Capítulo 20 – Banho Frio
Os raios de sol brilhavam sobre Harthaven quando
berros furiosos despertaram Edward, imediatamente compreendeu que seu filho
estava fazendo suas próprias reclamações; levantou–se e foi lavar–se para
apagar o horrível sabor do álcool da noite, depois abriu a porta do quarto das
crianças e encontrou Hatti inclinada sobre o pequeno. Estalava a língua, emitia
barulhos e falava em um tom tranquilizador, mas ele continuava reclamando.
– Vamos lhe dar de comer em um minuto, pequeno Cullen – assegurou a criada.
– Não é o fim do mundo.
Com um sentimento de orgulho paternal, Edward se aproximou do berço com
as mãos nas costas, para ver como Hatti trocava a roupa molhada. O bebê, com as
pernas para cima, continuava chorando, com a cara avermelhada.
– Vá, está realmente furioso – comentou Hatti. – Quer algo para comer e
pretende que todo mundo se inteire disso
Uma vez seco, o pequeno Cullen se acalmou um pouco, cada vez que roçava
a bochecha com o punho, abria a boca como um passarinho balbuciando contrariado.
Hatti riu dele.
– Veja Senhorzinho, está tentando pedir algo para comer.
Edward olhou o bebê que balbuciava contrariado e sorriu
– Certamente é um pequenino muito impaciente – disse Hatti, agarrando–o
e encostando–o em seu amplo peito. – Mas sua mamãe está acordada e vamos levar
você para ela agora mesmo.
Edward seguiu à criada até o dormitório, passando os dedos por sua
cabeça despenteada, viu Bella recostada na cama, penteada e asseada, com um
vestido limpo com babados, irresistivelmente formosa. Quando ela o viu
aparecer, indicou a Mary para que se afastasse, devolvendo–lhe o espelho, e o
olhou com um sorriso radiante e os braços abertos, desejosa de abraçar seu
filho, Edward observou que ao desabotoar a camisola e afastá–la corava nervosa
diante da nova tarefa materna, entretanto, a jovem ajudou a seu pequeno com
ternura dirigindo–o em sua ansiosa busca, o mamilo roçou a bochecha do recém–nascido,
que se aferrou a ele com a ferocidade de um animal faminto, sobressaltando à
dolorida mãe. Edward esboçou um sorriso e Hatti se pôs a rir ao ver o modo que
o bebê sugava.
– Deus santo! – exclamou a criada. – O pequeno amo está morto de fome.
A diminuta boca produziu no corpo de Bella uma estranha sensação de
prazer enquanto o contemplava com amor, a pequena cabeça estava coberta por um
cabelo suave e negro e as magníficas sobrancelhas tinham a mesma forma que as
de seu progenitor. Bella pensou com orgulho maternal que era o bebê mais bonito
do mundo.
– É lindo, não é verdade Edward? – murmurou olhando a seu marido com
ternura. Hatti empurrou Mary para que saísse da habitação, e os deixaram a sós.
– Sim, ele é – admitiu Edward. Aproximou–se e colocou um dos dedos no
pequeno punho do filho, que se apertava com força contra o peito de sua mãe. O
bebê o pegou imediatamente, agarrando–o com força, Edward sorriu, deleitado.
Devolveu o olhar a esposa, perdendo–se, não estava consciente de seus
atos ao inclinar–se sobre ela fascinado por seus olhos, deslizando a outra mão
pela nuca, beijando–a apaixonadamente. Sentiu como Bella afrouxava os lábios e
os separava começando a tremer, pôde saborear a resposta cálida e doce da jovem
e notar seu coração palpitar fortemente.
Bella tentou respirar sob o beijo do marido, sentindo suas carícias.
Quase a ponto de desmaiar, soltou–se com uma gargalhada.
– Faz com que me esqueça do bebê – sussurrou enquanto lhe beijava o
pescoço e tentava segurar seu rosto. – Como vamos chamá–lo?
Edward se afastou e a olhou durante alguns segundos.
– Se não tiver nenhuma objeção, eu gostaria de chamá–lo como um velho
amigo meu, Jasper, que trouxe você de volta pra mim.
– Se esquece, milorde – respondeu com um sorriso –, de que na realidade
o Lorde Hale era mais meu amigo que seu.
Bella pronunciou o nome e assentiu.
– É bonito, eu gosto. Jasper Anthony Cullen será seu nome.
Edward soltou a mãozinha de seu filho e abriu a gaveta da cômoda para
tirar uma caixa alongada, ofereceu–a a Bella levantando a tampa.
– Como agradecimento por me haver dado um filho, por me fazer um homem
muito feliz.
Ela ficou maravilhada ao ver o colar de pérolas com broche de rubis e
ouro.
– Oh, Edward, é lindo – murmurou.
Edward contemplou seu pescoço e busto.
– Pensei que as pérolas realçariam a beleza da sua pele melhor que os
diamantes – comentou com voz rouca.
Bella podia sentir como o olhar do marido a acariciava, uma sensação de
prazer percorreu seu corpo acelerando de novo os batimentos cardíacos.
De repente Edward desviou o olhar.
– Vou me vestir – disse com voz rouca levantando–se da cama. – Imagino
que Abegail estará ansiosa por ver o bebê.
Escolheu a roupa do armário e antes de vestir–se, voltou–se para
contemplar sua mulher.
Pouco depois, Abegail e Emm entraram no dormitório para ver o bebê, que
nesse momento dormia em um berço junto a mãe, a anciã colocou os óculos e
estudou o recém–nascido, depois olhou para Edward e disse com um sorriso:
– Bom, já vejo que haverá outra geração de mocinhas assediadas por um
Cullen, mas espero que tenham suficientes para contentar a todas essas saias
com babados, não vão gostar nada que haja só um.
Emm sorriu tranqüilamente.
– Terão pelo menos uma dúzia, mas duvido que todos sejam varões –
afirmou.
Abegail observou
Edward com alegria.
– Bom, agora se fará justiça quando um de vocês dois tenha que defender
a honra de uma dama. – Riu com a brincadeira. – Seu sangue subiria à cabeça se
tivesse que forçar um jovem solteiro a desposar sua filha.
Bella lançou uma rápida olhada ao marido e se surpreendeu ao ver pela
primeira vez um rubor em seu semblante, Emm sorriu ante o desassossego do
irmão, mas a senhora Clark, encantada com o bebê, não percebeu a troca de
olhares e de como tinha estado perto de descobrir tudo.
– Você trouxe para o mundo um menino magnífico, querida – comentou a
senhora ao Bella. – Deve estar muito orgulhosa.
Bella esboçou um sorriso para a mulher e olhou com ternura a seu marido.
– Obrigada, senhora Clark. Estou sim.
Uma vez tendo nascido o menino, Edward dedicou toda sua energia a pôr em
funcionamento a madeireira, Bella permaneceu no dormitório com a idéia de que
ficaria nele, Edward percebeu que seu pente e escova estavam sobre a
penteadeira, e mais tarde seus pós e perfumes, cada vez havia mais roupa
pendurada junto à sua no armário e na cômoda a lingerie se mesclava com seus
lenços de pescoço e meias. Muitas vezes tinha tirado um lenço delicado pensando
que era seu.
Por deferência à delicada saúde da esposa, Edward ocupou o que ele
confiasse que fosse uma residência temporária, na sala de estar, não sem lançar
ocasionais olhares de nostalgia a enorme cama, pois a sala não era feita para
uma pessoa tão corpulenta como ele. Cada vez que batia a cabeça ou ficavam fora
os pés amaldiçoava energicamente, mas não encontrava o momento de reclamar cortesmente
seus direitos e ocupar seu lugar no leito junto a ela. Ao ver que ainda se
movia com dificuldade pela casa, compreendeu que ainda passaria certo tempo
antes de poder aliviar suas necessidades mais básicas, mas como tampouco o
convidava a compartilhá–la com ele, resignado, tratou de desfrutar da escassa
comodidade de que dispunha.
Embora passasse a maior parte do tempo na madeireira, seus momentos
livres compartilhava com sua mulher e filho. Levantava–se muito cedo e se
reunia com Bella enquanto esta atendia ao bebê, banhando–o ou alimentando–o.
Desfrutava disso antes de iniciar a jornada, como parte da rotina diária e
durante esses momentos de tranquilidade ao lado do filho, ambos começaram a
desenvolver um laço novo.
Chegou o verão, e depois das chuvas os dias se tornaram cada vez mais
quentes. O algodão já tinha sido plantado e o trabalho da primavera tinha sido
concluído, agora o moinho funcionava quase no máximo rendimento e o armazém de
madeira estava começando a encher–se.
Os dias eram longos e quentes, os fazendeiros iniciaram a agitação da
vida social do verão, a primeira festa iam celebrar em Harthaven no fim de
semana seguinte, pelo que a atenção de Bella se concentrou nos preparativos do
feliz acontecimento, enviaram convites, compraram champanhe e planejaram o
menu. Falou com o Hatti sobre os novos uniformes do pessoal e sobre a aparência
geral da mansão, ao mesmo tempo que os jardineiros se esforçavam em arrumar os
pátios segundo suas indicações.
Enquanto Bella estava atarefada planejando a festa e atendendo ao Jass,
Edward era cada vez mais desnecessário na madeireira, agora poderia passar mais
tempo com sua esposa e filho, pôs em marcha uma estratégia para conseguir
ocupar um lugar junto a ela na grande cama. Escolheu o dia com premeditação
para suborná–la, naquela semana tinha comprado uma magnífica égua alazã com
manchas brancas nas patas dianteiras e na testa, era uma égua enérgica, mas
doce, que achou que sua mulher poderia montar com facilidade. Colocou a cela de
amazona escarranchada sobre o animal com um sorriso travesso no semblante, e
acariciou a pele em que sua esposa se sentaria pensando no que este presente
poderia lhe trazer. Seria muito amável com ela enquanto a ensinava a guiar a
égua, e possivelmente poderia ganhar um beijo ou dois.
Levou Leopold e à égua até a frente da casa sorrindo ante tais
pensamentos, amarrou–os a um poste e subiu as escadas do alpendre. Bella estava
no salão costurando com supremo cuidado uma de suas camisas, Edward se apoiou
contra o marco da porta contemplando–a durante um longo momento enquanto ela
continuava com seu trabalho sem perceber a presença do marido, seu filho dormia
placidamente em um berço de vime junto a ela depois de ter sido alimentado, de
maneira que estavam sozinhos. Sorriu ao ver que sua esposa enrugava a testa
diante de um ponto difícil.
– Não enrugue a testa, meu amor – brincou Edward – Ou vai parecer com a
uva passa da senhora Scott.
Bella pulou ao ouvir a primeira palavra.
– Edward, deu–me um susto de morte! – exclamou a jovem.
O homem sorriu maliciosamente.
– E agora? – perguntou docemente. – Sinto muito, querida. Não era minha
intenção.
Bella se pôs a rir afastando a costura enquanto ele se aproximava mais
atraente que nunca, o sol tinha escurecido sua pele e seus olhos verdes
brilhavam intensamente, seu aspecto era muito másculo, embelezado com a roupa
de montar, e o coração da moça se acelerou.
Edward parou diante dela e tomando–a pela mão levantou–a sentindo a
fragrância suave e doce de seu perfume, conduziu–a até o vestíbulo onde ordenou
a George que fosse procurar Mary para que cuidasse do bebê. Depois se voltou
para a esposa que o contemplava perplexa.
– Aonde vai me levar? – quis saber Bella.
Edward, sorridente, pôs a mão nas costas da jovem animando–a a segui–lo.
– Lá fora – respondeu evasivo.
Bella saiu ao alpendre e deu uma olhada a seu redor descobrindo os dois
cavalos presos ao poste esperando seus cavaleiros, o menor com uma cadeira de
amazona. Levantou a cabeça lançando um olhar inquisitivo a seu marido.
–Você não gostou? – perguntou Edward sorrindo. – Nunca perguntei se você
gostava de cavalos ou se sabia montar, mas será um prazer te ensinar se... sua
saúde permitir isso.
Bella se pôs a rir alegremente descendo as escadas depressa em direção à
égua.
– Encontro–me estupendamente bem – afirmou a jovem por cima do ombro.
O sorriso de Edward aumentou e correu atrás dela, entusiasmada com a
linda égua, Bella acariciou o focinho sedoso e penteou a crina sem poder conter
a excitação.
– Oh, Edward, é linda – afirmou. – Como se chama?
– Bela Dama – respondeu.
– Oh, é perfeito. Com efeito, é uma bela dama. – voltou–se e sorriu. –
Ajuda–me a montar?
Edward ficou olhando o vestido de verão curto e fino que usava sua
esposa.
– Não acha que seria melhor se você se trocasse, querida? – inquiriu. –
Esse vestido não é o mais...
– Não – interrompeu–o fazendo beicinho. – Quero montá–la agora e se vou
me trocar demorarei muito. – Sorriu adulando–o enquanto percorria com o dedo os
botões do colete de Edward. – Por favor, Edward. Por favor.
O homem pôs–se a rir ante sua coqueteria sem poder negar–lhe, inclinou–se
e apertou as mãos em espera de seu pé delicado, depois a elevou. Após ter se
ajeitado na cela de montar, a jovem se agachou para certificar–se de que tinha
colocado firmemente os pés nos estribos. O decote pronunciado que usava
afrouxou revelando cada detalhe dos seios bem arredondados, Edward ficou gelado
com as rédeas na mão e os olhos cravados em sua anatomia. Engoliu em seco e
escapou dele uma espécie de grunhido, Bella o olhou sorridente e o coração de
seu marido começou a pulsar descompassadamente. Quando ela finalmente se
endireitou, Edward ficou desconcertado com a mão no ar segurando as rédeas.
Bella pegou–as habilmente, diante da surpresa do marido, girou à égua e
se afastou dele galopando, em direção aos prados, Edward montou Leopold de um
salto e saiu à carreira atrás dela com grande estrondo. A perseguição fez com
que Bella tirasse a égua do caminho com grande despreocupação e entrassem no
bosque esquivando–se das árvores. Os enormes cascos de Leopold levantavam
nuvens de pó tentando seguir o caminho sinuoso, mas teve que ficar a passo,
para grande consternação de Edward de modo que a égua manteve a liderança até
que chegaram a campo aberto. Ali o corcel negro pôde estirar seus potentes
músculos e alcançá–la, rapidamente ultrapassou a Bela Dama e Isabella e segurou
seus arreios. Esperou que Edward se colocasse junto a ela, e ao ver sua cara de
preocupação pôs–se a rir.
– Enganou–me – comentou Edward, e soltou uma gargalhada ao compreender o
jogo. – Mas sua destreza é só superada por sua falta de bom senso.
– Já! – exclamou ela. – Se estivesse caçando com matilha e eu tivesse
entrado mais no arvoredo, ainda seguiria ofegando atrás de mim.
Pôs–se a rir e animou à égua a correr ao meio galope pelo prado.
Leopold, açulado pelo aroma da fêmea, levantou as patas dianteiras e ficou ao
seu lado, o passeio continuou até que chegaram a uma colina açoitada pelo vento
coberta de grama, onde Bella se deteve para deixar que Bela Dama descansasse e
desfrutasse da brisa.
Edward acabou de amarrar as rédeas do Leopold a um arbusto e, antes de
ajudar Bella descer, lançou ao animal um olhar cheio de fúria, depois agarrou a
jovem com suavidade por debaixo do busto, enquanto ela ria feliz encantada com
o presente e o passeio. Na descida, Bella roçou sua coxa com a de Edward
pegando ambos despreparados, a moça se afastou imediatamente sufocada pelo
contato e Edward, atrás dela, apoiou a mão sobre a égua com os olhos fechados,
tentando controlar o desejo ardente que sentia por sua esposa e que o fazia
estremecer.
O inesperado roçar fê–lo perfeitamente consciente da abstinência que
tinha mantido desde a primeira vez que tinha acariciado seu corpo sedoso e doce
meses atrás, a necessidade o traía e aumentava contra sua vontade. Estava
faminto dela, de tomá–la entre seus braços e deitá–la sobre a grama suave.
Imaginou–se despindo–a, arrancando a roupa, mas de repente pensou no impacto que
causaria a jovem, amaldiçoou a falta de intimidade que padeciam, ao lembrar das
interrupções que tinham sofrido cada vez que ele tinha estado a ponto de ganhar
terreno, mas não planejava unicamente desfrutar de uma queda na grama, mas sim
de uma vida cheia de momentos prazenteiros. Devia pensar primeiro em seu
objetivo, em cortejá–la com galanteria, e não em satisfazer seus desejos
momentâneos.
Lutou para manter o controle, conseguindo–o com grande esforço, e
contemplou atrás dela as colinas frondosas cobertas de bruma, rodeou–a com os
braços, estreitando–os ao redor da cintura, e lhe roçou o cabelo com os lábios
gozando de sua fragrância deliciosa. Enquanto desfrutavam desta nova união tão
próxima, Bella voltou a cabeça olhando–o com seus intensos olhos chocolate e os
lábios úmidos e abertos, Edward não necessitou de mais nada para entender que
podia saborear sua suavidade e doçura, inclinou a cabeça para beijá–la
apaixonadamente, e como por arte de magia ela se voltou apertando–se contra ele
e deslizando as mãos ao redor de sua cintura.
Edward a estreitou mais forte até e ambos desejaram que o momento
durasse eternamente, os beijos de Edward acenderam o desejo de Bella e a
deixaram frágil e maleável. Sentiu as coxas do marido apertadas contra as suas
e entendeu que sua paixão igualava a dela, a jovem abriu a boca para
corresponder ao ardor crescente do homem e se acomodou contra seu corpo.
O vento mudou de repente, agitando a grama sob seus pés, e as primeiras
gotas de uma tormenta de verão caíram sobre suas cabeças. Separaram–se para
olhar o céu; Edward sentiu tal frustração que desejou levantar o punho ao céu,
agora negro, para amaldiçoá–lo, mas Bella já estava correndo para os cavalos.
Seguiu–a e a ajudou a montar sobre Bela Dama, depois subiu em seu garanhão, o
temporal desatou violentamente e quando conseguiram chegar ao abrigo de
Harthaven estavam molhados até os ossos, com as roupas grudadas no corpo.
Atravessaram a grama
do bosque de pinheiros até o alpendre, Leopold muito antes que Bela Dama, sob o
aguaceiro Edward tirou Bella da cadeira de montar e a conduziu até o alpendre,
depois retornou para prender os cavalos. Enquanto o fazia, a jovem viu que seu
vestido era tão somente uma capa transparente que deixava entrever as curvas de
seu corpo. Com o frio e a chuva, seus mamilos rosados se arrepiaram e o sutiã
apenas os ocultava. Tratou de separar a malha de sua pele, pois não desejava
encontrar–se com Emm ou George nessas condições. Edward subiu as escadas
correndo, resguardando–se do temporal e, ao vê–la, compreendeu seu apuro. Tirou
seu casaco e a envolveu com ele, depois abraçou–a e sussurrou–lhe no ouvido:
– Hoje eu não gostaria de ter que brigar por você.
Bella riu e entraram juntos na casa, seu alvoroço se interrompeu ao
encontrar–se frente a uma Hatti contrariada. Com as mãos na cintura, sacudiu a
cabeça e apertou a boca olhando seu amo.
– Senhorzinho Ed, às vezes juraria que perdeu o juízo – grunhiu. – Por
que levou a senhorita para montar a cavalo com esta chuva se acabou de dar à
luz? Deus santo vai morrer de uma pneumonia. Agora senhorita Bella, suba e tire
essa roupa encharcada.
A criada pegou sua jovem ama pelo cotovelo e a arrastou escada acima sem
que Edward pudesse impedi–la, ele se pôs a rir diante da cena e Hatti se voltou
no patamar para ameaçá–lo com o dedo.
– Continue rindo e um dia destes o Senhorzinho Jass ficará sem mamãe –
espetou. Voltou–se e se dirigiu ao dormitório a grandes passadas, arrastando
uma perplexa Bella, que olhou seu marido por cima do ombro e lhe enviou um
beijo antes de desaparecer.
Edward permaneceu olhando para cima meditando sobre o último gesto da
esposa, sorriu para si bastante satisfeito com a forma como tinha transcorrido
o dia. Tirou as botas e subiu as escadas correndo em meias três – quartos até a
sala de estar, onde encontrou roupa seca e toalhas sobre a cama. Despiu–se e
quando estava se secando, ouviu um chapinhar no quarto contíguo, uma porta que
se fechava e Hatti descendo pelas escadas.
Aproximou–se
silenciosamente da porta que separava os aposentos e a abriu, Bella estava na
banheira de costas para ele, apertando a esponja com a mão, deixando cair a
água por seus braços e seios túrgidos enquanto cantarolava uma canção familiar.
Negro é o cabelo de minha amada,
De uma beleza que fascina.
De suaves mãos e tenro olhar,
Amo o chão sobre o que caminha.
Edward contemplou como ensaboava a pele sedosa, como levantava uma perna
esbelta, depois a outra enquanto escutava sua voz alegre e melodiosa, depois de
alguns minutos começou a notar a tensão em seu corpo, e fechou a porta com
cuidado. Apoiou–se nela e esfregou as mãos mentalmente, imensamente feliz pelo
êxito inesperado de seus planos.
Recordava com clareza os sorrisos sensuais, a exibição atrevida de seus
seios, os beijos fogosos e, pouco antes da chuva, o modo provocador como se
abraçaram.
Tem que ser amor e desejo o que vi em seus olhos e notei em seu corpo
esta tarde, pensou. Só é preciso animá–la um pouco, estou quase certo, para que
esta noite caia em meus braços, riu para si. Faremos tremer a velha cama com
nossos jogos como nunca o fizemos antes. Oh, esta noite... esta noite a
possuirei de novo e voltarei a renascer entre suas coxas luxuriosas.
Com renovadas energias se vestiu cantarolando fragmentos da canção que a
tinha escutado cantar, saiu do quarto com passo leve e se ocupou de tarefas
simples até a hora do jantar.
Bella despertou ao entardecer, recomposta após a sesta e por um instante
permaneceu em silêncio escutando os sons da casa, ao pensar na tarde, pôde
sentir os braços de Edward rodeando–a, seus quentes lábios beijando–a e seus
corpos unidos, o pulso se acelerou e soube que faltava muito pouco para que
compartilhassem o enorme leito.
Ao deitar–se, quase gritou de dor, pois todos seus músculos estavam
duros e terrivelmente doloridos, não pensara que a cavalgada a afetaria tanto e
agora mal podia mover–se. Aproximou–se da beira da cama com cuidado, levantou–se
e esfregou os glúteos, ao ver que tinha acordado, Mary trouxe Jass. Uma vez,
adormecido o bebê de novo no berço, a garota aplicou um bálsamo sobre os
músculos castigados e o traseiro maltratado de sua ama. Depois a ajudou a
arrumar–se para o jantar, selecionando um vestido branco, Bella colocou o colar
de pérolas que tinha recebido do marido, que agora usava freqüentemente, e
arrumou o cabelo com fitas vermelhas que caíam sobre os encantadores cachos.
Apesar do estado físico, estava radiante e tentadora com o colar deslizando
entre os seios, que sobressaíam generosos por cima do decote.
A jovem conseguiu descer as escadas, devagar e com cuidado, e chegar até
o salão, Emm se deteve na metade da frase ao vê–la entrar com passo vacilante,
e Edward se voltou rapidamente para saudá–la com um sorriso, mas seu alegre
semblante se escureceu ao ver que a esposa permanecia indecisa ante ele e
murmurava uma desculpa.
– Receio que esta tarde me excedi, Edward – comentou Bella.
Ele se pôs a rir expressando suas sinceras condolências sem perceber da
importância da afirmação, a medida que transcorria a noite, sua decepção foi
aumentando ao ver os movimentos lentos e as caretas de dor da esposa. Esta se
sentou em uma cadeira e se mexeu incomodada até que Hatti trouxe um almofadão,
depois de ter permanecido sentada durante todo o jantar, seus músculos se
tencionaram impedindo–a de levantar–se sozinha. Edward a pegou pelo braço para
ajudá–la a ficar de pé, e ao fazê–lo, a visão das pérolas entre os peitos
sinuosos agravou seu estado de abatimento.
Ainda era cedo quando Edward e Emmett desviaram a atenção para Bella,
que com evidente esforço tentava se levantar do sofá. Voltou–se para seu
cunhado e se desculpou:
– Emm, peço desculpas, pois receio que não fui uma companhia muito
agradável esta noite e suplico que permita que me retire.
Emm fez uma reverência acompanhada de um bater de calcanhares.
– Sua beleza é sempre uma companhia refrescante, senhora – adulou–a –, e
lamento que deva partir agora, mas aceito isso. Até manhã então, doce irmã.
Bella assentiu e ergueu a mão para Edward, rogando em silêncio que a
ajudasse, ele segurou seu braço firmemente para ajudá–la a levantar–se, depois
a acompanhou até o pé da escada. Subiram alguns degraus, mas diante do
sofrimento de sua esposa, pegou–a nos braços e a levou até o dormitório, ela
colocou os braços ao redor de seu pescoço, apoiando a cabeça em seu peito com
um suspiro.
Embaixo, Mary se dispôs a segui–los para ajudar a sua senhora, mas sua
avó lhe agarrou o braço.
– Deixa–os sozinhos, menina – ordenou Hatti sabiamente. – A senhorita
não necessita de sua ajuda esta noite.
Edward empurrou a porta do dormitório com a mulher nos braços, deixou–a
suavemente na beira da cama e se ajoelhou para retirar as meias e os sapatos.
Suas mãos hesitaram antes de continuar com as ligas nas coxas. Engoliu em seco
e, tremendo, tocou suas quentes coxas para tirar a liga pela perna, Bella se
levantou e se voltou de costas para ele, deixando–o indeciso com a liga na mão.
– Pode desabotoar o vestido? – rogou–lhe. – Ao que parece, Mary não
virá.
Edward obedeceu, ao cair o vestido ao chão, agachou–se para recolhê–lo
enquanto ela esfregava as nádegas doloridas.
– Receio que maltratei minhas partes mais delicadas – se lamentou. –
Deveria ter sido mais precavida, lamento de verdade.
Edward também o lamentou, mas em silêncio. Foi em busca de uma camisola
onde as tinha encontrado na vez anterior e escolheu uma, voltou–se para levá–la,
mas se deteve no meio do caminho ao ver o corpo jovem e gracioso de sua esposa
nua, iluminado pelo resplendor dourado das velas. Contemplou–a lenta e
silenciosamente, o parto não tinha alterado sua figura nem deixado opaca sua
pele sedosa, de fato, encontrava–se agora na maturidade plena.
Edward sentiu secar a
boca, as mãos começaram a tremer, e seus sentidos se embriagaram de prazer,
voltou a engolir em seco e se aproximou com a camisola sem poder evitar regalar
os olhos com ela. Quando Bella se agachou para pôr a camisola, Edward descobriu
os sinais e os vergões vermelhos que marcavam suas nádegas. Edward exalou um
suspiro e se condenou mentalmente a manter a castidade várias noites mais.
Ao ouvir o suspiro, Bella acabou de amarrar o cinto da camisola e se
voltou para ele rodeando–lhe o pescoço com os braços.
– Rogo que me perdoe, querido – murmurou Bella. – Parece que o bom senso
não é uma de minhas virtudes. – Atraiu sua cabeça para si e depositou um fugaz
beijo em seus lábios, logo se voltou e se dirigiu até a grande cama.
Edward fez chiar os dentes repetindo uma e outra vez que não era próprio
de um cavalheiro possuir uma mulher nesse estado, especialmente se se tratava
de sua própria esposa. Seus melhores instintos ganharam a discussão em
detrimento de seu outro eu, soprou as velas, depois partiu para a sala de
estar, onde se desprendeu do casaco e o colete. Ficou olhando fixamente a
pequena cama com muito maus pensamentos, odiava ter que passar outra noite nela
e a amaldiçoou em voz baixa.
Exasperado, agarrou
uma toalha, saiu do aposento e correu escada abaixo, ao passar diante do
escritório, Emm saiu e o deteve apontando a toalha.
– Aonde demônios vai com isso? – perguntou com curiosidade.
– Vou tomar um banho no riacho – respondeu Edward sucintamente.
– Mas se está gelado! – acautelou o irmão.
– Eu sei! – grunhiu Edward seguindo seu caminho e ouvindo Emm cair na
risada a suas costas.
ahhhh que pena eu pensei que eles iriam se acertar!!1
ResponderExcluirCada x mas ansiosa para que eles se acertem logos
ResponderExcluirPor favor não deixar de postar mas
Não desistir da fic bjs
Não demora a postar,a fic esta tão gostosa de ler, amei esse capítulo e todos os outros ❤
ResponderExcluirVocê sumiu,2017 postou só dois capítulos:(
ResponderExcluirVolta logo, nós, suas leitoras, estamos com saudadeeee
ResponderExcluirQueria novos capítulos
ResponderExcluir