quarta-feira, julho 30, 2014

Fanfic: Dois Mundos, Duas Vidas - Capitulo 10


Autora: Giis Vieira

Género: Aventura, Drama, Lemon, Romance

Classificação: +16

Categoria: Saga Crepúsculo

 Avisos: Linguagem imprópria sexo, Violência




Capítulo 10
Bella
– Oi aqui é o Mark a Claire está? - perguntou o homem do outro lado da linha. 
– Sim, quer dizer ela está dormindo. Quer que eu a chame?
– Não, não precisa só estou retornando uma ligação dela.
– Ah, posso anotar recado quer deixar seu número.
– Diga que eu liguei, ela tem meu número, estarei esperando a ligação dela. Obrigado.
– De nada.
Desliguei o telefone e continuei meu caminho para a cozinha. A cozinha era enorme toda branca com detalhes rosa, sai a procura de ingredientes para fazer o café da manhã especial. Enquanto o café era feito na cafeteira, eu misturava os ovos e olhava as panquecas na frigideira. Eu sempre gostei de cozinhar, puxei de Charlie o dom da cozinha, quando ia visitá-lo sempre fazíamos pratos especiais. Depois que ele morreu não senti mais animo para fazer nada. Mas minha tia merecia que eu fizesse algo por ela.
– Nossa que cheiro bom – disse ela aparecendo de repente na porta da cozinha.
– Estou fazendo o café, espero que goste – eu disse sorrindo.
– Não sendo eu que cozinhe. Alias onde aprendeu a cozinhar, até onde sei Renée não era lá essas coisas na cozinha?
– Com papai, eu ele sempre cozinhava para nós, e quando eu ia visitá-lo também. Ele sempre disse que eu tinha o dom.
Falar do meu pai era sempre triste. Mas eu sempre tentava lembrar-se de, como ele era alegre, divertido e me amava acima de tudo.
– Um rapaz chamado Mark te ligou, pediu para você retornar.
– Ah, claro, Mark é um amigo meu e advogado ele vai te ajudar. – Isso me espantou para que eu iria querer um advogado.
– Mas por quê? 
– Para resolver o problema da casa, meu bem e da sua herança.
– Sinceramente, eu não me importo com aquela casa. Renée pode fazer bom proveito dela. E que herança? – perguntei, eu até onde eu sabia, eu só tinha a conta com minha poupança e não tinha muito dinheiro. Se houvesse mais provavelmente Renée não teria me deixado ir embora.
– Antes de seu pai morrer – ela suspirou - ele passou uma procuração para mim, ele desconfiava que depois que morresse aqueles dois pudesse explorar você. E achou que você não teria um futuro muito confortável, temia que você passasse necessidade. Então ele começou a juntar dinheiro, enquanto era vivo, você sabe que seu pai era um advogado bem sucedido, então ele fez algumas aplicações em bolsas e o dinheiro foi crescendo fora os imóveis então colocou tudo em seu nome. E me nomeou procuradora para cuidar enquanto você for menor.
– E para que o advogado?
– Bom você sabe que depois que Charlie faleceu, aquela vaca te proibiu de nos ver, e me proibiu de te visitar. Mas eu tinha medo de que você não estivesse sendo bem tratada, que estivesse sofrendo, então entrei em contato com os Hastings, eles iam me ajudar a entrar na justiça pela sua tutela. Bom eu entrei uma vez ha dois anos atrás, mas perdi a causa. E agora eu ia entrar de novo, mas como dessa vez ela que te colocou para fora vai ficar mais fácil pegar sua tutela. Por isso ontem quando você foi dormir liguei pro Mark meu amigo advogado.
– Com certeza agora, ela vai fazer – se de mãe arrependida só para me ter de volta e pegar a grana, eu conheço aqueles dois.
– Não, não vai, porque ela não sabe dessa fortuna que Charlie deixou e não vai saber até depois do julgamento. – ela sorriu. Minha tia era muito esperta – Foi ideia do Mark e do seu pai eles eram sócios. E quando eu tiver sua tutela eu vou te emancipa, assim ela não vai poder recorrer e você estará livre, mas é claro ainda vai estar sobre minha proteção, mas vai poder usar seu dinheiro.
– Nossa, vocês pensaram em tudo mesmo. Obrigada tia, obrigada mesmo. 
– É o mínimo que eu podia fazer, afinal de contar você é minha sobrinha. – ela piscou para mim e eu fui ver as panquecas e as coloquei na mesa.
Depois tirei o bolo de chocolate do forno. Eu sorri ao lembrar-me de cena. Edward colocando o bolo na minha boca. Só em pensar nele meu peito já doía. Apesar de amar muito minha tia, e estar super feliz que agora iria morar com ela. Eu não queria ter deixado Edward, queria que ele tivesse ficado aqui comigo, ou me levado com ele.
Edward, um estranho lindo e atraente que me ajudou numa hora muito difícil, realmente ele era especial. Meu primeiro amor, meu primeiro beijo. Onde será que ele estava agora? Será que pensava em mim?
Claro que não vamos ser realista Isabella, você acabou de completar 14 anos, Edward provavelmente deve beirar seus 18, e com aquele rosto e aquele corpo, ele deve ter muitas mulheres. Provavelmente ele nem se lembrava mais de mim. Mas ainda assim eu o amava. E eu nem sabia seu sobrenome. 
Suspirei.
– Bells, está me ouvindo? – minha tia perguntou – Amor onde está seus pensamentos?
– Ah, desculpa, eu me distrai. Qual foi a pergunta? – perguntei sem graça. 
Ela riu e me perguntou:
– Você avisou os Hastings?
– Não, mas mandei um e-mail contando tudo o que aconteceu – eu disse. Menos é claro a parte que estava no apartamento de um cara super lindo e desconhecido – e disse que ligaria quando chegasse aqui.
– Uhm... Então não é melhor ligar para eles?
– Claro.
Ela me passou o telefone. Disquei o número que atendeu no primeiro toque.
–Alô – atendeu uma voz conhecida.
– Anna é a Bella?
– Ah Meu Deus, Bella? Bella você está bem? Onde você está? Já está na casa da sua tia? – ela me perguntou de um fôlego só, dava para notar que ela estava desesperada.
– Eu estou bem, sim estou com tia Claire, podem ficar tranquilos.
– Ah, Bella aconteceram tantas coisas.
– Então me conte.
– Bom, quando você não chegou em casa no horário combinado ficamos desconfiados. E depois você faltou à escola dois dias seguidos e sem avisar, achamos estranho você nunca falta. Então fomos até a casa de Renée, mas ninguém atendeu. E quando voltei da escola vi seu e-mail, eu fiquei pasma. Mostrei a mamãe ela ficou irada, mas quando mostrei para o papai ele surtou.
– Como? – perguntei, estava com uma impressão que não teria boas noticias.
Ela respirou fundo e continuou:
– Bom você sabe como papai te ama como se fosse filha dele, e como ele odeia o Phil. Ele disse que imaginou o que faria se fosse comigo, então ele foi até lá, arrombou a casa, Phil e Renée estavam se escondendo deles há dias. Papai deu uma surra nele e por pouco não deu um tiro também, e por pouco também não bateu em Renée. Todos estamos indignados a atitude dela.
– Ele não precisava ter feito isso, não vale a pena sujar as mãos com aqueles dois.
– Mamãe disse a mesma coisa, mas todos nos sentimos bem melhor depois dele ter se vingado por você. Bella eu preciso ir atrasada para a escola. Só estava esperando você ligar.
– Tudo bem vai lá, diga a eles que estou bem e que agradeço por tudo. Tchau beijos.
– Tchau Bells.
Desliguei o telefone. Estava me sentindo bem melhor depois de ter falado com Anna. Minha tia me olhava atentamente e eu podia ver o brilho de curiosidade em seus olhos.
– Então, como está por lá?
– Tom deu uma surra em Phil e quase bateu em Renée, mas Sandra não deixou.
– Ah, que maravilha ele merecia, mas Sandra devia ter o deixado dar uma surra em Renée, ela merece, mas tudo bem quando eu encontrá-la eu mesmo vou dar. – ela disse rindo.
Começamos a tomar nosso café. Fazia muito tempo que eu não tomava um café assim tranquilo, normalmente eu ia direto para a escola, ou então ia para cada de Anna. Acho que vai ser bom eu vir morar na Califórnia.
– Nossa Bella, isso está realmente bom parabéns. Eu não sei cozinhar Charlie sempre tirou sarro disso.
– Obrigada. Eu posso cuidar da cozinha enquanto estiver aqui e ajudo a manter a casa limpa.
– Não precisa, mas como sei que você vai insistir eu aceito, principalmente a parte de cozinhar, faz tempo que eu não sei o que é comida de verdade. Acho que é por isso que a Britanny nunca está em casa. Você vai conhecê-la, acho que ter alguém da idade dela dentro de casam, fazê-la parar mais em casa.
– Onde ela está?
– Na casa de uma amiguinha. Ela é líder de torcida e estão sempre ensaiando.
Britanny era a única filha de tia Claire, ela era alguns meses mais velha do que eu. Ela foi o fruto de um amor proibido quando minha tia tinha 17 anos. Ela era uma colegial e o cara casado. Foi uma época difícil para ela, mas como sempre papai lhe estendeu a mão. Mamãe sempre falava que ela era uma vadia desde nova. Que ironia não é?
– O que acha de ir se arrumar enquanto, eu limpo a cozinha e depois irmos as compras?
– Tudo bem.
Levantei-me e fui para o quarto. Ainda bem que Edward havia me dado roupas novas, se não, não teria nada para vestir. Coloquei novamente o vestido que ele me deu, me trazia boas recordações. Quando desci as escadas minha tia já estava pronta me esperando.
– Nossa que vestido lindo, onde comprou?
– Ganhei da Anna – menti, não falaria nada sobre Edward para ninguém nem mesmo para Anna. Alguma coisa me dizia que eu devia manter meu encontro com ele em segredo. Ele seria para sempre meu anjo da guarda.
Passamos o dia inteiro fora, comprando acessórios para o meu quarto, roupas, sapatos e material escolar, eu iria estudar com minha prima, na escola do bairro. Como a período letivo havia começado só há algumas semanas eu não iria me prejudicar muito, e minhas notas na antiga escola me ajudariam bastante.
Chegamos em casa cheias de sacola e cansadas. Tia Claire não me deixou pagar nada. Ela disse que eram presentes de boas vindas. Quando entramos na casa, ouvirmos vozes que logo pararam.
– Brity, chegamos! – disse minha tia animada entrando na sala.
Britanny estava sentada na sala, com algumas amigas. Ela era visivelmente o oposto de mim. Um pouco mais alta e tinha um pouco mais de corpo também. Na verdade mais seios – ela tinha os cabelos claros com mechas douradas olhos verdes, era a que mais se destacava entre as outras. As meninas que estavam ao seu lado eram quatro, todas loiras, mas variava um pouco a tonalidade dos loiros.
– Britanny, essa é sua prima Isabella Swan, você lembra-se dela, vocês costumavam a brincar quando eram pequenas? – disse minha tia animada. Mas pela cara de Britanny ela não compartilhava o mesmo sentimento da mãe. Ela me olhou de cima com um ar desdenhoso.
– Oi prazer Isabella, bom te ver novamente. Deixe-me apresentar minhas amigas, essa é Karen – ela apontou a uma das amigas, ela tinha olhos azuis claros e o seu louro era um pouco mais escuro – E essas são as gêmeas Milly e Beck – ela apontou para as gêmeas idênticas, do cabelo louro claro e olhos cinzentos.
Todas eram bem bronzeadas, acho que seria a aberração com minha pele de marfim.
– Oi prazer – eu disse timidamente. Na verdade eu estava me sentindo intimidade com aquele bando de loura.
– Meu bem, o que você acha de ir guardando enquanto as coisas enquanto eu faço algo para comermos. Prometo que não vai ser nada desastroso.
– Tudo bem.
Subi para meu quarto, e comecei a arrumá-lo do meu jeito. Coloquei meu violão de um lado peguei as roupas que havia comprado e espalhei na cama a fim de dobrar e colocar no closet peguei também as que Edward havia me dado eu não tinha notado, mas tinha muita roupa na mochila e todas de grife. A irmã dele tinha bom gosto para roupa. Enquanto estava arrumando as roupas em cabides ouvi passos de pessoas entrando no meu quarto.
– Oi não se importa de ficarmos aqui não é? – perguntou Britanny entrando no meu quarto. – É que mamãe está conversando no telefone com o amigo dela, e não queríamos atrapalhar.
– Tudo bem – e continuei arrumando o quarto, as quatro se sentaram na cama enquanto eu fui colocar meu novo notebook na escrivaninha.
– Nossa, esse vestido é da Gucci? – perguntou uma das gêmeas.
– Não sei acho que sim – elas me olharam incrédulas. Eu não entendia muito de marcas famosas, mas como eu não ligava muito para mim não fazia diferença.
– Não acredito esse sapato é um Prada! – exclamou minha prima excitada. Espera ai sapatos? Edward colocou sapatos na mochila para mim? 
– Nossa olha só essas roupas, Armani, Gucci, Prada. Como você conseguiu e essa mochila? Ela nem foi lançada ainda, eu deixei reserva na loja – disse a menina do cabelo louro escuro.
– Eu ganhei – disse simplesmente. Não ia comentar de quem eu ganhei.
Ela ficaram olhando minhas roupas e comentando, sobre marcas modelos e tudo mais. Parecia que eles só sabiam falar sobre isso. Eu as olhei mais atentamente. Todas vestiam saia de prega rosa lisa, uma baby look branca, com detalhes de strass rosa e um colete rosa por cima, fora que todas usavam rabo de cavalo.
Era espantoso de ver como elas se vestiam e agiam da mesma forma, mas era visível que minha prima tinha destaque no meio delas. Depois que terminei de guarda tudo, fui sentar-me com elas.
– Então Isa... – começou Karen.
– Isa? – a interrompi.
– É Isa, seu nome é Isabella, então o diminutivo de é Isa, não é? – ela perguntou-me meio na duvida.
– Pode ser, é que é estranho... A maioria das pessoas me chamam de Bella ou Bells, mas pode me chamar de Isa se quiser.
– Legal.
– Bella de onde você é? – perguntou-me uma das gêmeas Beck se eu não me engano. 
– Phoenix.
– Ah, é que não se ofenda querida você não é bronzeada. – disse ela sem jeito.
– É que, eu não saia muito no sol. E quando saia não ficava bronzeada, mas sim um camarão. – disse rindo, elas riram também.
– Mas sua pele é linda Bella. – Britanny tocou o meu rosto. – É macia por natureza, não precisava ficar gastando litros, e litros de hidratante, não é?
– É, mas em compensação, tenho que gastar litros em protetor solar. – isso não era totalmente verdade.
Ficamos mais um tempo conversando, e pude perceber que apesar de serem um pouco fúteis e não ligarem para nada alem, de líder de torcidas, popularidade, roupas da moda, rapazes e falar de como são lindas, elas eram até legais. Elas ficaram encantadas pelo fato de eu saber tocar alguns instrumentos, e me fizeram tocar e cantar para elas. Ao que parecia eu havia sido aprovada.
Depois que as meninas foram embora, eu e Britanny fomos para a cozinha eu fui preparar o jantar. Ela e tia Claire ficaram conversando comigo enquanto eu fazia o capeleti, elas aprovaram. Então eu ficaria encarregada de alimentá-las.
Fui dormir tarde já, tia Claire ficou nos contando, como foi à adolescência dela antes de papai se casar, e antes dela engravidar. Eles aprontavam muito mesmo. Estava cansada e muito feliz, o ocorrido com Phil e Renée já estava quase esquecido, para mim eles já eram passado. A único que eu não conseguia tirar da minha cabeça era Edward, desde que o conheci eu sempre sonhava com ele.
Acordei no outro dia antes do despertador, desci para a cozinha e fui fazer café, fiz alguns pãezinhos doces com canela, ovos com bacon, suco de laranja e café. Logo tia Claire se juntou a mim.
– Minha nossa, acho que posso me acostumar com isso – disse ela rindo quando entrou na cozinha e viu a mesa posta, ela me deu um beijo e se sentou – Eu nem acredito que além de ser uma ótima cozinheira, eu não preciso te derrubar da cama. Às vezes me da vontade de jogar água gelada na Britanny, ela demora a acordar e depois reclama que não tem tempo para se arrumar. – disse ela rindo eu ri também.
Era bom experimentar de novo, esse clima de família unida. A pesar de sermos só quatro garotas, não me sentia desamparada. Britanny desceu um tempo depois.
– Até que fim, vamos chegar atrasada. – ralhou minha tia com a filha.
– Mãe, eu preciso do meu sono de beleza.
– Então durma mais cedo hoje. Vamos tome logo seu café, a Bella já terminou o dela, e você vai lavar a louça.
Britanny fez cara feia para a mãe, mas não discutiu, eu mesma iria lavar, mas tia Claire protestou dizendo que eu já tinha feito o café então era justo que Britanny lavasse a louça.
Subi para o quarto, para me arrumar coloquei meus cadernos e livros dentro da mochila que eu havia comprado, poderia ir com a que Edward me dera, mas eu não gostava de ostentação e depois eu descobri que ela nem ao menos fora lançada ainda. Então era melhor não arriscar, eu não queria ter que dar explicações. 
Coloquei uma bermuda jeans, uma camiseta e meu tênis. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e desci. Minha tia já estava na sala, e parecia impaciente, ela andava de um lado para o outro. Depois de alguns minutos minha prima desceu hoje ela estava com um conjuntinho verdade claro, com saia de pregas e blazer.
– Até que enfim mocinha. Eu estou atrasada.
– Mãe eu precisava me arrumar.
Entramos no carro tia Claire deu partida. Chegamos à escola com alguns minutos de folga. Olhei para o prédio era como a escola de Phoenix, um prédio grande com vários alunos, muitos carros de marca no estacionamento, alguns chegavam com os pais outros como nós, outros chegavam no próprio carro. Não havia nada de diferente. A não ser é claro que ali era a Califórnia.
– Bem Brity eu vou acompanhar Bella até a secretária. – disse tia Claire ela deu um beijo na filha e pegou em minha mão – Nervosa?
– Não.
Segui direto para a Secretária, eu teria uma entrevista com o direto Vincent. Chegamos até a sala dele onde ele já nos esperava, a entrevista foi tranquila, uma vez que ele ligou para minha antiga escola e eles lhe informaram que eu era uma das melhores da minha turma e depois mandaram meu boletim por fax. O diretor me deu parabéns pelas minhas notas e me desejou “as boas vindas”.
Despedi-me de tia Claire, e fui para minha primeira aula, para minha sorte eu teria todas as aulas com Britanny e suas amigas. 
Para meu horror quando entrei na sala, todos olharam para mim, alguns curiosos, outros com interesses e eu corei absurdamente, pude ouvir alguns risinhos. Entreguei meu passe à professora de história a Srta Stone, e fui sentar-me numa cadeira ao fundo. Senti os olhares das meninas me seguindo, acho que elas queriam que eu me sentasse perto delas.
Sentei-me perto de um garoto, ele era bonito não ao ponto de me fazer suspirar, – depois que conheci Edward fiquei bem mais seletiva com o quesito beleza, não ninguém no mundo igual a ele – mas que faria meninas como Beck, Milly e Karen se jogam aos pés dele.
Ele olhava-me com curiosidade, e eu simplesmente o ignorei fiquei prestando atenção na professora, que contava a história dos primeiros peregrinos na América. Eu sempre gostei de história sempre me dei bem nessa matéria, então queria prestar atenção. Mas toda hora alguém fazendo “psiu” me desconcentrava.
Virei minha cabeça pronta para falar mal do futuro defunto, que estava me atrapalhando, era garoto que estava me encarando.
– Oi, eu sou Kevin Douglas. – sussurrou ele.
– Oi sou Isabella Swan. – respondi
– Eu sei sua prima Brity me falou bem vinda.
– Obrigada. – ah, tinha que ser as fofoqueiras de plantão, elas até podiam ser super legais, mas pelo visto adoravam uma fofoca.
As outras aulas também foram tranquilas, gostei do fato que nenhum professor me obrigou a me apresentar na frente da sala.
Quando bateu o sinal para o almoço, as menina emparelharam comigo e foram conversando, fomos para perto de um grupo que estava próximo ao campo de futebol e minha prima me apresentou a eles, no meio estava o tal Kevin Douglas. Conheci um loiro alto chamado Brad, e dois morenos um se chamavam Ryan e o outro Jason, e tinha mais alguns que eu na hora esqueci os nomes. Depois chegaram mais três caras um se chamava Chad foi difícil de esquecer já que as meninas só faltaram babar por ele, e ele era o capitão do time da escola.
Todos ali eram jogadores e as meninas lideres de torcida, percebi que tirando eu, minha prima, as amigas dela e Kevin o resto do pessoal eram todos do colegial. Ficamos conversando algum tempo quer dizer eles ficaram. Eu não falei muito eles não tinham um assunto que me interessasse. Depois de alguns minutos chegaram mais três meninas parecia que a escola inteira parou para olhá-las.
Uma era loura – para variar – , a outra tinha alguns traços orientais, e a ultima era ruiva. Britanny me puxou e sussurrou em meu ouvido:
– A loira é a Stacy ela é chefe das lideres de torcida, está no primeiro ano, a japonesinha é a Tess, e a ruiva Lindsay, ela é a mais popular da escola.
Stacy veio cumprimentando todos, deu um super beijo na boca do garoto chamado Chad, claro ela era chefe, ele capitão do time. Tão obvio. Pensei que talvez devesse procurar um grupo mais parecido comigo quem sabe um grupo de nerds.
– Oi Britty – a loura veia dar um beijo no rosto da minha prima – Beck. Milly. Karen – e fez o mesmo. Ela olhou para mim com curiosidade. – E você?
– Essa é minha prima Isabella, ela veio morar com a gente por um tempo. – minha prima falou, rapidamente antes que eu pudesse abrir a boca.
– Prazer – ela estendeu a mão e eu apertei.
Todos voltaram a conversar, toda hora via Stacy me observar com interesse. Eu só fiz uma analise para saber que ela era perigosa, e que ninguém deveria entrar em seu caminho. Eles me convidaram para ir numa festa do time dali a duas semanas e depois de muita insistência da minha prima e das meninas durantes as ultimas aulas eu cedi.
Cheguei em casa exausta, mas não tanto, arrumei algumas coisas na casa, e fui preparar o jantar de hoje. Percebi que minha vida não seria difícil, o único problema é que eu não estava acostumada a andar com tanta gente, e ainda por cima a galera popular da escola, em Phoenix sempre foi só eu e Anna. Eu não gosto muito de atenção, no meu caso não é muito bom.
Os dias passaram rápido, já havia mais de uma semana que eu estava com tia Claire e Britanny, conviver com elas era fácil. Minha tia era sempre atenciosa comigo, uma coisa que minha mãe não era há muito tempo.
Britanny também era legal, ficávamos bastante tempo conversando. Ela só não gostava quando percebia que eu aparecia mais que ela. Como uma vez quando Beck soltou sem querer que eu era uma ótima cantora para o pessoal, claro que o pessoal mais velho adorou, até Stacy que quase nunca falava comigo se animou, e propôs que eu tocasse na festa. Eu recusei porque isso envolvia atenção e eu sabia que não podia cantar em publico. Sem contar que era um passo para a popularidade então Britanny arrancaria meus olhos.
Na sexta-feira no dia da festa, estavam todos animados, essa era uma festa para animar os ânimos, e estimular o time da escola para o campeonato estadual de futebol americano. Eu e as garotas estávamos sentadas nas arquibancadas enquanto os garotos treinavam. Elas conversavam sobre que roupa usaria.
Stacy lançou um olhar curioso para mim por causa de algum comentário que Tess fez, as duas riram, provavelmente estava falando do meu visual. Só porque eu me recusei andar igual a elas, não que eu andasse mal vestida, mas eu era mais básica tinha um estilo próprio.
– Então meninas já sabem o que vão usar? – perguntou Lindsay já jogando um olhar malicioso na minha direção. Eu juro que mais uma insinuação ela estaria sem cabelo.
Todas responderam o que iriam usar. Elas já haviam separado as roupas há semanas.
– E você Bella, já sabe o que vai usar – a ruiva me perguntou.
– Ainda não, estou vendo minhas opções não sei se escolho um Gucci ou um Armani, essa duvida está me matando. – usei o mesmo estilo que elas usavam, só que com sarcasmo. Pelo canto do olho pude ver as gêmeas cobrindo a boca para não rir. Minha prima me deu um sorriso de aprovação. Em geral eu não fazia essas coisas, mas ela estava pedindo.
Depois da ultima aula, Brity me fez correr para casa, ela queria começar a se arrumar logo. Quando chegamos a casa ela subiu a escada em uma velocidade impressionante eu me arrastei para o quarto. Abri o guarda-roupa, eu até que tinha bastantes opções, tinhas as roupas que Edward me deu e as que minha tia e Brity havia escolhido para mim, na ultima vez que fizemos compras, fiquei parada olhando as roupas.
Peguei uma minissaia rodada rosa que tinha uma fita de cetim para amarrar na cintura, e uma blusinha de alças fina branca, a blusa era um pouco decotada então escolhi um bolero rosa de mangas curtas. Eu estaria bem no estilo Britanny. Deixei as roupas em cima da cama e fui tomar banho.
Sai do banho coloquei a roupa, agora só faltava o sapato, fiquei em duvida entre uma sapatilha e uma sandália de salto, avistei meu all star rosa, e o calcei. Arrumei meu cabelo passei um pouco de maquiagem – na verdade só um brilho labial – e desci para esperar minha prima, mas ela já estava na sala me esperando com as meninas.
– Nossa Bella adorei, seu estilo – disse Beck 
– Verdade é tão independente e original – completou Karen.
– Vocês estão ótimas também – falei, e realmente estavam todas usavam vestidinhos lindos, o da minha prima era Salmão, da Karen era azul bebê, da Beck era rosa bebê e o da Milly um rosa mais escuros.
Antes de sairmos o telefone tocou, as meninas pediram para deixar tocando, mas mesmo assim fui atender. Tirei o telefone do gancho e falei “Alô”, mas ninguém disse nada só ouvia uma respiração do outro lado e depois ficou mudo e desligaram. As garotas me perguntaram quem era e eu falei o que havia acontecido. Ninguém se importou muito isso acontece sempre, elas estavam mais preocupadas com a festa.
Minha tia levou a gente até o local da festa, deixando claro que era para termos juízo e não aceitar nada que nos oferecessem, para ligar quando quiséssemos ir embora. Milly e Beck seguraram no meu braço uma de cada lado e entramos na festa.
Já estava bombando, pude ver o pessoal do time, as outras garotas, elas estavam com micro vestidos iguais, no modelo, só o que mudava era a cor. Brity e as meninas me puxaram para a pista de dança.
Depois de um tempo, tentando seguir os passos delas, eu sai da pista e fui me sentar logo Chad o capitão do time veio se juntar a mim.
– Gostando da festa?
– Sim está bem legal.
– Eu vi você dançando, dança bem. Brity me contou que você faz balé – não acredito eu vou matar minha prima – Por que não vira líder de torcida?
– Não obrigado, eu sou muito desastrada. É por isso que faço balé desde pequena para ajudar na coordenação motora, mas não funcionou muito. Sou melhor dançando do que andando.
Ele riu. Ficamos conversando sobre, muitas coisas, gostos musicais, sobre sonhos que gostaríamos realizar, que faculdades gostariamo de fazer.
– Você é tão diferente das outras garotas. 
“Ha conta outra canastrão essa não pega mais” eu pensei, mas limitei-me a erguer a sobrancelha.
– É verdade, as meninas daqui só pensam, em maquiagem, roupas o carro que você usa.
– Gosto de ser diferente.
– É isso que gosto em você. Você é diferente.
Eu não estava gostando nem um pouco daquela conversar, então para distrair o convidei para dar uma volta. Ficamos andando pelo clube conversando um bom tempo, depois inesperadamente ele pegou na minha mão com firmeza, ele parou me puxando me obrigando a olhá-lo. Ele segurou meu rosto entre suas mãos e foi se inclinando. E eu fiquei no dilema interno beijo ou não beijo. É certo beijar uma pessoa quando se gosta de outra? Mas meu beijo com Edward nem foi um beijo direito. Será que eu vou sentir a mesma sensação?

sábado, julho 26, 2014

Fanfic: Dois Mundos, Duas Vidas - Capitulo 9


Autora: Giis Vieira

Género: Aventura, Drama, Lemon, Romance

Classificação: +16

Categoria: Saga Crepúsculo

 Avisos: Linguagem imprópria, Sexo, Violência



Capítulo 9
Bella
Tia Claire mantinha os braços ao meu redor, enquanto nos sentávamos no sofá. Toda hora ela afagava meu cabelo e meu rosto, como se não acreditasse que era realmente eu que estava ali.
E eu a entendia, porque a ultima vez que nos vimos eu tinha menos de nove anos. Ela e Renée não se davam bem. Na verdade, minha tia nunca gostou da minha mãe - a pesar de sempre gostar de mim - ela sempre dizia que Renée não era boa o suficiente para o meu pai. Então quando eu tinha oito anos, estávamos na casa de vovô e vovó Swan comemorando o aniversário de casamento deles, e as duas brigaram feio.
Tia Claire também não foi no enterro de papai, ela disse que não foi porque, se fosse daria uma boa surra em Renée e dizia que tinha sido minha mãe a responsável pela morte de papai - em minha opinião, ela não estava totalmente errada.
Depois da morte de Charlie. Renée não me deixou mais ter contato, nem com ela e nem com meus avôs, que já não andavam bem de saúde e morreram um ano depois da morte de papai.
– Ah, Bella estou tão feliz que você esteja aqui, que eu possa te abraçar de novo - ela falava enquanto me abraçava. Ficamos por um tempo sem dizer nada só abraçadas, chorando e matando as saudades.
Tia Claire era a mais nova. Eles eram três: os gêmeos Arthur e Charlie e Claire que era dois anos mais nova do que eles. Papai e tio Arthur eram gêmeos idênticos, mas só na aparência que se pareciam, porque na personalidade eles eram completamente diferentes. Charlie sempre era mais alegre e menos responsável, ele levava a vida, como ele mesmo dizia: “aproveitava cada minuto como se fosse o ultimo”, acho que é por isso que ele se dava bem mais com tia Claire do que com tio Arthur.
Meu pai e minha tia, eram muito unidos, estavam sempre juntos, saiam juntos, bagunçavam juntos e encobria um ao outro quando eles aprontavam, tio Arthur era sempre serio e vivia os repreendendo dizendo que os dois deveriam ser mais responsáveis. 
Depois de algum tempo em silencio, lagrimas e abraços, ela se afastou um pouco para me olhar nos olhos, pegou meu rosto com as mãos e falou:
– Bella, meu amor, eu estou muito feliz que esteja aqui, mas preciso saber, o porquê de você está aqui sozinha?
Eu sabia que ela me faria essa pergunta, e eu estava pronta para responder.
– É que Renée me colocou para fora de casa, e eu não tinha mais para onde ir - eu disse começando a chorar, ela arfou e colocou uma mão na boca de espanto.
– Mas por quê? Conte-me tudo.
– Bom, eu cheguei da escola e aquele... Aquela coisa que Renée insiste em chamar de marido estava come sempre deitado no sofá, e quando me viu começou a me provocar, mas como sempre eu o ignorei estava bêbado. Então eu fui para o meu quarto, ele foi atrás, ai ele mexeu com o nome de papai - eu respirei fundo e continuei - Eu não aguentei. Tia eu juro que eu fiz de tudo para ignorá-lo, mas eu não podia deixar ele falar daquele jeito do meu pai, não podia... - comecei a chorar e tia Claire limpou minhas lagrimas.
Respirei fundo mais algumas vezes para me acalmar e continuei:
– Então, eu não aguentei e falei tudo o que estava preso na minha garganta durante todos esses anos. Ele não gostou e me segurou com força, e depois quando eu menos esperava, ele me jogou na cama e começou a rasgar minhas roupas e a me tocar - fechei os olhos e sacudi a cabeça, para me livrar das imagens que estavam vindo. Quando abri os olhos reparei que minha tia estava com os dentes trincados, ela fez sinal com a cabeça para eu continuar - Até que finalmente Renée chegou antes que ele pudesse fazer alguma coisa, mas ele foi mais esperto do que eu, e deu a versão dele dos fatos e ela claro acreditou no marido cretino dela. Depois que ele saiu do quarto, ela me bateu e disse para eu ir embora e nunca mais voltar, porque ela não tinha mais filha, que para ela era como se eu estivesse morta.
Minha tia olhou-me chocada, vi a mesma expressão de fúria que tinha visto nos olhos de Edward nos olhos dela.
– Como aquela destrambelhada se atreveu? - Ela começou a gritar, depois se levantou e ficou andando de um lado para outro. - Como aquela vaca teve coragem de colocar uma criança para fora de casa? - ela continuou - E a casa nem é dela, foi o meu irmão que comprou sozinho, com o dinheiro dele. Ela não devia ter feito isto. Espero que ela não apareça na minha frente, porque se não eu nem sei o que eu faço com ela...
– Tia se acalme, eu nem ligava muito para casa. Eu só sofria lá. - eu disse tentando acalmá-la.
Ela pareceu não me escutar ficou andando de um lado para o outro, depois olhou para mim e sorriu. Ela veio até o sofá onde eu estava sentada e me abraçou forte.
– Desculpa meu bem, estou tão nervosa. Mas agora você está aqui comigo e eu vou cuidar de você, e nunca vou deixar nada nem ninguém te machucar. Agora o que você acha de descansar um pouco hein? Amanhã vamos fazer um monte de coisa, e vai poder ver sua prima, quando ela voltar da casa da amiga dela.
– Tudo bem, eu acho que estou meio cansada.
Ela me levou, para o quarto de hospedes que agora seria meu. E disse que no dia seguinte iríamos fazer compras, e arrumaríamos o quarto para ficar com a minha cara.
Tomei um banho demorado e desabei na cama exausta. Logo adormeci acordei no outro dia, descansada e também intrigada. Eu havia tido um sonho, mas não me lembrava de nada, nem como foi, nem onde estava, a única coisa que eu tinha certeza é que Edward estava no meu sonho. Eu sorri.
Depois de escovar os dentes desci para a cozinha, parecia que minha tia ainda não tinha acordado então resolvi fazer um café especial para ela, por ter me acolhido. Estava indo em direção à cozinha quando o telefone tocou, eu corri para atender podia ser minha prima.
Tirei o fone do gancho.
– Alô!

quarta-feira, julho 23, 2014

Fanfic A Fera Vermelha – Capítulo III

Autora: AnnaThrzCullen

Gênero: Romance, drama

Classificação: +16 anos

Categoria: Beward

Avisos: Adaptação, Linguagem Imprópria, Nudez e Sexo

 

Capítulo III

— Meu primo e aquele porco que o domina pouco se importaram com esse lugar.

Tentando acompanhar os passos largos do marido, Isabella não respondeu. Sentia a mesma fúria de Edward e, ao lado dele, percorria o castelo. Toda a beleza que podia ter existido na propriedade estava agora, encoberta pela imundície e pela negligência. O belo e rico castelo de que tanto ouvira falar não era adequado ao porco que percorria livremente seus aposentos.

Ela lutava contra a raiva. O sentimento era inútil. O dano estava feito. A energia que desperdiçava odiando o causador do estrago seria mais bem empregada se trabalhasse duro para repará-lo.

Fanfic: Dois Mundos, Duas Vidas - Capitulo 8

Autora: Giis Vieira

 Género: Aventura, Drama, Lemon, Romance

Classificação: +16

Categoria: Saga Crepúsculo

 Avisos: Linguagem imprópria, Sexo, Violência



Capítulo 8
Edward
– Vamos Edward. Não seja tão teimoso, sei que depois disso, você não resistirá e vai começar a me amar também.
Ela já estava bem na minha frente, então ela colocou os braços ao redor do meu pescoço. E eu estava me controlando muito para ser educado e não ferir seus sentimentos, mas ao que parecia ela não me daria muitas escolhas.
– Tanya, eu não quero ser rude com você, então, por favor, pode sair do meu quarto?
– Ora Edward, me diz que você não me deseja tanto quanto eu te desejo? - ela se pressionou mais o corpo dela ao meu.
Eu queria que tivesse alguma maneira de afastá-la de mim sem usar a força bruta, mas parecia impossível, ela me segurava com muita força. Droga se ela fosse humana eu me livraria numa boa, mas Tanya era a vampira mais forte que eu já havia conhecido.
– Ora Edward, admita, eu sei que você me quer.
– Desculpe Tanya, mas eu não te desejo. Agora me solte. - falei entre dentes. Eu juro que não queria falar dessa maneira com ela, mas não tive escolha, mas ela não me deixou alternativas.
– Como é? - Ela perguntou incrédula. - Olhe para mim Edward. - Ela se afastou, para eu poder ver seu corpo perfeito.
– Olhe bem Edward, eu sou perfeita. Nenhum homem humano ou vampiro jamais resistiu a mim, não seria diferente com você.
Isso era verdade com sua beleza e perfeição, ela conseguia qualquer homem que quisesse. Tanya começou a pensar em todas as suas conquistas.
– Não estou dizendo que não seja você é linda e sabe disso - disse olhando de seu rosto ao seu corpo lindo e perfeito. Mas mesmo ela sendo perfeita, não me causava as mesmas sensações que eu sentia olhando para Bella.
– Então o que é Edward?
– Tanya eu vou ser sincero com você. Eu gosto de você, mas o sentimento é o mesmo que sinto por minhas irmãs.
– É por causa da garota humana, não é? - ela gritou. - Vai me dizer que ela é melhor do que eu? Que ela é mais bonita?
Eu não disse nada aquele drama todo, já estava me cansando. Estava começando a ficar nervoso não queria que ela envolvesse Bella em nossa discussão, afinal de contas ela não tinha culpa. E mesmo antes de conhecê-la, eu já não sentia nada por Tanya e havia deixado claro.
– Por favor, Tanya não envolva Bella nessa conversa. Ela não tem culpa.
– Ah... Então, me diga Edward se ela é melhor que eu ou mais bonita? - ela insistia em nessa pergunta.
Ela estava parecendo a Rosálie. Tanya estava andando muito com ela. Às vezes chegava achar se Tanya e Rosálie não tinha nenhum parentesco. Elas eram completamente iguais. Tudo tinha que ser sobre elas, sobre a beleza delas. Para vampiras elas conseguiam ser bem mesquinhas.
– Não tem nada a ver com beleza Tanya, e sim com o que eu sinto por ela, e sim Bella é linda. Ela é uma das criaturas mais lindas que já conheci.
– O que está dizendo? Você está apaixonado por ela? - perguntou ela incrédula. - Achei que fosse uma piada de mau gosto sua e da Alice para me irritar.
– Paixão é pouco. Eu a amo.
“Apenas uma noite e já está apaixonado. E nem ao menos encostou nela. Como pode saber?” perguntou ela presunçosa. 
– O amor vai além do contato físico, Tanya - respondi seu pensamento provocativo. - Não precisa fazer sexo com uma pessoa para saber se a ama ou não.
– Ah não? Eu posso te provar se vai ou não. Se depois disso você ainda sentir o mesmo eu te deixo em paz - ela propôs vindo novamente em minha direção, com os braços estendidos. Segurei seus pulsos impedindo-a de continuar.
– Desculpe mais uma vez Tanya - disse olhando em seus olhos - Mas eu realmente não sinto o mesmo que você. Eu amo a Bella de verdade é mais forte do que eu.
Ela se afastou de mim andando de costas, ainda olhando para mim. Então ela mostrou os dentes e rosnou.
– Você é um idiota Edward, vai se arrepender por isso.
Depois ela saiu do quarto pela janela, sem se dar ao trabalho de abri-la. O barulho da janela sendo arrancada da parede foi ensurdecedor.
Ouvi os outros subindo a escada, não duvidava nada que eles tenham ouvido tudo.
Senti a mão de Carlisle em meu ombro esquerdo, e Alice segurando minha mão direita.
“Começamos bem hein Ed” Pensou Emmett ele estava gargalhando em sua mente, quase não estava conseguindo conter o riso.
– Bem, eu vou ver como Tanya está - disse Kate, colocando a mão em meu ombro e sorrindo - Não se preocupe com ela Ed. Tanya é bem geniosa quando não consegue o que quer, ela não está acostumada a ser rejeitada. Bom, mas tudo tem sua primeira vez não se pode ganhar todas. - Ela concluiu rindo.
– Mas será uma experiência boa para ela. - Completou Irina também rindo - Vamos Kate, temos que impedi-la de quebrar a casa.
AS duas irmãs saíram, deixando-me só com minha família. Ninguém falou nada, nem mesmo Emmett com suas piadinhas, quer dizer, Rosálie é claro que se doeu pela amiga, estava pensando palavras bem ofensivas em defesa da amiga.
“Idiota, estúpido, grosseiro. Como pode ser tão burro? Como pôde humilhá-la por causa daquela forma? E tudo isso por uma garota humana. Você é um retardado...”.
Parei por ai, não queria mais ouvir os outros nomes carinhosos que ela me chamava.
Carlisle pareceu perceber, pela expressão assassina de Rosálie, que ela me ofendia por pensamento.
– Chega Rosálie! - ele disse num tom autoritário, que ele nunca havia usado antes. - Edward tem o direito de decidir a vida dele e com quem vai ficar. Não cabe a você ou a Tanya decidir por ele. Ele ainda está confuso e essa atitude de vocês não ajuda em nada.
Rosálie cruzou os braços contrariada, e ficou me fuzilando com os olhos, eu bloqueei seus pensamentos, mas ainda escapavam algumas coisas como: idiota, retardado, burro, inútil e coisas piores.
Eu estava super feliz por estar de novo com minha família, achei que seria o momento mais perfeito da minha existência, mas Rosálie e Tanya conseguem estragar tudo como sempre. Não queria ter que partir de novo, mas se continuasse assim eu iria embora de novo e ainda as desmembrariam.
Senti a mão de Jasper em meu ombro
“Venha irmão, vamos caçar. Você aproveita e respira um pouco, prometo não pensar muito”.
Ele deve ter percebido a mudança do meu humor, logo fui envolvido numa áurea de tranquilidade.
– Venha você também Emm. - ele disse. Emmett abriu um sorriso enorme.
– Aposto que derrubo o maior urso, mais rápido que vocês. - disse Emm rindo, eu ri também.
– Então vocês vão ter que me acompanhar - eu disse saltando pela minha janela, não mais existente.
(*)
Ficamos horas fora de casa caçando, o que foi ótimo, não queria voltar para casa e aguentar os pensamentos de Rosálie.
Sentamos em uma pedra e ficamos vendo o sol nascer, era lindo e fascinante ver as cores que o céu ficava primeiro cinza depois ia surgindo um rosa pálido. Era realmente uma visão linda, só não mais bonita do que Bella corando ou sorrindo. Pensar nela me bateu uma tristeza e um arrependimento por não tê-la roubado para mim.
– Então nosso irmãozinho está apaixonado? - disse Emmett rindo tirando-me dos meus pensamentos com um soco no ombro.
– Sim Emmett estou - eu não conseguia esconder o quanto minha voz vibrava quando eu falava isso.
– Wow... Mas francamente Edward tudo bem que você está apaixonado por outra, mas dá um fora na Tanya? Cara você é o único vampiro...
– Emmett se você ama ter dois braços e duas pernas, não termine essa frase, e nem o seu pensamento. - eu o interrompi, a mente de Emmett era muito transparente, como uma piscina rasa, na maioria das vezes ele falava o que estava pensando. E muitas vezes, falava sem pensar.
Jasper se acabava de tanto rir. Eu senti falta dessas duas figuras. Por mais que às vezes, eu queria arrancar os braços de Rosálie, não podia deixar de agradecê-la por ter escolhido um marido como Emmett, me dando um ótimo irmão e um grande amigo. O mesmo acontecia com Jasper e Alice, por mais que eles fossem irritantes, no caso de Alice é claro, eu não poderia ter irmãos melhores que eles. Eu os amava muito e era fácil esquecer que não éramos irmãos de sangue de verdade.
“Não precisa falar, se não quiser, é que eu estou curioso...” O pensamento de Emmett interrompeu meus devaneios.
– Você está sempre curioso Emm. - eu disse rindo
Eles esperaram que eu começasse a falar, até Jasper que já sabia da história nos mínimos detalhes ficou quieto prestando atenção.
– Bom eu não sei como explicar, é tudo muito confuso, isso é novo para mim vocês sabem. Mas no momento que eu a olhei eu sabia que era ela, sabia que era com ela que eu queria ficar.
– E por que não ficou lá com ela ou a trouxe para cá? Desculpe, mas ainda não entendi isso, se você já a ama dessa maneira, se você tem tanta certeza desse sentimento não vejo razão para não ficarem juntos desde já. - Essa era uma boa pergunta. Às vezes nem meu mesmo sabia explicar, nem os motivos que eu havia dado a Alice e Jasper me pareciam fazer sentido.
– O caso Emm, - Jasper começou a explicar - é que além dela ser humana, ela ainda é muito novinha, Bella só tem 14 anos. É claro que Ed poderia esperar mais alguns anos, esperar ela amadurecer, mas pensa o quanto seria perigoso para ela. E tem ainda a questão de como ela reagiria ao saber que ele é um vampiro.
– E Jasper se esqueceu de mencionar, como cheiro dela é atraente para mim - completei desanimado.
– Mas você resistiu.
– Eu sei Emm. Mas imagina como seria conviver com ela todos os dias sentindo o cheiro dela que é muito forte, eu não conseguiria resistir até ela poder ser transformada.
– Claro que iria - ele colocou a mão no meu ombro - Depois do papai você é o mais controlado.
– Emm está certo Ed, você poderia tê-la atacado, enquanto ela dormia, ou quando ela te beijou, mas não o fez você resistiu.
De repente Emmett explodiu em uma sonora gargalhada, que estremeceu a pedra onde estávamos sentados.
– Cara quer dizer que nosso Ed deu seu primeiro beijo - ele dizia tremendo de tanto rir - Ele perdeu a B.V. com uma garotinha de 14 anos - ele dizia entre risos, e se fosse possível seus olhos estariam lacrimejando.
Ah, claro como eu poderia esperar que ele não risse. Ele sempre tirou sarro da minha disso, dizendo que eu era o único vampiro na face da terra virgem. Olhei para Jasper ele também estava tremendo de tanto rir. Depois olhou para mim sério e pensou:
“Desculpa irmão, achei que você tinha contado essa parte para eles”.
– Cara um beijo e já está gamado, imagina se... 
– Chega Emmett - eu e Jasper dissemos juntos. Acho que Jasper nem precisava ler os pensamentos de Emm para saber o que ele estava pensando.
Mas confesso que gostei da ideia, isso me fez lembrar dela naquele pijama que mostrava metade de sua barriga esbelta. Peguei-me imaginando como seria tocar sua pele, distribuir beijos por todo o seu pequeno corpo, principalmente naquela barriga que me encantou. Eu e Bella entregando-nos a paixão...
“Edward, por favor, você poderia parar com isso?” O pensamento de Jasper me interrompeu, era melhor eu parar mesmo, antes que meu lado pervertido recém-descoberto, falasse mais alto e eu começasse a ouvi-lo.
Olhei para Jasper ele me olhava com uma sobrancelha levantada. Emmett tentava segurar o riso.
– Que foi? - Perguntei inocentemente.
– Nada - murmurou, mas completou seus pensamentos.
“Só o teor dos seus sentimentos que andam me assustando um pouco”
Eu ri e ele também, Emmett gargalhava. Emmett não precisava ouvir pensamentos nem sentir como as pessoas estavam sentindo para entender, acho que ele nos conhecia tão bem que era fácil detectar algo.
“Pois é Ed, acho melhor parar, se não quem vai sofrer vai ser a pobre da Alice” E continuou gargalhando.
(*)
Já estava quase anoitecendo quando voltamos para casa. 
O céu já estava todo escuro. Eu estava no meu quarto separando algumas coisas, eu tinha acabado de ajudar Esme a trocar minha janela.
Estava organizando minha pilha de disco, quando senti a presença de alguém:
“Ed, por favor, eu vim em paz, posso entrar?”– “Era Rosálie provavelmente veio me falar mal de mais alguns nomes que se lembrara -” Eu não vou te ofender eu juro, só quero conversar com você “– Será”? Mas só tinha um jeito de saber...
– Entre Rose - disse por fim.
– Edward, me desculpe - ia dizendo enquanto entrava no meu quarto - Sei que não tenho o direito de me meter na sua vida, mas você é meu irmão, e eu me preocupo com você, com a sua felicidade. - eu ia começar a falar, mas ela ergueu a mão me impedindo - Deixa-me terminar, por favor. Eu sei que estão todos felizes por você ter se apaixonado, porque agora você parece mais feliz. E porque isso te mudou mesmo em pouco tempo dá para ver a mudança. Mas o que realmente me preocupa é se essa garota corresponde a esse sentimento.
Olhei para ela meio desconfiado, li sua mente, mas ela estava me bloqueando.
– Aonde você exatamente quer chegar Rosálie? - perguntei já impaciente.
– Ed você está aqui, e ela lá na Califórnia. Você não sabe quando, ou se vai vê-la novamente. Ela pode ter se apaixonado por você também, agora. Mas ela ainda é uma menina, não tem maturidade ainda para saber o que quer. Ela ainda vai viver por muita coisa. Você que a mentalidade dos humanos não é igual a nossa. Ela vai conhecer outras pessoas, outros garotos, ela vai se apaixonar muitas vezes, ter muitas experiências, namorar, casar, ter filhos...
– Chega Rosálie. 
Aquilo estava me torturando, só de imaginar Bella nos braços de outro homem suspirando o nome dele, ou pior ela com um filho de outra cara, um filho que eu nunca poderia dar a ela. Eu sabia que tudo que Rosálie falava era verdade, mas eu não queria ouvir nada daquilo.
– Não eu tenho que continuar - disse olhando em meus olhos - Ela vai te esquecer Ed. - aquilo foi como um rasgo no meu peito doeu mais, do que o veneno de vampiro em minhas veias. - Ela vai ser feliz. E você Edward? Onde vai estar sua felicidade? Por isso acho que a Tanya seria a companheira ideal para você, e com o tempo...
– Ah, eu sabia - eu a interrompi - Sabia que Tanya estava no meio. Mas não é assim que funciona Rosálie, você sabe que nossos sentimentos não mudam.
– Você não sabe ninguém sabe. Você sabe que eu estou com Emm até hoje, assim como nossos pais e nossos irmãos, porque eles foram destinados para nós, sempre soubemos que seriam nossas almas gêmeas, e acima de tudo somo iguais. Mas essa garota - ela suspirou - Ela alguma vez deu garantias para esse sentimento? - eu ia protestar, mas ela não me permitiu - Um beijo? - Ah, eu ia matar Emmett, porque ele não pode manter aquela boca fechada - Ela poderia ter beijado qualquer um que tivesse a ajudado. Desculpe Ed. Olhe eu só quero sua felicidade, então pense com carinho no que eu te falei.
Ela se aproximou de mim e pegou minhas mãos.
– Não quero que fique infeliz, nem que vá embora de novo, porque se sente assim, eu quero sempre te ver sorrindo.
Ela me deu um beijo na testa e saiu. Eu me joguei na minha cama e fiquei olhando para o teto pensando em tudo o que ela havia dito.
Rosálie me dera muito no que pensar, e embora eu não quisesse admitir ela estava certa. Por mais que Alice estivesse otimista e confiasse em suas visões com relação ao meu futuro com Bella, Rosálie tinha razão, a mente humana não funcionava como a nossa, ela iria mudar.
Não havia só a questão de um sentimento não correspondido, havia também o fato de sermos vampiros, e se ela não aceitasse? E se ela não quisesse ser uma de nós? E se quando eu voltasse para vê-la, ela estivesse nos braços de outro. Eu nem podia imaginar uma coisa dessas.
Bateram na porta do quarto, e eu estava tão envolvido, no meu dilema interno que nem percebi de quem era os pensamentos, até ela se sentar na minha frente.
– Ed? - Alice me chamou com uma carinha distante e triste.
– Oi Alice. Que Carinha é essa querida? - perguntei pegando suas mãos pequenas.
– Edward eu vi. O que você está pensando? O que deu em você? Você não pode... É loucura... isso tudo é Armação de Rosálie e Tanya. Eu vi tudo.
– Rosálie está certa Alice. Eu que não quis ver isso.
– Não, ela não está. Você não vai cair nessa vai? Edward não vai da certo esse seu futuro alternativo. Você vai sofrer. Você será infeliz.
– Você não sabe. Como você mesma diz que o futuro é uma caixinha de surpresas.
– Mas Edward... - ela começou a falar e eu a interrompi
– Alice, por favor, eu sei o que é melhor para mim. E sei que eu vou ser mais feliz se me envolver com a mesma espécie, gostaria que não se intrometesse.
– É você tem razão à vida é sua faça dela o que quiser, e não se preocupe Edward eu não vou me intrometer na sua infelicidade. - dizendo isso ela se levantou e saiu do quarto sem olhar para mim.
Que ótimo, era só o que me faltava ficar brigado com Alice. Eu gostaria muito de ser tão confiante como Alice, mas a conversa com Rosálie me trouxe a realidade.
Decidi sair, queria pensar e não ser interrompido por mais ninguém. Sai pela janela mesmo, não queria ter que dar explicações ninguém.
Comecei a correr, a sensação do vento batendo no meu rosto era ótima me ajudava a distrair-me de meus pensamentos conturbados. Corri até chegar ao alto de uma montanha onde havia uma imensa pedra, sentei-me nela e fiquei observando os esquiadores, era uma vista muito bonita.
Já estava ali sentado não sei por quanto tempo o céu começara a atingir um tom de rosa meio pálido, estava amanhecendo, eu ia voltar para casa, todos deveriam estar muito preocupados. Levantei-me e senti a presença de mais alguém, virei meu corpo para encará-la.
– Desculpe Edward - disse Tanya - Eu sempre venho aqui para pensar, não sabia que já tinha alguém - ela virou-se para ir embora.
– Não precisa ir, eu já estava indo, mas se quiser podemos dividir a vista - eu disse sorrindo para ela. Que merda que eu estava fazendo?
– Ed, me desculpe por aquele dia, você mal chegou e olha como eu te tratei - ela disse sem jeito. “Desculpe-me Edward, eu sinto muito” – Ela estava sendo sincera.
– Tudo bem já passou.
– É que eu não me dou muito bem com rejeição, e não é a primeira vez que você me recusa. - ela riu - E não é só isso, eu gosto de você Edward, gosto muito mesmo - ela pegou minha mão e olhou bem nos meus olhos. - Eu só peço uma chance para mostrar que posso te fazer feliz - dizendo isso ela se aproximou mais.
De repente tudo que Rosálie me disse veio à tona na minha cabeça. E se ela estivesse certa? Se eu desse uma chance a Tanya, quem sabe meus sentimentos por ela não apareceriam. Só havia um jeito de saber.
Ela puxou-me para mais perto de seu corpo. Dessa vez eu não resisti rendendo-me aos seus lábios.

sábado, julho 19, 2014

Fanfic: Dois Mundos, Duas Vidas - Capitulo 7


Autora: Giis Vieira

Género: Aventura, Drama, Lemon, Romance

Classificação: +16

Categoria: Saga Crepúsculo

Avisos: Linguagem imprópria, Sexo, Violência



Capítulo 7
Bella
Com a cabeça ainda pulsando por causa do beijo, eu segui para a casa. 
Estava muito nervosa, eu não sabia se tia Claire iria me reconhecer, afinal já fazia anos que não nos víamos. Ela e Renée não se davam muito bem e depois da morte de papai, minha mãe cortou qualquer tipo de contato com ela.
Cheguei à porta respirei fundo duas vezes e toquei a campainha. 
A porta abriu e uma mulher me recebeu, eu a reconheci na hora, mesmo tendo quase sete anos sem vê-la, eu reconheceria aqueles olhos castanhos claros, era da mesma tonalidade dos de papai e dos meus, ela até tinha os mesmos cachos a pesar de agora estar loura.
– Claire Swan? - perguntei meio insegura.
– Sim, quem é você? - ele perguntou desconfiada, como eu tinha pensado ela não me reconhecia.
– Sou eu Isabella Swan, filha de Charlie.
Ela olhou-me dos pés a cabeça, depois seus olhos se encheram de lágrimas, ela me deu um abraço apertado e eu retribui também chorando.
– Ah meu Deus Bells. Eu nem acredito que é você mesma. Venha vamos entrar.
Ainda abraçada a ela eu entrei na casa.
Edward
Dirigi o mais rápido que pude sem parar, fui direto para o aeroporto, sem me importar de pegar minhas coisas, eu compraria tudo outra vez, tenho certeza que Esme e Alice já fizeram isso por mim. Não queria voltar ao apartamento, onde a presença de Isabella Swan era tão forte, tive medo de entrar lá senti seu cheiro, não aguentar e voltar até a casa da tia dela, para roubá-la. E eu não duvidava nada que seria capaz de fazer isso.
Já dentro do avião, liguei o mp3 que eu tinha comprado em uma loja do aeroporto e coloquei um rock pesado bem alto, isso não fazia isso, mas eu não queria pensar muito menos ouvir pensamentos alheios, fechei os olhos, isso foi bom. A única coisa que eu não conseguia era tirar o rostinho de Bella da minha cabeça.
A viagem foi longa, e eu agradeci por isso, eu ainda não estava preparado para falar sobre meu atraso muito menos com vontade deter de encontrar Tanya, alias eu estava com tanta raiva dela e de Rosálie que era bom, não vê-las ainda. 
O avião aterrissou e eu já estava mais tranquilo. Na verdade eu estava um pouco ansioso, já fazia mais de dez anos que eu não via os meus pais e irmãos, quer dizer Alice sempre ia me visitar, mas isso já tinha uns cinco anos. 
Já tinha descido do avião, e estava inda para saída pegar um taxi, quando vi duas figuras, fiquei intensamente feliz e aliviado por serem eles ali.
Enquanto ia me aproximando, Alice abria um imenso sorriso, ao lado dela Jasper também sorriu e acenou com a cabeça.
“Bem vindo irmão” 
Foi só o que ele pensou, mas foi com tamanha intensidade que me deixou super feliz. Alice como sempre não esperou eu chegar até eles, acho que a velocidade humana a deixava impaciente, ela correu até mim e se atirou em meus braços.
– Bem vindo, Edward, bem vindo. Estou tão feliz que você já esteja aqui. - ela falava enquanto me apertava de uma forma que se eu fosse humano estaria morrendo sufocado.
– Como vai Alice? Também senti sua falta pentelha. - dizendo isso eu a apertei mais e a girei no ar. - Nunca mais foi me ver na Califórnia.
Jasper veio em nossa direção, calmo como sempre rindo da atitude de Alice que ainda estava pendurada em meu pescoço.
– Bem vindo Edward, fico feliz que tenha decido voltar a viver com a gente.
Ele apertou minha mãe e me deu um abraço. Seguimos em direção ao carro, com Alice tagarelando como sempre, contando as novidades que eu perdi. Sentia-me culpado por ter perdido tantos momentos com minha família, mas agora eu estava de volta. E não pretendia sair mais de perto deles. 
Fomos conversando o caminho todo, Alice e Jasper foram me falando do lugar. Eu gostei muito do lugar, porque além de bonito, eu poderia sair de dia, fora que as opções de caças eram muito boas. Logo propus uma competição de boas vindas entre Jasper, Emmett e eu, Emmett ficaria eufórico. Estava mais que ansioso para ver meu irmão urso outra vez, e mais ainda para ver papai e mamãe. Estava tudo perfeito.
De repente veio à imagem do rosto de bela em minha mente. Não, não estava tudo perfeito, eu sentia falta dela, arrependi-me amargamente de tê-la deixado ir. Eu poderia ter dito a ela que não tinha achado nada sobre a tia dela, e então proposto a ela ficar comigo e minha família, mas como ela reagiria ao descobrir o que nós éramos?
Jasper percebeu minha mudança de estado de espírito e olhou-me interrogativamente pelo retrovisor. Alice também percebeu, mas ao contrário de Jasper, Alice não era daquelas que ficava na dela e nos deixava pensar.
– Algum problema Edward?- ela perguntou-me virando para traz.
– Não é nada. - menti. Por mais que eu soubesse que Alice e Jasper eram as pessoas ideais para conversar sobre meus sentimentos sobre Bella, eu não queria falar não agora.
– Edward eu conheço você muito bem, sei que você está mentindo posso sentir - disse Jasper. Que droga! Esqueci que ele era capaz de perceber, mas acho que mesmo que ele não tivesse esse dom ele perceberia de qualquer jeito. - Sei o que você está sentindo Edward.
– Sabe? Como Jazz? Nem eu mesmo sei o que acontece comigo. 
– Talvez você precise conversar um pouco. - intrometeu-se Alice. - Por favor, Edward você vai se sentir melhor. Eu não contei nada como prometi, mas acho que se você desabafar vai se sentir melhor.
Isso era verdade, e não tinha pessoas melhores para desabafar-me do que Alice e Jasper, além de Esme e Carlisle, eles eram mais sensíveis, não que Emmett fosse insensível, talvez Rosálie fosse um pouco, mas creio eu que Jasper e Alice me entenderiam melhor.
– Eu sei o que está sentindo Ed. - continuou Jasper. - Não precisa se sentir assim.
– Então me diga Jazz, me diga, por favor, o que está havendo comigo. - pedi desesperado.
– Você está apaixonado Edward, mas ao mesmo tempo se sente culpado. Eu não entendo o porquê do sentimento de culpa afinal amar alguém é a melhor coisa do mundo. - dizendo isso ele sorriu seus olhos foram para Alice, e ela pegou a mão dele que estava livre.
Respirei fundo, e contei tudo a eles, Alice como eu já esperava não ficou surpresa, afinal ela tinha visto meu atraso e o motivo por traz dele, Jasper escutava tudo em silencio, nem mesmo Alice me interrompeu em quanto eu narrava para eles.
Eu contei tudo, desde a primeira vez que coloquei os olhos nela, como o seu cheiro me atingiu. Depois de como eu achei na rua assustada, e decidi levá-la para casa. Contei como me sentia perto dela, minha reação quando descobri o porquê dela estar sozinha numa cidade desconhecida, nessa hora até Alice e Jasper ficaram chocados quando contei que Bella havia sido quase violentada pelo padrasto e ainda por cima colocada para fora de casa. Falei como me sentia toda vez que lembrava que tinha que deixá-la, por fim falei do beijo e de como me senti por ter sido beijado por ela.
Depois que contei sobre o beijo o sorriso deles ficaram meio presunçosos.
– Fala sério Edward. - Alice disse depois de ouvir toda minha narração - Eu não preciso ter o dom do Jazz para saber que você está caidinho pela garota. Só você ainda não percebeu.
– Ele percebeu sim Alice - interveio Jasper - o problema é que ele não quer aceitar, na verdade ele já aceitou, mas ele se sente culpado por ela ser apenas uma criança, e tem medo pelo que somos, e que possa machucá-la. Mas ele já provou que é capaz de se controlar. 
– Isso tudo é além do ridículo Ed, você sabe que não vai envelhecer, e tecnicamente você só é três anos mais velho que ela. Pronto problema resolvido.
Assim para ela era tão fácil falar. Ela esqueceu-se do fator mais importante: eu era um vampiro e ela era uma humana.
“Você tem medo da reação dela, tem medo dela não aceitar o que você é.”
– Sim Jazz - respondi aos pensamentos de Jasper, era incrível como ele captava rapidamente. - Enquanto estava no avião me arrependi de não ter contado uma mentira qualquer só para trazê-la para cá, - confessei - mas tive medo de se contasse a ela minha verdadeira condição, ela fugisse de mim. Foi melhor assim.
Eles me olharam com compaixão. E eu podia entender o porquê dela. Já havia quase cem anos que eu era um vampiro e nunca, me apaixonei por ninguém nem mesmo da nossa espécie. Eu vivia sempre infeliz deprimido e desejando a minha morte. Não me achava digno de ter um amor, como meus pais e meus irmãos.
Nem mesmo Tanya, que um dia já fora uma grande amiga, todos apostaram fundo que com o tempo eu e ela seriamos um casal, mas o sentimento que eu tinha por ela era o mesmo que tinha por minhas irmãs.
Continuamos o caminho em silencio, eu queria pensar um pouco em tudo o que Jasper e Alice haviam dito e o que eles estavam pensando. 
Tanto Jasper e Alice, me disseram que não havia com o que me preocupar, primeiro por que era bem capaz de eu não ver mais a garota, eu não gostei nem um pouco desse fato, mas não pude dizer nada eu escolhi assim. Segundo era que eu poderia esperar alguns anos e depois tentar encontrá-la afinal de contas eu sabia onde a tia dela morava. 
Depois de um tempo seus pensamentos ficaram mudos, acho eu que eles estavam me dando um tempo sozinho com os meus, afinal de contas quando chegássemos em casa eu não teria folga. Fiquei pensando em todos os conselhos, em um especifico de Jasper.
Segundo ele pela reação de Bella antes de nos separarmos por definitivo, ela estava tão apaixonada por mim quanto eu por ela, então eu poderia esperar um tempo, tempo suficiente para ela amadurecer, e claro para ter certeza do que sente por mim, então eu a procuraria, se ela sentisse o mesmo que eu, contaria tudo para ela, afinal de contas quando se ama uma pessoa o resto não importa, nem mesmo se essa pessoa for um vampiro.
Confesso que era bem atraente, talvez eu não esperasse um tempo, eu voltaria para Califórnia, iria até a casa onde ela estava, conversaria com ela para ter certeza dos seus sentimentos por mim e pediria para ela me esperar. Estava perdido em meus pensamentos pensando em Bella me aceitando do jeito que eu era, e dizendo que me amava e iria me esperar o tempo que fosse.
– Edward chegamos - Alice tirou-me dos meus devaneios.
Sai do carro. Não vi de onde veio, mas um vulto enorme me pegou de surpresa, em um instante eu estava no ar no outro estava no chão. Emmett eu sabia que ele se aproveitaria da minha distração.
– Quem diria hein Ed que um dia eu conseguiria te pegar desprevenido. - ele riu e me deu um abraço de urso. - Bem vindo mano senti sua falta.
– Também senti a sua cara.
Depois foi a vez de Rosálie, ela me deu um abraço e um beijo no rosto, eu estava super feliz em vê-la, mas como sempre seus pensamentos estragavam tudo.
“Ah Edward, Tanya está te esperando, por favor, seja educado e...”.
– Rose, eu gostaria que você parasse de pensar sobre isso – eu a interrompi seu pensamento eu realmente não queria saber.
– Tudo bem, mas como eu sempre digo dessa vez você não vai resistir. - ela se afastou de mim e foi abraçar Emmett.
Depois veio Irina e Kate irmãs de Tanya, eu as adorava, sempre conversava bastante com elas, sem contar que elas respeitavam meu espaço, e ao contrario de Rosálie não ficava insistindo para eu ter algo com Tanya, logo atrás delas estavam Carmem e Eleazar, eles também eram muito queridos. 
Depois de ser cumprimentado e receber os votos de boas vindas de todos, Alice me puxou pela mão para entrarmos na casa, ela era enorme e linda, as paredes da sala foram todas substituídas por vidros, e os moveis eram em tom claros, era nossa preferência tons claros. No canto da sala havia um piano imenso preto igual ao que eu tinha no apartamento, aposto que aquilo só podia ser obra de Esme, ela adorava quando eu tocava.
Por falar em Esme, lá vinha ela abraçada com Carlisle descendo as escadas para me dar um abraço. Acho que essa foi a cena mais linda que já vi na minha existência.
“Estou tão feliz que esteja de volta meu bem” – Pensou ela como sempre seus pensamentos sobre mim era bondosos cheios de amor e carinho.
“Bem vindo filho, espero que não decida partir mais, sentimos muita a sua falta” - dessa vez o pensamento foi de Carlisle. Era incrível não importava quanto tempo eu ficasse fora, ou quantas vezes eu errasse com eles sempre me recebiam de braços abertos, como se nada tivesse acontecido. Sim eu tinha sorte, muita sorte pela família que eu tinha.
Ainda abraço aos meus pais, fomos para o sofá nos sentar, eu contei tudo a eles sobre como tinha sido minha vida, nessas ultimas décadas, contei sobre meu atraso e o motivo por traz dele. Contei tudo sobre Bella e como me sentia em relação a ela. 
Esme ficou feliz por eu finalmente ter encontrado uma razão para existir, Carlisle preocupado, pelo fato dela ser uma humana. Mas no final ele disse-me para não me preocupar que para tudo tinha um jeito e não importava minha decisão, eles estariam comigo. Todos ficaram super felizes pelo fato de eu finalmente ter encontrado alguém a quem amasse. Quer dizer quase todos, pude ouvir Rosálie trincando os dentes e alguma coisa lá fora sendo quebrada, Tanya, provavelmente estava ouvindo.
Eu não tinha visto Tanya em lugar nenhum desde o momento que eu cheguei, ela não foi me cumprimentar e depois que eu contei sobre Bella ela nem se deu ao trabalho de olhar na minha cara. Eu achei o comportamento dela ótimo não queria saber o que ela estava pensando. 
Depois de um tempo conversando Esme insistiu para que eu fosse ao meu quarto ver como havia ficado, e se eu gostaria dele ou iria querer mudar algo. Nem precisaria eu confiava nela, Esme sempre acertava meu gosto. Mas tinha sido uma ótima ideia queria fugir dos pensamentos provocativos e maliciosos de Emmett e dos pensamentos indelicados de Rosálie.
Cheguei ao final do corredor do segundo andar, onde ficava meu quarto e abri a porta branca com detalhes em dourado - coisa de Alice eu tinha certeza. Estava entrando no quarto, olhei ao redor e parei quando eu a vi deitada na minha cama. Tanya - ela não tinha jeito - estava completamente nua, olhando para mim maliciosamente.
– O que faz aqui Tanya? - perguntei chocado.
“Ora Edward, pensei que soubesse de tudo. Afinal você é o leitor de mentes...”.
Ela levantou e veio em minha direção, eu ainda estava parado na porta. Queria ver o que se passava na mente dela, mas não sei como ela conseguiu me bloquear.
– Eu quero que me diga Edward. Se aquela humana que você encontrou é melhor do que eu. Não pode amá-la, porque você já é meu, eu posso te oferecer muito mais do que ela. Eu posso te mostrar, como você vai adorar ficar comigo.
Enquanto ela falava ela ia se aproximando mais e mais lentamente.

quinta-feira, julho 17, 2014

Fanfic a Fera Vermelha – Capítulo II

Autora: AnnaThrzCullen

Gênero: Romance, drama

Classificação: +16 anos

Categoria: Beward

Avisos: Adaptação, Linguagem Imprópria, Nudez e Sexo

 

Capitulo II

Apesar da generosa dose de vinho, Edward continuava tenso. Na companhia dos três irmãos de Isabella, ele esperava pela noiva e notava que os três rapazes também exibiam traços surpreendentemente belos. Alegres e vigorosos faziam o possível para mantê-lo relaxado, mas o esforço era inútil, para seu desânimo. Nem mesmo o ambiente de camaradagem podia dispersar os sussurros em torno dele ou cegá-lo para os olhares lançados em sua direção. Piedade. Era esse o sentimento dos convidados pela noiva. Todos ali sentiam que a beleza da noiva seria desperdiçada ao lado de um homem como ele, e era impossível não concordar com aquelas pessoas.

quarta-feira, julho 16, 2014

Fanfic: Dois Mundos, Duas Vidas - Capitulo 6


Autora: Giis Vieira

Género: Aventura, Drama, Lemon, Romance

Classificação: +16

Categoria: Saga Crepúsculo

Avisos: Linguagem imprópria, Sexo, Violência



Capítulo 6
Edward
Já estava quase amanhecendo quando sai do computador. Depois fui cobrir todas as janelas para que não entrasse nem um raio de luz solar.
Perguntei-me: O que Bella acharia mais estranho o apartamento todo fechado, ou minha pele cintilando?
Sem duvida seria minha pele cintilando, o apartamento todo fechado eu poderia dar qualquer desculpa.
Fui novamente para o quarto terminar de arrumar mais algumas coisas para minha viagem. Eu quase tinha me esquecido dela, mas era provável que Alice me ligasse me xingando de irmão desnaturado.
Escutei meu celular tocando na sala, corri para atendê-lo, nem precisaria olhar o número para saber quem era. Eu sabia que ela não esperaria até eu chegar lá para me bombardear de perguntas.
- Ei, você sabe que eu te amo, então, por favor, espere eu chegar até ai e eu te conto tudo prometo - disse antes que ela me bombardeasse de perguntas. Mas fiquei pasmo ao ouvir que a voz não era a que eu esperava ouvir.
- Nossa, uma declaração assim logo de cara. Depois dessa não preciso dizer mais nada é claro que eu espero. - que ótimo era Tanya, agora ela não largaria mais do meu pé. - Sabe por mais que você dissesse não, e Alice afirmando que não nos via juntos no futuro sabia que não era definitiva, como ela mesma diz o futuro pode mudar.
Maravilha, agora ela vai achar que a declaração era para ela. Por que eu não olhei o número?
- Desculpe Tanya, achei que fosse Alice ou Esme, elas são as únicas que me ligam nesse número.
-É eu sei é novo não é? Elas não quiseram me dar com medo de que você não gostasse, mas Rose me deu assim mesmo. Ela não tem medo de você.
Só podia ser coisa de Rosálie, ela era única que nunca respeitava minha vontade, e agora ao que parecia estava ajudando Tanya.
- Desculpa se dei a impressão errada Tanya, mas sinceramente eu realmente achei que fosse minha mãe ou minha irmã.
- Sei tudo bem. Até quando vai resistir? Tudo bem você está vindo para cá e quando vir podemos resolver isso... - ela interrompeu o que estava falando. - Uhm Alice está aqui querendo lhe falar.
Bendita seja Alice eu teria que levar um presente a ela, eu realmente não queria saber, o que Tanya queria me dizer.
- Ponha ela na linha, por favor.
- Edward me desculpe - ela começou como se ela fosse a culpada - Eu juro que eu tentei, alias todos nós tentamos, mas você conhece a Rosálie, e agora ela está amiguinha da Tanya. Ela está impossível.
- Tudo bem Alice, eu sei que não é culpa sua. Quando eu chegar ai eu acerto minhas contas com ela - disse tranquilizando-a.
- Eu vi porque você se atrasou, e já avisei aos outros, mas não disse o motivo. Falei para eles que quando você chegasse você explicaria se quisesse. Rose e Tanya não gostaram muito, elas estão planejando torturar-me.
- Vou desmembrá-las se tocarem em um fio de cabelo seu - disse com um pouco de raiva, eu sabia que Jasper não deixaria que elas tocassem em Alice, mas mesmo assim isso não me agradava.
- Jazz disse a mesma coisa, até o Emmett está me ajudando e olha que ele não gosta de contraria Rosálie. Carlisle e Esme disseram para elas pararem com isso porque é você quem decide.
- Obrigada Alice você é a melhor irmãzinha de todo o mundo. E não se preocupe com elas quando eu chegar vou dar um jeito.
- Por nada, estou com saudades, mas sei que você está demorando por uma causa nobre. A propósito ela é linda.
- Sim, pena que nunca mais vou vê-la.
- Não diga isso, o futuro é uma caixinha de surpresa, ninguém nunca sabe o que vai acontecer. E bem como eu fui uma irmãzinha muito boazinha tenho o direito de saber tudo e primeiro.
- Claro que sim, te devo muito.
- Ahnn... Mais uma coisa se eu fosse você eu trocaria o seu número, algo me diz que Tanya não vai te deixar em paz até você chegar aqui.
- Obrigada vou fazer isso.
- Bom vou indo. Até mais. Eu te amo.
- Até, também te amo baixinha.
Ela desligou o aparelho rápido, acho que para Tanya não pegar de volta e me atormentar. Eu ouviria o conselho dela e mudaria de número. Suspirei. Agora mais essa como se eu não tivesse problemas o suficiente. Mas eu tinha falado sério que tanto Tanya quanto Rosálie perderia um braço se elas tentassem forçar Alice a falar.
Coloquei o telefone na mesa, quando percebi a presença dela. Bella estava parada no corredor que leva aos quartos.
- Desculpe, eu não queria atrapalhar - ela gaguejou tentando se desculpar.
- Tudo bem era só minha irmã. A dona do quarto da Barbie.
- Ahh.
- Eu já consegui o endereço da sua tia, eu mesmo vou levá-la até lá, mas você se importa se formos um pouco mais tarde estou cansado e preciso dormir um pouco.
Na verdade eu não precisava, eu nem dormia, mas essa desculpa foi a melhor que consegui.
- Claro.
- Pode ficar a vontade, a geladeira está abastecida, se quiser também pode mexer no computador.
- O.K.
Fui para o quarto, depois abri o cofre e peguei uma boa quantia do dinheiro que tinha ali, e que eu nunca usava. Rapidamente dei uma espiada na sala, para ver se Bella continuava lá, ela estava entretida com o computador, então daria tempo.
Fui até o quarto de Alice, peguei uma mochila, e coloquei todas as roupas que eu conseguia dentro da mochila. Acho que minha irmã não se importaria em ajudar Bella. Enquanto tirava as roupas do cabide, um vestido em particular me chamou atenção, ele era azul claro, mas tinha alguns detalhes em azul escuro como as alças e uma fita um pouco acima da cintura para ser amarrada nas costas, ficava um pouco acima dos joelhos. Ficaria perfeito nela. Coloquei o vestido do lado do violão para que ela achasse.
Depois rumei para o banheiro do quarto, ela tinha deixado tudo arrumado por lá, as únicas coisas fora do lugar eram a blusa e a bermuda que ela estava vestida na véspera, eu peguei as roupas. Guardaria, seria uma ótima lembrança quando nos separássemos.
Ainda doía quando eu pensava que logo ela não estaria mais me fazendo companhia.
Segui para o meu quarto, deitei na cama e fiquei olhando o teto. Tentei não pensar em nada, mas tinha algumas coisas me incomodando, a história de Tanya, por exemplo, era uma delas. Fiquei pensando em não ir para o Alasca para não ter que ser indelicado com ela novamente. Mas lembrei-me da felicidade de Alice e Esme deveria estar igualmente radiante, e é claro eu estava morrendo de saudade dos meus pais e dos meus irmãos.
Bella
Já fazia algum tempo que Edward havia se retirado, não sei como ele conseguiu ficar acordado a noite toda, ele deveria estar tão cansado quanto eu.
Olhei a sala, e estranhei ela estar toda lacrada, não entrava nem um feixe de luz. Bom, cada doido com sua mania.
Estava começando a ficar com fome, fui até a geladeira e peguei o resto do bolo de chocolate da noite anterior. A cena de Edward colocando o bolo na minha boca não me saia da cabeça, aquilo me deixou inflada de felicidade, mas sabia que para ele não tinha o mesmo significado.
– Que ótimo Bella. - murmurei para mim mesma.
Era realmente uma maravilha, eu havia me apaixonado por um cara mais velho, que provavelmente olhava para mim como deveria olhar para a irmã caçula dele.
Nunca acreditei nesse negocio de amor à primeira vista. Sempre achei meio ridículo e até zombava de quem jurava ter sido acertado pela flecha do cupido. Lembro que Anna sempre me dizia para não cuspir para cima, agora eu sei por que caiu bem na minha testa. Depois dessa eu nunca mais questionaria o assunto.
Depois de ter digitado um e-mail enorme explicando tudo para Anna e os pais dela, fui me arrumar no relógio marcava 05h50minh da tarde.
Entrei no quarto da Barbie - aquele quarto me assustava às vezes - e fui direto para banheiro tomar um banho. Foi só quando sai que me dei conta que minhas roupas não estavam onde eu havia as deixado. Que ótimo agora não tenho mais roupa também, vou ter que ficar de pijama.
Fui para o quarto, olhei em cima da cama, do lado do meu violão havia um vestido lindo azul claro mais ou menos na altura dos joelhos, ele era fascinante ainda mais com a alça e a fita da cintura em azul escuro, no outro lado do meu violão tinha uma mochila lilás cheia de borboletas e glitter que parecia estar cheia de roupas.
Olhei da mochila para o vestido. Será que Edward tinha colocado ali para mim? Afinal as poucas roupas que eu tinha levado comigo, estava na mochila que roubaram, ele deve ter percebido esse fato.
Peguei o vestido da cama e o vesti, eu não era de usar vestidos, na verdade já fazia muito tempo que eu não colocava nem se quer uma saia no corpo, mas aquele tinha ficado legal no meu corpo.
Fui para sala levando comigo meu violão e meu all star. Sentei no sofá para calçar o tênis, depois abri um bolsinho esterno da Capa Bag do violão onde eu havia guardado meus documentos, e para minha surpresa junto com a minha identidade estava o cartão e a senha da conta que Charlie tinha deixado para mim antes de morrer.
Fiquei tão feliz, que fiz uma coisa que não fazia há anos, eu nem tinha percebido, mas quando dei por mim já estava com o violão na mão tocando.
Edward
Ainda estava deitado pensando, quando ouvi uma melodia suave que vinha da sala, fui até lá para ver.
Tive uma surpresa ao ver Bella sentada no sofá com a cabeça baixa os olhos fechados e tocando violão, era uma cena fascinante, para melhorar minha visão ela estava usado o vestido que eu havia separado para ela. E como eu havia suspeitado tinha ficado perfeito nela, mesmo ela usando com All Star, combinavam com ela e o seu rosto angelical.
Ela levantou a cabeça, quando percebeu que eu estava a observando e parou de tocar.
– Continue, por favor - pedi - É linda, composição sua?
– Não, era do meu pai. Ele fez para mim quando eu nasci e tocava toda noite para eu dormir, só que no piano.
– É fascinante, no violão também ficou linda - ela sorriu e corou. Ficava tão linda e irresistível assim.
– Obrigada.
– A propósito o vestido ficou lindo em você. - ela baixou a cabeça e corou mais ainda.
– É, valeu. Desculpa se fui intrometida é que estava em cima da cama, e eu não achei as minhas roupas... - Ela se interrompeu sem jeito.
– Tudo bem, eu tinha separado para você. - disse tranquilizando-a e completei - Coloquei mais na mochila.
– Não precisa se incomodar Edward, você já fez tanto por mim.
– Não se preocupe, e a propósito quero que fique com isso. - disse passando-lhe as notas, mas com cuidado para minha pele não tocar a dela. Ela ia protestar ao ver a quantia que eu lhe dava, então olhei bem em seus olhos descarregando toda a potencia dos meus. - Por favor, aceite. Eu não aceito um não como resposta.
– Tudo bem, obrigada. - ela disse pegando as notas.
– Então, vamos? - tentei não deixar transparecer o quanto o quanto aquilo doía. Como seria minha vida de agora em diante?
Ela assentiu e foi pegar a mochila no quarto. Depois que ela pegou todos os pertences dela nós saímos.
A viagem toda fomos quase em silencio, fora uma pergunta ou outra que ela me respondia.
Quando chegamos ao bairro que a tia dela morava, eu já estava quase sufocado, se fosse possível eu estaria em prantos.
Estacionei um pouco mais a frente da casa, eu queria prolongar pelo aquele momento pelo menos por mais alguns segundos.
– Bom chegamos. Foi bom te conhecer Bella. - Bom era pouco, não era a palavra certo, conhecê-la foi magnífico, maravilhoso a melhor coisa da minha existência.
– Digo o mesmo, então tchau - ela disse isso, mas não se mexeu, parecia tão sem vontade sair do carro, quanto eu estava de deixá-la ir. - Obrigada por tudo. - e virou-se para abrir a porta.
– Bella. - ela virou-se para me olhar. - Se cuida tá, eu nunca, nunca mesmo me esquecerei de você.
– O que? Então - ela respirou fundo - Eu não vou te ver de novo.
– Não, eu estou indo embora, eu vou para o Alasca encontrar minha família - olhei-a seus lindos olhos estavam cheios de lágrimas. - Mas conhecer você, foi a melhor coisa na minha vida, nunca vou me esquecer de você. Prometa que vai se cuidar.
Ela balançou a cabeça afirmativamente.
Aquilo era horrível, por que tinha que doer tanto? Queria muito dar um abraço nela, mas me contive.
Bella levantou a cabeça olhou bem em meus olhos e disse:
– Também jamais vou esquecer você Edward. Adorei conhecer você.
Fiquei absorvendo aquilo será que ela sentia o mesmo?
Mas não tive muito tempo para pensar nisso. Eu não estava esperando essa reação dela, acho eu que nem ela própria estava esperando por isso. Tão rápido que não tive tempo de impedir, ela se atirou em meus abraços, e selou seus lábios nos meus, foi muito rápido, mas suave e doce. Senti uma se uma corrente elétrica estivesse passado pelo meu corpo. Depois com o a mesma a rapidez ela se afastou abriu a porta do carro e correu em direção a casa.
Eu não pensei, só sai dali o mais rápido que eu pude, antes que eu saísse e a pegasse para mim.
Bella
Eu não pensei muito no que estava fazendo, mas quando ele falou que estava indo embora, e que eu nunca mais o veria... Aquilo tinha doido muito.
Não me restava muito tempo então, eu me atirei nos braços dele, e selei meus lábios no dele, foi muito rápido, mas também muito doce, senti como se uma corrente elétrica tivesse passado pelo meu corpo, e antes que ultrapassasse mais algum limite eu sai correndo em direção a casa.
Quando me virei para olhar o carro já não estava mais lá. Só depois de um tempo percebi uma coisa estranha os lábios deles era muito frios e duros, vai ver era tensão por ter sido agarrado de surpresa.