Autora: AnnaThrzCullen
Gênero: Romance, drama
Classificação: +16 anos
Categoria: Beward
Avisos: Adaptação, Linguagem Imprópria, Nudez e Sexo
Capitulo X
— Eles voltaram! Os homens retornaram!
Isabella mal olhou para Edna quando a jovem criada invadiu seu quarto gritando a notícia. Era algo que ela já sabia. Vira a aproximação de Edward e de seus homens do alto de uma das muralhas de Royal Deeside. Não a surpreendia que o marido não houvesse mandado ninguém para anunciar sua chegada. Ele devia pensar que a breve mensagem enviada quase um mês antes era suficiente, embora não tivesse determinado nela a data de seu retorno.
Suspeitava de que a culpa fosse a principal causadora desse retorno silencioso. Edward devia pensar que ela já tinha conhecimento das razões que o levaram a lutar contra os escoceses. Ponderava preocupado a necessidade de falar com ela, de revelar toda a verdade. Qualquer que fosse a situação, ele esperava amenizá-la valendo-se da tática da surpresa. Pois seria ele o grande surpreendido.
Edna se aproximou de onde Isabella escovava os cabelos com calma aparente.
— Milady, vim informar que seu marido está de volta.
— Eu ouvi.
— Não vai recebê-lo?
— Sim, eu vou. Em breve. Mande preparar banhos para os homens. Pode providenciar o de Edward com o de Emmett, nos aposentos de Emmett. Não, espere! Rosalie estará lá. Prepare o banho de Edward aqui mesmo. Irei me preparar para o banquete de boas-vindas no aposento das damas.
— Mas logo eles estarão chegando...
— Sim, eu sei. Trate de se apressar. Precisa ajudar com os preparativos do banho de Edward e levar minhas coisas para o aposento das damas.
Isabella se dedicou à escolha do traje que usaria no banquete de boas-vindas. Os criados já corriam para a cozinha numa euforia visível e ruidosa. Não ir receber Edward no pátio ou no salão serviria para demonstrar claramente a extensão de sua fúria. Mesmo que Rosalie nada dissesse, ele acabaria adivinhando o que a causava. A grande surpresa estaria em quando e como ela o confrontaria. E esperava causar grande constrangimento.
Edward suspirou profundamente ao ver o abraço de Rosalie e Emmett. Infelizmente, ele ainda tinha os braços vazios. Isabella não estava ali. Sim, ela podia estar furiosa, mas... Ele foi invadido pelos primeiros sinais de alarme. Ela podia não estar em Royal Deeside.
— Rosalie, onde está Isabella? — O olhar nervoso e relutante da jovem não o acalmava.
— Lá dentro — ela disse.
— Ainda está aqui?
— É claro que sim.
— E não está doente?
— Não.
— E meu filho?
— Também está muito bem de saúde.
— Então... Ela está zangada comigo. Deve ter descoberto a verdade. Eu pretendia mesmo informá-la de tudo.
— Entendo. Bem, isso vai servir para acalmá-la.
A falta de convicção na voz de Rosalie quase o fez rir.
Isabella também não estava em seus aposentos, o que não o surpreendeu. Havia ali um banho quente esperando por ele. Era difícil calcular a extensão de sua ira.
Em silêncio, Thomas o ajudou a despir-se para o banho, enquanto Edward considerava a possibilidade de usar sua autoridade de marido e exigir a presença da esposa imediatamente. A idéia foi logo descartada. Ainda não sabia qual era a melhor maneira de enfrentá-la nesses momentos de ira, mas sabia que impor sua vontade não era a melhor delas.
— Você aborreceu Isabella novamente? — Thomas perguntou enquanto o pai entrava na banheira.
— Sim, receio que sim.
— Como, se foi lutar por recompensas para ela?
— Esqueci de perguntar se ela queria essas recompensas. Pode esfregar minhas costas, filho?
Thomas atendeu ao pedido e franziu a testa.
— Uma esposa não deve ficar satisfeita com tudo que faz o marido?
Não foi fácil, mas Edward engoliu o riso.
— Thomas, vou lhe dizer duas coisas sobre as mulheres. E ouça com atenção, porque é melhor não esquecer o que vai ouvir agora. O primeiro conselho, meu filho, é que nunca faça o que eu faço. Receio que seu pobre pai saiba muito pouco sobre as mulheres. Se manejasse a espada como lido com as mulheres, teria sido morto em minha primeira batalha. A segunda coisa que tenho para dizer, Thomas, é que poucos homens são verdadeiramente mestres nessas questões envolvendo as mulheres. E poucos são realmente senhores em suas casas. Francamente, eu olharia desconfiado para qualquer mulher que se comporte como se isso fosse verdade. Ou ela mente, ou é desprovida de inteligência, ou é fraca de espírito, o que fará dela uma companhia tediosa.
— Então, não se incomoda por Isabella estar zangada com você.
— Eu não disse isso. Depende de quanto ela está zangada e de como poderei acalmá-la.
Edward ainda pensava nisso quando entrou no salão. Lá também não havia nenhum sinal de Isabella. A situação começava a se tornar embaraçosa. Não precisava olhar para os que ali se reuniam para saber que o observavam discretamente, tentando entender o que acontecia. Quando se sentou à mesa, no lugar que cabia ao chefe da casa, ele ainda pensou em ir procurá-la e arrastá-la até ali. Isabella podia ficar zangada, revoltada, furiosa ou deprimida, mas não tinha o direito de ridicularizá-lo diante de seu povo. Ele já começava a se levantar para ir procurá-la, quando a viu entrar no salão. Sentiu-se grato por ainda estar sentado.
Isabella caminhou para a mesa com passos lentos e os olhos fixos no marido. Havia algo de estranho em sua postura, alguma coisa diferente... Ele se levantou para ir recebê-la, como exigia seu papel de marido e senhor do lugar, e foi então que Isabella percebeu a dificuldade com quê ele movia a perna esquerda. Edward havia sofrido um ferimento grave.
Preocupada, ela o examinou rapidamente, porém com grande atenção, e percebeu os dedos parcialmente ceifados de sua mão esquerda. Era um alívio constatar que nada de mais sério havia ocorrido, mas o alívio não fazia diminuir a raiva.
Não fora informada. Sim, sabia que ele havia sido ferido na batalha, mas nunca fora informada da gravidade desses ferimentos. Agora descobria que sua preocupação era justificada, afinal.
— Então... Conseguiu tudo que queria por ter ido enfrentar os malditos escoceses encrenqueiros? — ela disparou.
— Sim. Agora sou um barão, lorde de Royal Deeside.
— De fato? E a terra?
— Sim, sou dono de uma pequena propriedade a três dias daqui, para o Sul.
— Que ótimo. Não vai precisar ir muito longe para bancar o grande senhor de terras.
— Isabella, fiz isso por você.
— Por mim? Eu nunca pedi essas coisas. Não sugeri que fosse para a fronteira ao norte e se oferecesse para ser todo cortado como um carneiro de sacrifício.
— Não, realmente não me pediu nada disso. Eu fui porque quis. Porque essa foi minha escolha. Porque sei que uma mulher de sua origem elevada não devia se casar com um cavaleiro destituído. Então, fui lutar para ser agraciado por um título.
— Ah, sim. Você foi, lutou e conquistou seu precioso título. E agora? O que vai acontecer quando decidir que o recebeu não é suficiente? Deu parte dos dedos e dos movimentos para tornar-se barão. O que vai dar para ser um... conde? O braço? Sim, talvez meta na cabeça que pode conquistar uma extensa coleção de títulos, como muitos homens já fizeram e ainda fazem. E eu terei de carregá-lo por aí num desses carrinhos com rodas, mas poderei exibir seus pedaços e anunciar orgulhosa que sou casada com o lorde disso, o barão daquilo e o conde não-sei-de-quê. Haverá um conforto para mim, afinal.
Isabella estava zangada. Muito zangada. Edward não se surpreendia por ser o alvo dos olhares chocados de seus homens. Também estaria boquiaberto, não fosse o receio de expor-se a um constrangimento ainda maior. Queria acalmá-la, contê-la, mas não sabia como isso era possível. Não sabia nem determinar qual era a verdadeira extensão da raiva de Isabella.
Ela se sentia dilacerada. Rasgada ao meio. Queria chorar sobre os ferimentos do marido e gritar por ele ter castigado um corpo tão belo por recompensas tolas e inúteis. Queria ofendê-lo por ter sido tão estúpido, mas também queria correr para longe dali, fugir, ir refugiar-se em algum lugar onde pudesse examinar e compreender seus sentimentos atormentados.
— Por que faz essas coisas comigo? — ela indagou em voz baixa. — O que foi que eu fiz para convencê-lo de que me importo com coisas tão banais? Títulos, terras... Por que acha que dou mais valor a bens materiais do que a sua vida? Tudo que fiz e disse deveria ter provado o contrário, mas você está cego para qualquer coisa que contrarie essa sua eterna autodepreciação. Não me interessa se você é um barão ou um ferreiro. Não me interessa se é dono da melhor propriedade da Inglaterra ou se mora em uma caverna. É você que eu quero. Não estou procurando riquezas, conforto ou luxo.
Edward estava boquiaberto. E perceber que muitos ali também reagiam espantados diante da confissão emocionada o fez compreender que a conversa estava se tornando pessoal demais para ser conduzida em local público. Sentia-se muito constrangido.
— É muito bom saber disso, Isabella.
— Muito bom? — Era incrível como ele podia receber palavras tão tocantes e sinceras com aquela atitude distante, desinteressada. — Muito bom... Acho que vou conversar com a lua. Ela me entenderá melhor. Devo estar perdendo a razão para tentar... Sim, eu perdi o juízo. Só isso pode explicar meu amor por um homem tão estúpido. O mais estúpido da Inglaterra!
Silêncio.
Isabella se virou e saiu do salão. Estava confusa, abalada, à beira das lágrimas. A última coisa que queria era começar a chorar diante de Edward e de todos os outros. Precisava se refugiar em seus aposentos, onde poderia chorar, gritar e quebrar algumas coisas para tentar se acalmar.
Edward continuava parado no mesmo lugar, ainda boquiaberto. Vozes abafadas o arrancaram do estado de choque. Todos discutiam o que tinham acabado de presenciar. Sua adorável esposa confessara amá-lo diante de todos os habitantes de Royal Deeside! Ele, o grande e vermelho Edward Cullen, conhecido por todos como Fera Vermelha, conquistara o coração da rica e nobre beldade. Era impossível não se sentir orgulhoso.
— E então, o que vai fazer? — Emmett perguntou a seu lado.
— Eu? O que vou fazer?
Rosalie piscou para superar o espanto.
— Não vai atrás dela?
Edward balançou a cabeça e olhou para a mesa.
— Não posso comer primeiro?
— Edward! — Rosalie reagiu furiosa.
— Bem, acho que devo ir censurá-la por ter chamado o marido de estúpido de maneira tão desrespeitosa. E diante de tantas pessoas!
— Ah, sim, isso é importante — concordou Emmett. — Se não se apressar, alguns homens podem começar a pensar que ela tem razão.
Como Rosalie parecia muito perto de partir para a agressão física, Edward se retirou apressado.
Quando abriu a porta do quarto, ele a ouviu chorar. O som desesperado partiu seu coração e quase o fez chorar também. Fechou a porta e mancou até perto da cama, onde ela estava deitada de bruços com o rosto enterrado no travesseiro. Sentando-se na beirada, ele segurou a mão dela e pôs entre os dedos tensos um lenço que retirou do bolso. Queria tomá-la nos braços, mas depois de tantos meses de privação, temia não ser capaz de oferecer apenas consolo.
— Isabella... — Ele afagou seus cabelos. — Por favor, não chore mais. Não suporto... Melhor gritar comigo ou me tratar com indiferença, como já fez antes. A dor é menor do que a que me causa com essas lágrimas.
Ela se virou para encará-lo, secando o rosto com o lenço.
Edward ainda acariciava seus cabelos.
— Isabella, eu disse que fui atrás das recompensas para você, mas fui porque eu queria tudo isso. Queria aquelas coisas para você. Não disse a verdade antes porque sabia que tentaria me impedir de ir.
— Eu certamente teria tentado. E se não tentei foi por pensar que a questão envolvia honra e lealdade.
— Foi orgulho. Pouco mais que isso. Queria conquistar tudo que tive de devolver a James. Eu, meu coração, eu sabia que você não se importava com bens materiais, mas eu me importava. Não queria viver pensando que você perdeu tudo para continuar casada comigo. Isso era mais importante do que eu queria admitir, mas só enfrentei essa dura realidade quando fui forçado a permanecer na cama me curando dos ferimentos.
— Dos quais nem chegou a falar comigo. Devia ter mandado me buscar.
— Não, minha querida. A viagem até a fronteira ao norte é longa e perigosa. Aquela região é muito perigosa. Havia na cidade uma velha muito habilidosa que cuidou de mim. Emmett também esteve o tempo todo comigo. Ele e eu cuidamos dos ferimentos um do outro há anos. Temos algum conhecimento.
— Qual é a real extensão de seus ferimentos, Edward? Podia ter morrido, e eu só saberia quando fosse tarde demais?
— Oh, não, não foi tão sério!
— Não minta para mim.
— Primeiro me chama de estúpido, agora de mentiroso... — Ele se inclinou para beijá-la nos lábios. — Ah, Isabella, como senti sua falta!
Ela suspirou, sentindo todo o seu ser responder ao desejo na voz dele.
— Eu sei — disse. Consolava aquela parte dela que pensava estar cedendo depressa demais com uma justificativa plausível. Edward havia explicado bem seus motivos para ter ido lutar contra os escoceses.
Tomada pela necessidade, embora ele ainda nem a houvesse tocado, Isabella sentou-se e sorriu.
— De quanto tempo precisa para despir-se, marido?
— Estarei pronto quando você estiver — ele respondeu, rindo.
Cerca de uma hora mais tarde, quando se levantou dos braços de Edward para puxar a coberta sobre seus corpos nus e saciados, Isabella notou a enorme cicatriz em sua perna e não conseguiu conter uma exclamação aterrorizada.
— É horrível, não?
— Bem, não é bonita, mas o que me espanta é que... Céus, ele poderia ter cortado sua perna no joelho!
— Não. Foi um corte profundo, reconheço, mas não o bastante para me fazer perder a perna, a menos que fosse por conseqüência de uma infecção. Felizmente, esse risco está superado. Tive febre por um tempo, mas ela cedeu, graças às ervas utilizadas pela velha que cuidou dos meus ferimentos. Só demorei a voltar porque sou teimoso. Quis me recuperar completamente sem sua ajuda, sem preocupá-la.
— Agora está recuperado.
— Não inteiramente. Não como gostaria. Estou mancando, Isabella.
— Sim, mas isso pode melhorar com o tempo. E eu me sinto culpada por não ter estado a seu lado para cuidar de sua saúde.
— Não, Isabella. Só teria se atormentado e adoecido de preocupação. Agora que sei o quanto se preocupa comigo...
— Acredita em mim, então?
— Sim. Não deveria acreditar?
— Na verdade, não esperava conquistar sua confiança. O que o fez mudar de idéia? Quero dizer, por que acredita em mim agora? Por favor, eu preciso saber. Devo ter feito algo certo para convencê-lo de meus sentimentos com uma única declaração, depois de todo o empenho infrutífero dos últimos meses.
— Você gritou comigo.
— Eu não gritei!
Mas ela sabia que havia se descontrolado.
— Estava furiosa. As palavras foram saindo de sua boca sem que pudesse elaborá-las, pensar muito no que ia dizer. Uma confissão feita dessa maneira, sem nenhum estímulo, soa mais verdadeira. E sei que não é o tipo de mulher capaz de mentir sobre o que sente. Não disse essas palavras antes por medo de que eu duvidasse delas?
— Confesse que não teria acreditado em uma declaração.
— Não. — Ele riu. — Talvez não.
— Eu sabia. Já havia tentado de tudo sem sucesso.
— Não tinha confiança em mim, Isabella. Por isso não podia confiar em ninguém. Temia cometer um erro de julgamento, ouvir apenas o que me interessava... Aceitei apenas o que não podia ser questionado, o que eu não tinha de considerar. Como a paixão que existe entre nós. Era tão evidente, que eu jamais poderia duvidar dela.
— Eu entendo. Você aprendeu a desconfiar.
— Sim, e fui injusto com você por conta dessa desconfiança generalizada.
— Talvez. Mas demonstrou sabedoria, porque não ignorou uma lição que aprendeu com grande sofrimento.
— Sim... Uma lição que agora posso deixar para trás, no passado. Graças a você, minha doce Isabella.
— A mim? Não. Sou só uma mulher!
— E mesmo assim poderia ter me ferido mais profundamente que a espada de um guerreiro sanguinário.
— Então... você me ama? — Ela arriscou hesitante, mas cheia de esperança.
— É claro que a amo! — Ele a apertou entre os braços quando a esposa se atirou sobre seu peito. — Isabella, por favor, não chore!
— Não estou chorando — ela mentiu, abraçando-o com todo o corpo. — É que... Finalmente alcancei seu coração. Sentia-me derrotada porque não conseguia imaginar uma maneira de tocá-lo profundamente, de abrir caminho até sua alma.
— Você encontrou esse caminho há muito tempo, minha querida.
— Oh, Edward, eu o amo como nunca pensei que pudesse amar alguém!
— E eu amo você, minha doce Isabella.
Mesmo que Edward não a estivesse beijando, Isabella não poderia falar, tal a intensidade da emoção que experimentava. Esse único momento a compensava por todos os instantes de dúvida, medo e decepção que sofrera ao longo do caminho. Encolhida em seus braços, com a cabeça descansando sobre o peito largo e forte, ela ouvia as batidas firmes do coração do valente guerreiro e sabia que encontrara seu lugar no mundo, na vida.
— Quando teve certeza? — ela perguntou.
— No instante em que a vi pela primeira vez.
— Não, Edward. Quando teve certeza do seu amor por mim?
— Acho que... Sim, foi quando Aro a fez refém. Enlouqueci de medo e dor. Não conseguia fazer nem o que sempre fiz bem, lutar contra o inimigo. Nunca senti um pavor tão grande. Sabia que sua presença era vital para a minha felicidade antes disso, mas me negava a entender por quê. Depois disso, restava-me apenas dizer como e quando declarar meu amor por você. Quando você me deu Anthony... A propósito, onde ele está?
— Com as mulheres no aposento das damas. Você o verá em breve, Esse momento é só nosso, Edward. Anthony tem todo o meu tempo.
— Eu sei. E já que esse momento é só nosso, diga-me...
— O quê?
— Quando você soube?
— Desde o início tive certeza de que nosso casamento era o certo.
— Certo?
— Sim, certo. Quando você foi apresentado como o Cullen com quem eu deveria me casar. Experimentei um sentimento de adequação, como se cumprisse meu destino...
— E não sentiu isso com James ou Alec?
— Não! Aceitei James com resignação, porque ele era belo e simpático, mas Alec... Pobre Alec! Eu só queria dominá-lo, como todos pareciam fazer. Com você foi diferente. E eu tive certeza do meu amor quando você foi ferido em nossa jornada para cá. Desde então, passei todos os momentos do dia e da noite tentando encontrar um jeito de fazê-lo acreditar em minha sinceridade, em minha intenção de ser sua esposa para sempre e fazer de você um homem feliz.
— Eu sou um homem feliz. Graças a você.
— Quer dizer que não vai mais lutar?
— Não preciso mais do estímulo da batalha para sentir-me vivo. Você me devolveu a vida, Isabella. Quando enfrentei os escoceses, descobri que não sinto mais prazer no confronto. Acabou. Eu só queria voltar para Royal Deeside, para você e para Anthony. E queria trazer Thomas para um local seguro, também.
— Então, ser um homem de título e propriedade acalmou a Fera Vermelha!
— Não. A Fera Vermelha foi domado por um pequenino anjo de grandes olhos verdes. A Fera Vermelha não existe mais.
— Não quero que ela desapareça. E também não quero que ela seja domesticado... demais.
— Ah, não? E onde pretende perpetuar a existência da Fera Vermelha?
— Aqui. Em nossa cama. Ao meu lado, amando-me com paixão.
— Acho que posso trazê-lo sempre que quiser convocá-lo. Nem mesmo uma Fera pode se cansar de amar e ser amado por um anjo lindo e delicado.
— Mesmo que seja para sempre? Porque é essa minha única condição.
— Para sempre, meu coração, ainda não será suficiente.
Fim
Linda historia parabens
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