculpe, é que eu não sei como fazer, o que fazer. - Ela baixou a cabeça corando. - Eu sou tão inexperiente. Mas se te consola, eu achei bem... Grande. Tem certeza que isso vai caber em mim?

Eu ri alto. Ela tinha cada idéia. Se ela achava o meu grande, não iria querer ver o do Emmett.

Já tínhamos chegado a casa dela. Mas ficamos no carro, aproveitando o momento.

–- Você é uma figura Bella. E não se preocupe em saber ou não, eu te ensino. - Sussurrei no ouvido dela. Comecei a beijar seu pescoço. Graças a Deus o vidro do meu carro era escuro.

–- O QUE AQUELA LOUCA PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? - Gritou Bella de repente saindo do carro, e acabando com o clima. Então eu a vi, ela estava sentada em um dos banquinhos que tinha no jardim da frente da casa de Bella.

“Ah, droga a Bells vai me matar. Só espero que ela entenda meus motivos.” - Ela pensava torcendo as mãos. Parecia apavorada com a expressão de Bella, eu também ficaria, mas eu entendia minha namorada.

–- Annabelle Hastings o que você acha que está fazendo? O que faz aqui? - Bella perguntou enquanto se aproximava da amiga.

–- Oi Bells, Oi Edward. - Anna nos cumprimentou sem jeito. - Bem eu precisava de um tempo, então resolvi vir para cá, mas se você não quiser que eu fique eu vou embora...

–- Você não vai mais para lugar nenhum. E eu não estou falando pelo fato de você estar aqui, Anna. Mas não podia ter se arriscado tanto, você já teve uma gravidez complicada cheia de riscos, e sabe muito bem que não podia fazer viagens longas, e ainda por cima desacompanhada depois do sétimo mês. Não pensou nos riscos que você e o bebê corriam. Anna, o oitavo mês é o mais perigoso, é quando o bebê está virando, ele podia ter nascido enquanto estava viajando. - Eu sabia que Bella era adulta e responsável, mas não desse jeito. Ela parecia ter lido tudo sobre o assunto.

–- Mas eu não vim de avião eu vim de ônibus. - Argumentou Anna.

–- Pior ainda, três dias sentada na mesma posição. Isso pode fazer mal ao bebê. Anna você nunca foi irresponsável desse jeito. - Bella disse acariciando a barriga da amiga.

–- Bella tem razão Anna. - Concordei com ela. - Você está numa situação delicada, e eu sei que sua gravidez é de risco.

–- Mas eu estou bem. É que não podia ficar lá, eu queria um colo de melhor amiga.

–- Tudo bem vamos entrar você se seca e me conta tudo. E só vai embora depois que o bebê nascer, certo? - Anna assentiu.

–- Bella, acho melhor levá-la para Carlisle examiná-la, ela parece bem, mas não podemos correr o risco, foi uma viagem muito longa.

Anna ia protestar, mas alguma coisa no olhar de Bella a fez assentir. A levamos para o carro, e segui para minha casa.

Assim que abrimos a porta demos de cara com Tanya sentada no sofá, isso já era abuso.

–- Ah, Edward isso já abuso. Ela não tem casa não? - Bella perguntou irritada. Anna nos olhou confusa. - Explico depois. - Sussurrou para amiga.

–- É só ignorá-la amor.

–- Ah Ed, já voltou? - Perguntou Tanya, ela olhou para Bella e fez uma careta. - Bella, tudo bem que é namorada do Edward, mas você não tem casa?

–- Faço a mesma pergunta a você Tanya. - Bella a enfrentou. Anna que antes estava confusa entendeu tudo muito rápido, ela era tão inteligente quanto a amiga.

–- Eu sou prima dos Cullen.

–- Sei, conheço bem a prima que você é Tanya.

–- Tanya quero que cale a boca, não é só porque não posso te chutar da minha casa que você pode abusar. - Eu disse interrompendo a discussão das duas. - E Bella vamos ignorar certos seres indesejados e vamos dar importância a Anna. Temos que levá-la a Carlisle.

Lancei um olhar a Tanya que ela conhecia bem, ou seja, mais uma gracinha, e ela não teria mais pernas. E fomos falar com Carlisle.

Ele examinou Anna minuciosamente - ainda bem que tínhamos todos os aparelhos necessários. Carlisle afirmou que estava tudo bem com ela, mas não deixou de dar um sermão de como era perigoso viajar com a gravidez tão avançada. E por ultimo fez o ultrassom.

–- Já sabe qual o sexo do bebê. - Perguntou Carlisle mexendo com o aparelho na barriga dela.

–- Sim, mas não deu para ver, ele estava com as perninhas cruzadas.

–- Quer saber o sexo? Agora já da para ver.

–- Sim.

–- Parabéns mamãe, você terá um lindo e saudável menino. - Carlisle virou a tela para Anna e Bella verem, as duas choraram emocionadas abraçando-se a outra.

Quando estávamos indo embora Tanya estava na porta com um sorriso largo, e é claro que a vaca, estava maquiando os pensamentos.

–- Já vai Bella? Ah, esqueci é hora de criança estar na cama.

–- E você está no lugar errado Putanya. - Arregalei os olhos de surpresa, nunca vi Bella falar assim, nem com a prima dela. - Você deveria estar em alguma esquina rodando bolsinha. É o lugar ideal para você, já está até vestida para a ocasião. - Tanya bufou indignada, ela usava aquela roupa na esperança de me provocar, eu não segurei a gargalha nem Anna, que cumprimentou a amiga. Houve outras risadas, uma estrondosa facilmente reconhecida, uma tranqüila e a outra de sino: Alice, Jasper e Emmett já estavam ao pé da escada.

–- Toma. - Gritou Emmett apontando para Tanya. - Isso ai Bellinha, essa é minha cunhadinha favorita. Botou a Putanya, digo Tanya para baixo.

Tanya saiu irritada da sala, enquanto eu conduzia as garotas para o carro, Alice e Jasper insistiram em levá-las comigo. Passamos o trajeto inteiro rindo da cara de Tanya. Jasper me dizia toda hora por pensamento é claro - Anna não podia saber o que realmente éramos - que queria só vê quando Bella fosse vampira.

Mais tarde naquela noite entrei no quarto de Bella e a encontrei sentada na cama lendo um livro. Achei estranho, Anna não estar junto.

–- Cadê a Anna? - Perguntei me sentando ao seu lado.

–- Está dormindo. Tia Claire ajeitou um quarto para ela. Minha tia também acha que é melhor ela ficar aqui até o bebê nascer. Já ligamos para Tom e Sandra, eles estavam desesperados.

–- Vai ficar tudo bem com ela e com o bebê, caso contrário Carlisle não a teria liberado. - Eu disse quando percebi que ela estava muito calada e muito tensa.

–- Eu sei Edward, mas isso não é um comportamento normal dela. Primeiro ela engravida cedo, e agora sai de casa sem avisar a ninguém e ainda mais no final da gestação. Tem alguma coisa a incomodando. Tentei falar com ela, mas ela estava muito cansada.

–- Ela ainda não está pronta ainda para contar o que houve. Deixe que ela descanse um pouco. - Disse beijando sua testa. - Você deveria fazer o mesmo. Teve um dia muito cheio hoje.

–- É verdade, eu até me esqueci dos vampiros nômades. Será que eles vão voltar? - Perguntou receosa.

–- Não. Eles entenderam bem o recado de Carlisle. Alice os viu indo para Dallas.

–- O que era aquilo que Carlisle mostrou para eles?

–- Era um símbolo, faz parte da ascendência de Carlisle, um dia ele te explica tudo bem? - Ela assentiu e deitou na cama. Deitei ao seu lado e a puxei para o meu peito. - Você foi extraordinária enfrentando Tanya daquele jeito. Emmett, Jasper e Alice estão muitos orgulhosos de vocês. - Eu disse me lembrando da forma como ela desafiou Tanya.

–- Ela me tira do sério. Quero só ver quando eu for vampira também. Quero ver se ela vai ser tão abusada.

–- Provavelmente agora, ela deve estar com medo de você. - Eu disse rindo. - Já está tarde, é melhor dormir.

–- Ah, mas eu não estou com sono. - Mentiu ela, mas um boceja a contradisse. A olhei com a sobrancelha erguida.

Bella se aconchegou mais ao meu corpo, e levou somente alguns segundos para ela apagar.