sábado, setembro 06, 2014

Fanfic A Fera Vermelha – Capítulo X

Autora: AnnaThrzCullen

Gênero: Romance, drama

Classificação: +16 anos

Categoria: Beward

Avisos: Adaptação, Linguagem Imprópria, Nudez e Sexo

A Fera Vermelha

X

Isabella olhou pela janela e viu a luz do fogo no acampamento de Edward. Queria estar com ele, abraçá-lo e encerrar esse tormento.

Um ruído na porta interrompeu seus pensamentos.

Sem nenhum interesse, ela viu Quil deixar a comida sobre uma mesa enquanto John se mantinha na porta. Quando os dois a encararam, ela suspirou e foi se sentar na banqueta diante da mesa. Sentia fome. Era desleal pensar em comer quando a vida do marido estava por um fio, mas tinha de pensar na criança dentro dela.

— Precisa comer, milady — Quil manifestou-se.

— Por quê?

— O bebê em seu ventre...

— Ah, sim. Devo engordá-lo para ser morto, não é? — Sabia que os atingia com esse tipo de comentário.

— Não, milady. Deve dar à criança uma chance de sobreviver.

Ela riu, mas partiu um pedaço de pão e outro de queijo, comendo-os sem pressa.

— Não minta! Sabe tão bem quanto eu que Volturi não vai permitir que eu e o bebê sigamos vivos. Mesmo que me deixe ter o bebê, será apenas para matá-lo assim que nascer. Trago no ventre um herdeiro para o lugar onde agora estamos. Sabe como Volturi lida com herdeiros, não sabe?

— Talvez tenha uma menina.

— E acha que isso vai mudar o destino do bebê, Quil? Não seja tolo! Se o rei descobrir que um de seus cavaleiros morreu deixando viva uma filha, ele a tomará sob sua proteção. É direito e dever de um soberano agir assim. Ele a entregará com todos os bens de Edward a um cavaleiro qualquer, um sujeito que sinta necessidade de recompensar por um ou outro motivo. Volturi não vai querer correr esse risco.

—Bem, não temos nenhuma participação nisso — John anunciou.

— Ah, não? E quem me trouxe para cá?

— Não conhecíamos todo o plano de Volturi.

— Declaram-se inocentes. Entendo. Bem, agora não podem mais alegar ignorância. Conhecem as reais intenções de Aro Volturi, mas se negam a me ajudar.

— Não queremos morrer — Quil protestou irritado. — Somos vigiados. Volturi não confia em ninguém.

— E assim, vão ficar aí parados enquanto ele os envolve em uma sangrenta sequencia de assassinatos. O fato de não empunharem a espada não manterá suas mãos limpas de sangue. Omissão não é sinônimo de inocência, senhores.

— E contrariar Volturi só servirá para nos levar à morte, porque não conseguiremos contê-lo. — Quil recolheu a bandeja vazia. — Não quero morrer, muito menos numa inútil e tola tentativa de impedir algo que é inevitável.

— Não pode nos culpar por isso — John gritou.

— Ah, mas eu não os culpo! Sei como a fome pode induzir um homem a fazer qualquer coisa por um punhado de moedas. Sei também que muitos não consideram errada a intenção de Volturi, tomar o que não pertence a ele e ceifar vidas que encontre esse caminho, roubar a mulher de um homem para colocá-la na cama de outro... Infelizmente, essas coisas acontecem com frequência suficiente para serem aceitas. E também não os culpo por desejarem seguir vivendo. Esse também é o meu maior desejo. Sendo assim, podem ir... e garantam sua segurança. Não os condenarei por isso.

A batida furiosa da porta não a surpreendeu. Tinha oferecido perdão com uma das mãos, mas usara a outra para esbofeteá-los. Compreendia realmente o que os metera naquela confusão e por que não conseguiam sair dela. Mas sua vida e a do bebê também estavam em risco, e era impossível não se ressentir contra aqueles que recusavam ajuda. Não pedia nenhum sacrifício. Só queria auxílio. Infelizmente, eles acreditavam que ajudá-la equivalia a assinar a própria sentença de morte, e nada os faria mudar de ideia.

— Resumindo, estou sozinha — ela murmurou enquanto caminhava de volta à janela com a caneca de vinho.

Olhando para a luz da fogueira do acampamento de Edward, ela tentou pensar em alguma coisa. Nenhum plano sobrevivia a uma análise mais aprofundada. Todos precisavam de pelo menos mais uma pessoa, e não podia contar com ninguém.

O som de alguém entrando em sua prisão a fez pensar que, talvez, o destino pudesse estar mandando essa pessoa.

Quando se virou e viu Alec, ela decidiu que o destino tinha um senso de humor cruel.

— O que quer aqui, Alec? — indagou, sentindo uma estranha mistura de piedade e ódio.

— Só vim me certificar de que não está sendo maltratada.

— Maltratada? Não! A prisão é muito confortável!

— A torre é mais uma forma de mantê-la segura.

— É mesmo? Estranho... Com a tranca do lado de fora, deduzi que o objetivo era impedir-me de sair, não impedir a entrada de outras pessoas. Entende o que digo? Você entrou, mas eu ainda não posso sair.

Alec passou a mão pelos cabelos pretos. Isabella ainda era linda, apesar do ressentimento. E a queria tanto, que não conseguia dormir à noite pensando nela. Mas Edward a tinha. Grande, vermelho, era ele quem se deitava com Isabella todas as noites. Uma injustiça.

— Não gostaria de ser pega no meio da batalha — ele explicou, tentando parecer calmo.

— Batalha? Que batalha? Seu tio não tem coragem para enfrentar Edward. Ele me usa para atrair meu marido para a morte.

O desconforto e a vergonha refletidos na expressão de Alec não a comoveram. Ele que se afogasse em vergonha. Seria um castigo merecido para alguém tão fraco.

— Não quero falar sobre isso — resmungou Alec.

— Não, e também não quer pensar nisso. Pois saiba que fingir ignorância não vai salvar sua alma.

— Serei um bom marido para você, Isabella.

— Acha mesmo que vou permitir que seja alguma coisa para mim, mesmo depois de participar do assassinato de meu marido?

— Vai ter de se casar comigo! Esse é o plano de meu tio.

— Ah, sim, é provável que ele possa me obrigar a casar com você. Combinando forças, também sejam capazes de me colocar em sua cama. Mas nada vai me obrigar a gostar de você. Considerando que seu tio pretende matar meu filho...

— Não! Isso não é verdade! Ele nunca disse isso.

— Disse. Você ouviu e entendeu. Mas é evidente que se convenceu do contrário. Mas não vai poder ignorar a realidade quando estiver diante do túmulo desse inocente. Será tarde demais para agir, então.

De repente ela percebeu que a porta estava destrancada. Nervoso, Alec andava pelo quarto, deixando o caminho livre para ela. Podia sair. A pergunta era: O que faria depois disso? Permaneceria entre as muralhas de Cullen Masen, mas poderia se esconder em algum lugar, talvez até escapar por uma brecha qualquer. Eram chances mínimas, ela reconhecia, mas era melhor do que nada.

Ela correu para a porta.

— Não, Isabella! Espere!

Um corpo masculino bloqueava a saída e destruía suas esperanças. Dedos furiosos a agarravam pelos braços, empurrando-a de volta para o interior do quarto.

Antes mesmo de erguer o olhar, Isabella soube que havia sido interceptada pelo furioso Volturi. Thomas e Bertrand o seguiam.

— O que faz aqui, Alec? — Volturi perguntou. — Quase nos faz perder nosso trunfo!

Depois de jogá-la sobre a cama, ele esbofeteou o sobrinho com tanta força que o rapaz cambaleou.

Isabella ficou sentada na cama assistindo à cena. Alec nem tentou se esquivar do golpe. E também não tentava se defender com palavras ou atos. Era difícil entender como um homem adulto aceitava esse tipo de tratamento. A rebelião surgia apenas no brilho intenso e ressentido de seus olhos.

— Ela só havia corrido para a porta — Alec murmurou. — E vim para tentar acalmá-la.

— Aproximar-se dela, você quer dizer. — Volturi riu, olhando para Isabella. — Não se incomode com isso. Logo terá o que tanto deseja, meu rapaz. A jovem Isabella será sua esposa. E se ela quer ou não esse destino... Não importa.

— E a opinião de minha família também não tem importância? — Isabella manifestou-se. — Ou se esqueceu deles?

— De jeito nenhum. Eles não me atacarão pela mesma razão que contém seu marido. Eu a tenho cativa.

— Eles podem esperar para fazê-lo pagar por seus crimes. Como os homens de meu marido também podem esperar. A vida que planeja levar será muito precária, senhor, com tantas espadas eternamente apontadas em sua direção. Todas estarão esperando pelo momento de mandá-lo para o inferno.

— Por um tempo, talvez, mas todos se cansarão do jogo.

— Senhor, há homens cuja sede de justiça e a lealdade não arrefecem com o tempo.

— E você, milady, superestima seu valor. E agora, vamos tratar do assunto que me traz aqui. Minha intenção, como sabe, é matar seu marido. Porém, penso agora que há outra forma de eliminá-lo, de aumentar o tormento que será imposto a sua alma na jornada ao encontro do Criador.

— O que está dizendo?

— Ele saberá que a esposa conheceu outro homem. — Volturi riu ao ver que ela tentava fugir, mas era contida por Thomas e Bertrand. — Sim, e será um delicioso passatempo enquanto espero. Vamos ver se toda essa beleza também tem ardor, fogo e paixão.

— Tio, não — Alec protestou aflito. — Você prometeu que ela seria minha.

— E você a terá. Não seja egoísta, meu rapaz.

— Ela está grávida! Pode fazer essa mulher perder o bebê!

— Melhor ainda. A criança é inútil para nós. Na verdade, não é apenas inútil, mas é um grande problema.

Isabella se debatia entre Thomas e Bertrand, mas era inútil. Eles a imobilizaram sobre a cama. Tudo que podia fazer era se contorcer, também inutilmente, o que parecia diverti-los. Ela olhou para Alec, pálido e trêmulo, e soube que não poderia contar com sua ajuda. Mesmo que se rebelasse e tentasse lutar contra Volturi, não teria força física para vencê-lo.

Quando Volturi estendeu as mãos para as fitas que fechavam o corpete de seu vestido, Alec o puxou para trás.

— Não! Deixe-a em paz. Não vou permitir tal coisa.

— Você não vai permitir? — Volturi debochou.

— Não posso deixar que a ataque dessa maneira.

A luta que se seguiu foi breve, furiosa e terrível de ver. Quando Thomas se moveu para ir ajudar Volturi, Isabella tentou fugir, mas foi impedida por Bertrand. Não foi com surpresa que ela viu, momentos mais tarde, um Alec tonto e ensanguentado ser arrastado até a porta do quarto. Volturi sorriu para ela. Thomas e Bertrand também sorriam. Ela sabia que não tinha meios de impedir a violência que eles planejavam, um ataque que provavelmente poria em risco a vida do bebê, mas lutaria até o fim. Não se submeteria sem luta.

Alec estava sentado no chão no corredor, olhando para a porta do quarto. Limpando o sangue dos lábios na manga da casaca, ele ouviu um grito abafado e tentou se levantar.

— Então, finalmente criou coragem para lutar, rapaz.

Assustado, Alec olhou para os dois desconhecidos em pé a seu lado.

— Quem são vocês?

— Sou Quil — disse o que havia falado antes, estendendo a mão para ajudá-lo a ficar em pé. — E esse é John. Somos os dois idiotas que trouxemos a mulher para cá.

— Precisamos detê-los! — Alec deu um passo na direção da porta, mas foi contido por Quil.

— Se entrar, vai levar outra surra e será novamente jogado para fora.

— Vocês podem me ajudar. Seremos três. Três contra três.

— Não sei usar a espada. John também não.

— Nem eu — Alec declarou, cobrindo o rosto com as mãos. — Eles vão machucar Isabella. Como posso permitir tal horror?

— Ficar aí chorando não vai ajudar a dama.

— Então, o que devo fazer? Devo ficar aqui ouvindo aqueles animais abusarem dela?

— O que faria se pudesse tirá-la das garras daquelas bestas? Ainda estaríamos cativos dentro dessas muralhas.

— Não! Eu a tiraria daqui. Sei como sair. Levaria Isabella de volta a Edward — Alec sussurrou, desistindo do sonho de ter a seu lado a mulher que tanto amava e desejava. — Ela não me quer.

— Está dizendo que conhece uma saída desse lugar? — Quil perguntou eufórico, segurando Alec pelo braço e sacudindo-o.

— Sim, um buraco em uma parte muito isolada da propriedade. James me mostrou a saída há muito tempo.

— Seu tio sabe disso?

— Não. Guardei o segredo.

— Então, talvez haja uma forma de repararmos nossos erros. — Quil olhou para John. — Quer tentar?

— É claro que sim — John respondeu, perturbado com mais um grito de Isabella.

— Mas você disse que não podemos lutar contra aqueles três — Alec comentou.

— Então, traremos até aqui alguém que possa.

— Quem?

— A Fera Vermelha — Quil respondeu. — Vamos sair pelo tal buraco e voltaremos com ele.

— Será tarde demais para Isabella. Todos a terão violentando, então.

— Não, vou adiar a violência — Quil anunciou. — Posso atrair a atenção deles sem despertar suspeitas. Terão uma hora, no máximo. Quanto menos, melhor.

— Será o suficiente. Receio encontrar problemas quando passarmos pelas masmorras, porque há dois homens de guarda lá.

John sorriu.

— Não sou bom com a espada, mas sou ótimo para bater na cabeça do inimigo.

— Perfeito. Alec, você vai atrair a atenção dos dois guardas nas masmorras. John vai se colocar atrás deles. Não se esqueçam de amarrar bem os dois infelizes depois de acertá-los na cabeça. Em seguida, corram até o acampamento da Fera Vermelha e tragam-no aqui o mais depressa possível.

Assim que John e Alec se afastaram, Quil bateu na porta do quarto. O palavrão do outro lado foi prova de que havia interrompido Volturi.

— Vá embora — ele gritou furioso.

— É importante, senhor. Caso contrário, eu jamais o teria incomodado.

— Seja o que for, mande o idiota do meu sobrinho cuidar disso.

— Não quero desrespeitar o rapaz, senhor, mas creio que essa questão exige mais do que ele pode oferecer.

— Maldição! Malditos sejam todos os tolos — Volturi gritou, afastando-se de Isabella e vestindo a calça. — Meu bem, vai ter de esperar para conhecer o prazer que um homem de verdade pode proporcionar.

Ela não respondeu. Não se sentia capaz de falar. Thomas e Bertrand a soltaram, e ela ajeitou as roupas com mãos trêmulas, cobrindo-se rapidamente. Os três homens se dirigiram à porta, e ela se encolheu contra a parede do outro lado do quarto. Não foi surpresa para Isabella ver Quil diante da porta aberta. Jamais acreditara que ele fosse um membro do grupo de Volturi.

— Espero que o assunto seja mesmo importante como diz — Volturi disparou furioso.

— É importante, senhor.

— O que é?

— Creio ter encontrado uma fraqueza em sua defesa. E um buraco grande o bastante para permitir a passagem de uma certa Fera.

— Então, alguém está facilitando a entrada do inimigo, porque cobri todos os pontos. Tenho certeza disso.

— Foi o que pensei, senhor. Por isso vim procurá-lo imediatamente. Sabia que ia querer ver a falha pessoalmente e cuidar das punições necessárias. E sempre melhor o líder cuidar desses assuntos mais sérios.

—Tem razão. Venham comigo — Volturi disse a Thomas e Bertrand. — Tudo indica que vou precisar de ajuda. — Ele olhou para trás, para Isabella. — Não fique desapontada, meu bem. Eu volto logo para cuidar de você.

Alec viu John amarrar os dois guardas inconscientes. Estava enfrentando o tio. A constatação o aterrorizava e o enchia de alegria. Ele quase riu. Esperava que Isabella desse a ele a força necessária para se libertar do domínio do tio, e ela acabava de fazer justamente isso, porém não como havia imaginado.

— Terminei — John anunciou. — Qual é o problema? Está arrependido?

— Não, eu... Acabei de perceber que estou livre.

— O que está dizendo?

— Nada. Não se incomode comigo. Vamos em frente. Meu tio vai voltar para Isabella assim que puder. Temos de nos apressar.

Um dos presos manifestou-se.

— Vão nos deixar aqui? — ele perguntou.

Alec reconheceu o homem que acabara de falar. Era Wee Tom, um homem enorme que se agarrava à grade da cela.

— Por enquanto — ele respondeu.

— Podemos lutar contra Volturi.

— Sem espadas, Wee Tom? Não. Seja paciente. Logo estaremos de volta. — Ele se encaminhou para um pequeno cômodo à direita.

— Espere... — John agarrou as chaves e foi abrir a porta da cela. — Um de vocês. Só um — ele decidiu quando todos se aproximaram da porta.

— O que está fazendo? — perguntou Alec. — Por que vai deixar um deles sair?

Enquanto puxava para fora o enorme Wee Tom e voltava a trancar a porta, John respondeu:

— Ele pode assegurar que qualquer um que apareça por aqui fique quieto. Não precisamos de um alerta. — John entregou as chaves ao grandalhão. — Entende o que quero dizer?

— Perfeitamente. Se alguém aparecer por aqui, devo silenciá-lo.

— Isso mesmo. E se não puder calar o sujeito, solte os homens. A comoção vai nos dar o tempo de que precisamos.

— Tempo para quê? — quis saber Wee Tom.

— Para irmos buscar o Fera Vermelho — disse Alec, agarrando o braço de John e levando-o para o cômodo à direita da cela. — Ajude-me a afastar esses baús, John — ele ordenou, já se dedicando à tarefa.

Sob os baús havia uma pequena porta. Alec a abriu e rastejou pelo minúsculo túnel além dela. John o seguia. Úmido e escuro, o túnel não era alto o bastante para permitir que ficassem em pé, mas era largo para acomodar dois homens adultos. Rangendo os dentes para suportar o som e a sensação de uma multidão de pequenas criaturas, Alec ia tateando pelo túnel escuro. Foi um alívio chegar finalmente à curva que dava início à subida.

Argolas de metal incrustadas na parede de pedra serviam de sustentação e escada. John teve de se espremer ao lado de Alec para ajudá-lo com o alçapão emperrado. O sopro de ar fresco que invadiu o túnel trouxe também uma chuva de folhas secas, galhos e pedregulhos. Alec foi o primeiro a sair do túnel. John o seguiu. O interior do tronco de árvore oca era pequeno demais para os dois, por isso Alec deixou o esconderijo, permitindo que John fizesse o mesmo. Ele olhou para o campo aberto e para as muralhas de Cullen Masen. Esperava que o plano de Quil estivesse surtindo efeito.

— Depressa — John resmungou limpando as roupas. — Podemos nos proteger entre as árvores até estarmos bem perto do acampamento da Fera Vermelha. Assim, ninguém vai nos ver e pensar que somos inimigos.

Alec e John haviam percorrido uns dez metros, quando um bando de homens saltou sobre eles e os agarrou antes que pudessem lutar. O sorriso de Merlion encheu de pavor o pobre e trêmulo Alec.

— Quero falar com Edward — Alec anunciou, odiando o tom apavorado da própria voz.

— Oh, sim, você vai falar com ele — Merlion respondeu irônico. — Afinal de contas, todo homem tem o direito de manifestar seu último desejo diante daquele que o executará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário