Autora: AnnaThrzCullen
Gênero: Romance, drama
Classificação: +16 anos
Categoria: Beward
Avisos: Adaptação, Linguagem Imprópria, Nudez e Sexo
A Fera Vermelha
Capítulo IX
— Lá estão eles.
Ao ouvir o anúncio de Quil, Isabella olhou na direção indicada por ele. Sua única restrição era a corda que a mantinha presa à carroça pela cintura. Como o nó estava bem perto de Quil, ela não tinha nenhuma chance de se soltar, e duvidava de que pensasse em tentar, quaisquer que fossem as possibilidades. Saltar de uma carroça em alta velocidade seria um risco maior do que se dispunha a assumir. Porém, quando viu Aro Volturi, ela contemplou essa ação por um instante, pensando que talvez fosse dos males o menor.
A carroça parou na entrada de um acampamento. Lá estava Aro. Ela notou que o homem tinha no máximo duas dúzias de homens armados, garantindo sua segurança. Quando Alec e Volturi se aproximaram da carroça para estudá-la, ela os encarou com ousadia e firmeza. O olhar de Volturi fixo em seu ventre a assustou, mas ela tentou esconder o medo. Alec parecia perplexo. Ela disse a si mesma que estava se concentrando em algo sem importância. Era Volturi que devia observar. Ele era o líder.
— Está grávida. — Volturi cerrou os punhos, contendo o impulso de esmurrá-la.
— Quanta astúcia. A gravidez é algo que ocorre com relativa frequência a uma mulher que tem um marido.
— Chega de impertinência! Maldito seja aquele homem e maldita seja você! Vamos ter de resolver esse problema.
As palavras geladas de Volturi a encheram de pavor. Alec também parecia aterrorizado. Havia um limite para o que ele podia endossar. Isabella só precisava descobrir se Alec poderia encontrar coragem para impedir o que o horrorizava, ou se podia dar a ele essa coragem de alguma maneira.
— Eu não faria tantos planos — ela disse a Volturi com tom gelado, sem sequer tentar esconder o ódio que sentia por ele.
— É tola o bastante para pensar que seu grande Fera Vermelha pode vencer dessa vez?
— É tolo o bastante para pensar que ele não pode?
— Mulher, eu a fiz prisioneira, e por seu intermédio, logo me apoderarei de Cullen Masen. Agora peguei aquele bastardo vermelho.
— Ainda não.
— É melhor tomar cuidado, milady. Como já disse, você agora é minha prisioneira.
— Nesse caso, é melhor me manter bem presa, senhor, porque posso ser o único obstáculo a separá-lo da morte mais do que merecida nas mãos de meu marido. Fica aí parado se gabando como se já houvesse vencido, mas é melhor não contar vitória antes do tempo, porque a batalha ainda nem começou.
Notando como as palavras de Isabella enfureciam seu tio, Alec ousou murmurar:
— Cuidado, Isabella.
— Sim, ouça o conselho do idiota do meu sobrinho. Não é inteligente me desafiar. — Ele se virou para os homens. —Vamos embora! É hora de seguirmos para Cullen Masen!
Por um momento Isabella teve a impressão de que Alec ia falar com ela, mas ele correu atrás do tio sem dizer nada. O grupo partiu depressa demais, em sua opinião. Era evidente que Volturi não queria correr o risco de ser alcançado por Edward em espaço aberto. Desviando os olhos dos homens que seguiam na frente do grupo, Isabella notou que Quil olhava para ela. Havia preocupação nos olhos dele.
— Alec pode ser idiota, mas ele disse a verdade — O rapaz comentou depois de um momento. — E melhor tomar cuidado, milady. Volturi costuma ter acessos de fúria. Ele planeja casá-la com o pateta que chama de sobrinho, mas isso não o impedirá de atacá-la, caso provoque sua ira. Ele é capaz de matar. — Quil afastou-se, incitando John e os outros a aumentarem a velocidade do trote.
Isabella acomodou-se entre os sacos na carroça. Não estava pensando no aviso que acabara de receber, mas no motivo que o prontificara. De repente compreendia que havia julgado Quil e John mais perigosos do que realmente eram. Eles não a trataram mal. Eram grosseiros, sim, ignorantes, sem dúvida, mas não eram cruéis. Cumpriam ordens, nem mais nem menos. Mas agora notava que eles também tinham limites. Fechando os olhos, decidiu descansar e pensar em um jeito de usar todas essas recentes descobertas.
— Ela dormiu. — Ouviu Quil comentar um pouco mais tarde.
— Como consegue dormir em uma carroça que sacode tanto? — John estranhou.
— Ouvi dizer que uma mulher grávida é capaz de dormir em qualquer lugar. É estranho, mas parece que é verdade.
— Sim, e há outra coisa que também é verdade. Nós nos metemos em uma confusão muito maior do que nos fizeram acreditar que seria.
— Tudo por causa daquele bastardo. Maldito Volturi! Eliminar um herdeiro, ele disse. Casar o idiota do sobrinho com essa mulher. E nós acreditamos nele. Só ouvimos o tilintar das moedas, tolos que somos. Isso tudo é muito mais sério do que se livrar de um herdeiro problemático.
— E podemos cair em desgraça com ele. Acha que ele falou sério quando ameaçou a criança que a mulher está esperando? — sussurrou John.
— Alguma vez o homem fez uma ameaça que não pretendesse cumprir?
— Confesso que não gostei nada de saber sobre o assassinato dos dois homens, mas pensei... Bem, eles podem lutar, e é assim que funciona toda essa coisa de cavalaria, nobres e duelos. Roubar a esposa de outro homem? — John encolheu os ombros. — Acontece muito. Nada de grave. Mas agora ele fala em matar um bebê. Um bebê, Quil! E acho que esse louco vai matar também a mulher, quando não tiver mais utilidade para ele.
— Sim, ele é capaz disso. Volturi pode realmente matar mulheres e bebês. Tenho mais pecados pesando sobre minha alma do que gosto de pensar, mas nada tão horrendo. Nunca sujei minhas mãos com o sangue de mulheres e crianças. E nem pretendo cometer essas atrocidades.
— Então, podemos fugir agora? Vamos escapar antes que isso vá mais longe?
— Como? Se levarmos essa carroça para qualquer lugar que não seja o caminho indicado por Volturi, ele nos matará.
— Estamos perdidos, então.
— Talvez. Talvez não. Vamos ver o que acontece em Cullen Masen.
Isabella esperou tensa, mas nada mais foi dito. Outra chance, ela pensou, tentando não alimentar muitas esperanças. John e Quil podiam não ser totalmente maus, mas isso não queria dizer que seria capaz de convencê-los a ajudá-la. Era mais provável que eles estivessem pensando apenas em salvar a própria pele. Para escapar das consequências do crime hediondo que acreditavam ser inevitável, eles simplesmente fugiriam. E nada fariam para evitar a atrocidade.
— Acorde, milady. O castelo está bem diante de nós.
— Ah, Quil. — Ela piscou sonolenta sentando-se na carroça. — Estou acordada... mais ou menos.
— Dormiu durante toda a jornada — John resmungou.
— Ajuda a passar o tempo — ela respondeu. Haviam reduzido a velocidade de forma a não tornar a aproximação ameaçadora. Isabella se sentiu desanimada quando eles foram recebidos quase com cordialidade pelos homens na muralha. Chegara a ter esperanças de que Edward houvesse enviado um mensageiro para os homens na propriedade, qualquer coisa que os prevenisse contra Volturi. A velocidade em que viajaram matara essa esperança. Nenhum mensageiro poderia tê-los ultrapassado. A ideia de gritar um alarme também foi abandonada quando Volturi se aproximou da carroça.
— Nem uma palavra, senhora — ele murmurou, puxando um manto sobre a corda presa em sua cintura.
Ela engoliu o grito que se formava em sua garganta. Tudo que podia fazer era rezar para que seu silêncio não causasse a morte dos homens que guardavam o castelo. O medo pelo bebê a fez calar. Esperava que o custo de salvar essa vida ainda em formação não fosse um terrível derramamento de sangue.
— Levante-se agora — Volturi ordenou assim que passaram pelas muralhas da propriedade. — Levante-se para que eles possam ver que você é minha prisioneira.
No momento em que ela obedeceu à ordem, revelando-se amarrada, o som de espadas sendo removidas de suas bainhas ecoou pelo pátio. Volturi também empunhou sua espada e a aproximou dela. Isabella quase nem respirava. Todos os homens que guardavam a fortaleza ficaram imóveis.
— Quero todos os homens no pátio. Agora! E todas as armas descartadas — Volturi gritou quando, relutantes, os defensores do castelo começaram a se reunir. — Não façam nenhuma tentativa corajosa de resgate, ou matarei sua senhora. E com ela irá o herdeiro de seu senhor... a Fera Vermelha.
Ninguém esboçava reação. Para grande alívio de Isabella, Volturi não matou os prisioneiros desarmados que tinha acabado de fazer. Em vez disso, ordenou que todos fossem trancafiados nas masmorras. Só quando se certificou de que a ordem havia sido cumprida ele removeu a espada do pescoço da refém. Isabella caiu sobre os sacos na carroça. Enquanto Volturi se dedicava a tomar posse do castelo, ela foi deixada aos cuidados de Quil e John.
— Parece que a chave para a porta de uma propriedade fortificada é uma mulher — Quil comentou enquanto puxava a carroça para o estábulo.
— Duvido que funcione com todas as mulheres — John respondeu, ajudando o amigo a estacionar o veículo.
Isabella estava sendo retirada da carroça pelos dois homens quando ouviu o som de um choro abafado. Choro de mulheres. Ela viu Volturi e seus homens reunindo no pátio todas as mulheres e crianças da fortaleza. A maneira como o grupo indefeso era cercado por homens armados a enervava. Compartilhava do pavor que as mulheres não conseguiam esconder, pois não era capaz de imaginar o que Volturi pretendia para elas e seus filhos.
Olhando para o rosto sério de Quil, ela perguntou:
— O que vai acontecer com elas?
— Volturi vai trancafiá-las. Ele quer tirar do caminho todos que possam tentar ajudar os homens ou você. Além do mais... — Ele hesitou antes de prosseguir. — A Fera Vermelha não vai demorar para aparecer. Venha. — Segurando-a pelo braço, ele a levou para o castelo. — Recebi ordens para colocá-la no quarto da torre oeste.
Uma vez no aposento da torre, Isabella sentou-se na cama. Sentia-se exausta e totalmente derrotada. Logo Edward chegaria, mas não encontraria um jeito de salvá-la ou de salvar a própria vida. E ela não conseguia pensar em como poderia impedir Volturi de usá-la como isca para atrair Edward a uma armadilha mortal. Só podia rezar para que Edward tivesse alguma maldade nele, porque traição e crueldade seriam suas únicas possibilidades de sobrevivência. Só assim Volturi seria derrotado.
Aproximando-se da janela, ela olhou para baixo, para o pátio. Os homens de Volturi se preparavam para a chegada de Edward. Por que eles se armavam para uma batalha que Volturi não tinha intenção de lutar? Ele a usaria para matar Edward, depois a usaria para impedir os homens de Edward de buscar vingança.
Por um momento ela lamentou a gravidez que complicava tudo, que a mantinha paralisada quando mais precisava agir. Cada movimento tinha de ser bem planejado para não pôr em risco a integridade da criança. Em seguida ela tocou o próprio ventre num pedido silencioso de desculpas. Volturi era o único culpado de toda a confusão em que ela estava metida.
Seus pensamentos foram interrompidos pelo som de alguém abrindo a porta. Volturi e dois de seus seguidores mais fieis e próximos, George e Bertrand, entraram com ar confiante. O sorriso vitorioso nos lábios de Volturi a enfurecia. Adoraria apagá-lo com um soco violento.
— Lady Isabella, em breve poderá ver a Fera Vermelha encontrar a morte — ele anunciou com tom rouco e sinistro.
— Senhor, talvez eu prefira assistir a sua morte. E rezo Deus para que ela seja lenta e dolorosa. Infelizmente, receio que meu marido seja incapaz de descer tanto quando o senhor.
Volturi a atingiu no rosto com o dorso da mão. Isabella mal conteve o grito de dor ao ser jogada contra a parede. O sabor de seu próprio sangue explodiu em sua boca. Examinando o interior da boca com a língua, ela descobriu que a bofetada provocara um corte em uma das laterais. Banindo do peito uma violenta onda de ódio, ela se forçou a recordar o aviso de Quil. Volturi estava tomado pela fúria, e ela era o objeto desse sentimento. Não queria expor-se mais do que o necessário.
— Eu venci, mas é claro que você precisa de mais para aceitar essa vitória. Logo terá as evidências que tanto deseja, milady. Porei em suas mãos a cabeça do arrogante Fera Vermelha.
Isabella sentiu uma súbita vontade de vomitar, mas lutou contra o impulso. Negava-se a mostrar qualquer tipo de fraqueza diante de Volturi.
— Um dia, senhor, vai pagar por esses crimes que comete com tanta alegria.
Antes que ela pudesse dizer mais, um homem empurrou a porta e espiou para dentro do quarto.
— Uma força se aproxima das muralhas, senhor — ele anunciou.
Volturi assentiu.
— Bertrand, quando eu der o sinal, você deve segurar a mulher diante da janela para que ela seja vista claramente pelo homem. — Ele riu, olhando uma última vez para Isabella antes de sair do quarto seguido por George e o outro ajudante. — Parece, milady, que seu marido está muito ansioso para morrer.
— Volturi!
Edward gritou para as muralhas de Cullen Masen enquanto lutava contra a fúria cega. Ao ver o castelo, sentira vontade de cavalgar diretamente para os portões num gesto de loucura. Quando Volturi apareceu sobre a muralha, ele empunhou a espada, reconhecendo uma vontade inusitada de matar. Jamais havia experimentado tal sensação antes.
— Ah, o grande Fera Vermelha clama diante de minhas muralhas — Volturi respondeu com tom debochado.
— São minhas muralhas, bastardo! Mas não é sobre esse roubo que vim tratar. Onde está minha mulher?
— Sua mulher? Por que eu saberia do paradeiro da meretriz?
— Quando eu puser as mãos nesse desgraçado, ele terá uma morte lenta e dolorosa — Edward disse a Emmett e Merlion, que o escoltavam. Depois ele ergueu a voz novamente. — Sua aliada preza mais a própria vida do que a lealdade que professou a você, idiota! Ela me contou tudo.
— Ah... aquela mulher. Sua esposa. Sim, ela está comigo, mas vai ter de pagar para reavê-la.
— Não discutirei mais nada antes de ver Isabella viva e bem.
— Como quiser.
Edward viu Volturi acenar chamando alguém. O homem apontou para a torre oeste. Olhando naquela direção, Edward praguejou com ferocidade. Isabella estava precariamente equilibrada no parapeito da estreita janela da torre. Seu temor só arrefeceu um pouco quando ele viu as mãos que a seguravam pelos braços. Alguém impedia a queda. Porém, essa mesma pessoa poderia arremessá-la para a morte.
— Isabella — ele gritou, sem saber se a voz poderia chegar tão longe —, você está ferida?
Ela balançou a cabeça. Seu pavor era evidente.
— Muito bem, Volturi, já a vi. Mande seu homem tirá-la de lá.
Segundos depois, Isabella era levada para o interior da torre.
— Então, Fera Vermelha, agora entende que eu estou no comando. Terá de se curvar à minha vontade.
— Isso é o que vamos ver. O que você quer?
— No momento, creio ter tudo que desejo. Ah, não, ainda há uma coisa.
Edward continha a fúria com grande esforço, concentrando os pensamentos na segurança de Isabella e do bebê. Sabia que Volturi era um homem desequilibrado e perigoso. Precisava fingir que fazia seu jogo.
— E que coisa é essa? — ele perguntou.
— Você.
— Eu? Quer que eu entre no castelo, então?
— Sim, desarmado.
— Para que possa me matar sem correr nenhum risco.
— Sua vida pela da mulher.
— Não — Emmett murmurou a seu lado. — Edward, não pode ceder tão depressa.
— Ele não vai me dar muito tempo, Emmett.
— Ah, ele vai, nem que seja apenas para poder saborear o que considera ser uma vitória certa.
— Não acredita nessa vitória?
Emmett suspirou.
— Acabamos de chegar. Estamos cansados e tensos. Ganhe algum tempo para nós. Precisamos estudar o lugar e tentar adivinhar o que ele realmente pensa. Deve haver alguma solução que não seja a de se entregar à morte como um antigo cordeiro de sacrifício.
Edward olhou para cima e viu Alec ao lado do tio.
— Lá está à sombra de Volturi — ele disse, certo de que o rapaz jamais ousaria ajudar Isabella. — Volturi, tenho a impressão de que está esperando que eu ceda sem nenhuma garantia de retorno ou benefício!
— Você não tem escolha, Fera Vermelha. Porém, se acha que não pode atender às minhas exigências...
— Eu não disse isso.
— Não? Bem, hoje estou de bom humor. Sinto-me quase generoso, sabe? Vou lhe dar um tempo. Fique aí ruminando em vão, se quiser. Tente inutilmente encontrar uma saída, uma solução que nós dois sabemos que não existe. Você tem até amanhã, nessa mesma hora, para aceitar a derrota.
Edward virou o cavalo e retornou para o local onde seus homens haviam montado acampamento. Emmett e Merlion o seguiram. A gargalhada sarcástica de Volturi ecoava em seus ouvidos. Edward parou o cavalo, desmontou e foi se sentar sozinho sobre uma pedra no extremo oposto do acampamento. Precisava dominar as emoções. Estava começando a superar o pior momento de angústia, quando ouviu alguém se aproximar. A mão firme sobre seu ombro anunciou a presença de Emmett.
— Parece que falhei mais uma vez com a pobre Isabella, Emmett.
— Você não falhou — o homem respondeu depois de se sentar ao lado do amigo.
— Não? Ela é prisioneira de um louco e não posso resgatá-la. Não há salvação para Isabella, nem mesmo se eu oferecer minha cabeça a Volturi numa bandeja de prata. Tudo isso só vai mantê-la viva por mais um tempo. Não percebe?
— Não. O que vejo é só um plano benfeito. Volturi criou uma armadilha ardilosa, e você não pode sempre evitar todas elas. Mas isso não significa que a armadilha vai funcionar.
— Pensou num meio de resolver a questão, não é?
— Ainda não, mas temos tempo. Assim que escurecer, os homens irão vasculhar toda a área em torno de Cullen Masen e as muralhas do castelo em busca de alguma coisa, seja um buraco de ratos ou um ponto fraco na guarda, não importa. Se esse lugar existe, nós o encontraremos.
Edward assentiu.
— Volturi não pretende libertar Isabella, mesmo que eu cumpra sua exigência.
— Não. Todos nós sabemos disso. Por essa razão os homens vão vasculhar a área até encontrarem aquilo de que precisamos. Caso contrário, você perderia sua vida por nada, e nós nem teríamos a chance de vingar sua morte. Os homens sabem que a vida de seu herdeiro também está em jogo. Se não encontrarem uma entrada para a fortaleza, é porque ela simplesmente não existe. E isso é impossível. Sabemos bem que sempre há uma passagem qualquer.
— Espero que esteja certo. Senão, amanhã caminharei para a morte mesmo sem saber se ela será a libertação de Isabella. Será uma maneira terrível de morrer.
— Então, por que ainda a considera?
— Porque não poderia viver se me negasse a cumprir a exigência e Volturi a matasse. Fazendo o que ele quer, pelo menos ganharei mais algum tempo para Isabella. Nesse tempo você poderá tentar libertá-la. Se eu tiver de me entregar, quero que jure que vai continuar lutando para tirá-la de lá.
— Eu juro. E juro também que não descansarei enquanto não puser um fim na vida daquele bastardo desgraçado. Nem que tenha de derrubar as muralhas de Cullen Masen pedra por pedra para chegar até ele.
Edward sentiu-se confortado pelo juramento. Se tivesse de ir ao encontro da morte no dia seguinte, iria certo de que Isabella ainda teria um protetor. Alguém faria Volturi pagar por seus crimes. Mas sua maior esperança era que, antes do final da noite, seus homens encontrassem uma forma de invadir a fortaleza.
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