Autora: AnnaThrzCullen
Gênero: Romance, drama
Classificação: +16 anos
Categoria: Beward
Avisos: Adaptação, Linguagem Imprópria, Nudez e Sexo
Capítulo XI
Quando Merlion entrou repentinamente na tenda, Edward se levantou. Havia uma urgência tensa no visitante que despertava sua esperança.
—Descobriu alguma coisa? — ele perguntou, orgulhoso do tom calmo.
— Sim. — Merlion apontou para trás, e dois homens foram jogados dentro da tenda. — Não sei que tipo de jogo eles planejam, mas encontramos os dois idiotas perambulando pelo bosque.
Edward reconheceu o primo e foi invadido pela fúria, uma ira cega que o impelia a atacar Alec. E ele o teria atacado e matado, não fosse a interferência precisa de Emmett e Merlion.
— Podem me soltar — ele disse aos amigos e defensores. — Não vou matar o covarde. Não por enquanto. Antes ele vai ter de falar. E quem é esse outro?
— Meu nome é John, sir Alec e eu estamos aqui para oferecer ajuda. Queremos mudar de lado.
— Ah, sim? Sentem-se. — Edward viu John se sentar no banco de madeira, puxando o amedrontado Alec para se sentar a seu lado. — Por que devo acreditar no que diz?
— Senhor, que outro motivo nos traria aqui desarmados?
— Não sei. E ainda não me disse quem é você. O que faz com Alec?
— Sou um dos homens que entregou sua esposa a Volturi. — Ele se encolheu quando Edward deu um passo em sua direção. — Meu amigo e eu fomos informados apenas de que roubávamos uma noiva. Fomos levados a acreditar que tudo era apenas um desses jogos praticados entre os nobres. Vocês estão sempre se matando e roubando terras e mulheres uns dos outros.
— Nem todos somos iguais. O que fez vocês mudarem de ideia?
— Descobrimos que fomos enganados. Não era só um jogo. Talvez não acredite nisso, mas meu amigo Quil e eu temos algum senso do que é certo.
— Talvez possa me convencer disso. Continue.
— Bem, Volturi vai longe demais. Ele não se incomoda se tem de prejudicar mulheres e bebês. Quil e eu não aceitamos isso. Nunca participamos desse tipo de atrocidade, e não vamos começar agora. Descobrimos que ele não pretende deixar a mulher e o bebê vivos por muito tempo.
— E você também se incomoda com isso, Alec?
— Sim. — Ele finalmente encarou o primo. — Foi um erro deixá-lo atacar James, e agora você.
— Ele matou James?
— Não posso dizer com certeza, mas quando fala sobre o assunto, ele não se refere ao ocorrido como um acidente. De qualquer maneira, isso não é importante agora. Estou aqui por Isabella. Ele quer... Ele quer...
— Fale de uma vez, garoto! — John se inquietou. — Quil não vai conseguir segurar aqueles homens para sempre!
— Ele a quer. E pretende tomá-la. E Thomas e Bertrand estão com ele... com a mesma intenção. — Alec não continha as lágrimas.
— E você a deixou lá? — Edward gritou descontrolado.
— Não! Quil os afastou dela. Temos algum tempo.
— Pouco — John acrescentou. — Quil não vai poder retê-los para sempre. Temos de voltar para lá.
— Passamos metade da noite procurando uma brecha por onde pudéssemos entrar — disse Merlion. — Não há nenhuma.
— E como acha que saímos?
— Há uma passagem. Saímos por ela e viemos até aqui para buscá-los.
— Para sermos assassinados lá dentro? — Emmett questionou desconfiado.
Alec balançou a cabeça e respondeu:
— Por que eu me incomodaria com isso? Volturi só precisaria esperar até amanhã para ter tudo que quer. Edward simplesmente se entregaria. Por favor, confiem em mim. Por Isabella! Meu tio pretende violentá-la e depois entregá-la a Thomas e Bertrand! Acha que eu poderia ficar quieto diante dessa barbaridade?
Edward pegou a espada.
— Vamos — disse.
— Melhor deixar alguns homens aqui — John sugeriu enquanto se levantava.
— É verdade — concordou Alec. — Eles não podem ver muito bem do alto das muralhas, mas se não identificarem uma ou outra sombra se movendo pelo acampamento de vez em quando, podem ficar desconfiados. É melhor não alertá-los.
— Volturi sabe sobre essa brecha?
— Não, Edward. Eu nunca contei nada a ele. Ah, e seus homens estão na masmorra. É lá que fica a passagem por onde vamos entrar. Eles vão precisar de armas. Deixamos Tari vigiando para impedir que um dos homens de Volturi descesse e desse o alarme.
Edward saiu da tenda seguido pelos outros. Ele deixou Emmett com Alec e John enquanto dava ordens e cuidava dos preparativos. Sentia que Alec era sincero em sua intenção de ajudar, mas duvidava de sua força para perseverar. De qualquer maneira, pretendia tirar proveito desse raro momento de coragem do primo.
— Estamos prontos para partir — anunciou por fim. — Vocês vão na frente para indicar o caminho. E se tudo isso for uma armadilha, saibam que morrerão conosco.
Quando penetraram no bosque rumo ao tronco de árvore por onde entrariam na fortaleza, Emmett perguntou a Edward:
— O que vai fazer com Alec e John quando tudo isso acabar?
— Muitos homens os enforcariam.
— Sim. Mas sei que não vai ser essa sua decisão.
— Como posso punir Alec por ter sido dominado pelo tio durante toda a vida? E esse John... Ele me olhou nos olhos, Emmett. Foi honesto. Ele realmente acredita que roubar mulheres e terras é comum entre os nobres. Mesmo assim, sabe distinguir até onde pode ir com seus erros. Não vai fazer mal a mulheres e bebês. Devo a ele a vida de Isabella. Como poderia puni-lo?
—Tem razão, deixe-os. Imagino que eles pensarão duas vezes antes de se envolver novamente em malfeitos, mesmo que o pagamento seja tentador.
— É verdade. — Alec e John pararam ao lado de uma árvore. — É aqui?
— Sim, por aqui — Alec confirmou.
Todos o seguiram. Edward empunhava uma lanterna e, atento, passou pelo alçapão.
Tari os esperava do outro lado.
— Finalmente! — ele exclamou aflito. — Milorde...
— Trouxemos armas para os homens.
— Ótimo! Eles estão ansiosos para entrar em ação.
— Alguma notícia de Isabella? — Alec perguntou.
— Aquele homem... Quil... Ele esteve aqui. Quase o feri com a espada antes de perceber que era ele.
— É verdade — Quil confirmou.
— Isabella — Alec murmurou, segurando seu braço. — Como ela está?
— Contive Volturi tanto quanto pude. É bem verdade que um homem foi chicoteado por isso, mas... Bem, agora eles voltaram à torre. Se querem libertar a dama, é melhor correrem.
— Colin, Tari — Edward chamou. — Libertem os homens que estão aqui e armem-nos. Vou levar Emmett, Merlion e os outros. Onde está Isabella? Eu a vi na janela da torre oeste. É isso?
— Sim — confirmou Henry. — Mas tome cuidado quando for até lá.
— Eu sei. Eles a têm como refém.
— Ainda não — Quil gritou, correndo atrás deles. — Sua mulher encontrou um jeito de mantê-los afastados por mais um tempo.
— Como?
— Ela está na janela, milorde, e ameaça se jogar se um deles ousar tocá-la. Saí de lá um momento, e eles tentavam convencê-la a se afastar da janela.
— Por Deus! — Edward estremeceu. — Venham, vamos depressa! Ela pode estar falando sério!
Isabella se agarrava ao parapeito e tentava não perder o equilíbrio. Estava apavorada, mas temia ainda mais os homens no quarto. Era detestável pensar em se atirar no vazio, em voar para a morte e cometer o imperdoável pecado do suicídio, mas o que Volturi e seus capangas planejavam também era horrível. De um jeito ou de outro, ela pensou deprimida, o bebê não sobreviveria.
— Saia dessa janela, mulher — Volturi exigiu furioso.
— Não. Ficarei aqui até você sair.
— Vai macular sua alma por toda a eternidade se saltar para a morte.
— Está preocupado com minha alma? Pois saiba que prefiro o inferno ao que planeja para mim!
— Se pular, vai matar também a criança que espera.
— O que você e esses homens imundos pretendem também vai significar a morte do bebê. Não me dá escolha.
— Está bem, está bem. — Volturi ergueu as duas mãos num gesto conciliatório. — Desça daí, e prometo que nenhum de nós vai tocar em você. Tem minha palavra de que será deixada em paz.
— Sua palavra? Ah tá! Ela não vale nada. Só um tolo aceitaria sua palavra.
— Pense no que estou dizendo, mulher. Você não é útil para mim morta. Não quero que morra.
— Ainda não! — ela respondeu, sem perceber que os homens não a ouviam mais.
Só quando o quarto foi invadido ela percebeu que havia sido esquecida. Edward comandava a invasão ruidosa e violenta.
— Edward! — ela gritou incrédula.
— Desça daí antes que se machuque mulher maluca! — ele gritou, apontando a espada para Volturi.
— Sim, marido. Como quiser.
Isabella desceu da janela com grande cautela, mas, antes que pudesse saborear a sensação de estar novamente em segurança, as pernas começaram a tremer sob seu corpo. Zonza, ela escorregou para o chão sem entender o que acontecia, e foi se arrastando até um canto seguro contra a parede, fora da área onde se desenrolava a luta. Era impossível parar de tremer.
Edward se concentrava em Volturi. As roupas rasgadas e os hematomas que vira nos braços da mulher confirmavam o relato de Alec. Seu desejo era matar Volturi pouco a pouco, causando grande dor e interminável sofrimento. Não foi com surpresa que ele viu Aro empunhar a espada e, mesmo armado, empurrar Thomas na sua frente. Sua covardia era revoltante.
— Pare de se esconder atrás de seus cúmplices e me enfrente como um homem — Edward provocou. — Estou lhe dando uma chance que você não me teria dado.
— Mate-o! — gritou Volturi, encolhendo-se atrás de Bertrand e de Thomas. — Matem esse desgraçado, seus idiotas!
Emmett adiantou-se. Merlion também deu alguns passou à frente, pronto para agir, caso fosse necessário. Isabella fechou os olhos por um momento, sem saber o que esperar, mas voltou a abri-los ao sentir que alguém se aproximava. Surpresa, ela viu Alec, John e Quil se reunirem a sua volta formando um escudo.
— O que estão fazendo?
— Queremos impedir que meu tio tente usá-la como escudo — explicou Alec.
— Eu agradeço, mas preciso ao menos de um espaço para ver o que está acontecendo.
— Uma dama não deve testemunhar esse tipo de coisa.
— Não seja idiota, Alec!
Quil e John riram.
A violência a horrorizava, mas ela sentia uma estranha e inesperada excitação vendo o marido brandir sua espada com tanta maestria. Fechou os olhos por um momento quando Edward feriu Thomas. Não gostava dos seguidores de Volturi, mas nem por isso desejava vê-los sangrar até a morte. Sabendo que agora Edward enfrentaria Volturi, ela abriu os olhos e ainda testemunhou os últimos instantes do combate entre Bertrand e Emmett. Volturi perdia mais um homem.
Emmett colocou-se ao lado de Edward.
— Não — disse ele. — Quero enfrentar esse verme pessoalmente, Emmett.
— A culpa é toda de Alec — Volturi gritou desesperado ao se ver desamparado. — Foi ideia dele. Confesse, Alec! Revele como fui só um mero soldado forçado a fazer seu jogo!
A resposta de Alec foi tão cruel, vulgar e cheia de ódio, que Isabella o encarou boquiaberta. O som do choque entre espadas atraiu sua atenção de volta à luta. Apesar da evidente covardia, Volturi era um bom lutador. Isabella tremia novamente. Confiava na habilidade de Edward e sabia que ele poderia derrotar Volturi numa luta justa, mas não acreditava que Volturi tivesse a intenção de lutar com justiça e honestidade.
Depois de alguns momentos percebeu que o marido estava brincando com o oponente, causando ferimentos pequenos, mas dolorosos, adiando o golpe fatal. Considerava que Volturi era merecedor dos mais duros castigos, mas não suportava assistir à morte lenta.
De repente Volturi gritou, e ela soube que havia acabado.
Edward estava abaixado a seu lado, amparando-a.
— Está ferida?
— Não... — respondeu com voz fraca, dominada por forte vertigem. — Minhas roupas foram rasgadas, tenho alguns hematomas... Mas é só isso. E Thomas...?
— Está bem. Sofreu um corte na cabeça, mas não foi nada grave. Agora que conheci os dois homens que os atacaram na pousada, chego a acreditar que eles não usaram muita força quando o agrediram, ou meu filho estaria morto.
Ela fechou os olhos e sorriu aliviada.
— Sobre Quil e John...
— Depois, minha querida. Antes quero que as mulheres a examinem para termos certeza de que está mesmo bem. Depois será banhada e vestida com trajes apropriados e limpos. Então poderemos conversar.
O quarto foi rapidamente limpo. Todos os sinais de morte desapareceram. Duas mulheres chegaram para ajudá-la. Isabella foi examinada, banhada e ungida com bálsamos que aliviaram a dor de pequenos hematomas e ferimentos. Depois, ela foi posta na cama sobre muitos travesseiros e recebeu uma bandeja com uma variedade de guloseimas. Enquanto comia, conseguiu captar alguns detalhes sobre como Edward fora capaz de resgatá-la, mas foi um grande alívio vê-lo retornar ao quarto, depois de inspecionar o castelo, e expulsar todos que ameaçavam sua privacidade.
— Já começava a me sentir uma inválida — ela resmungou.
Edward riu e se serviu de um pedaço de queijo do prato na bandeja.
— Logo a levarei para os nossos aposentos — ele disse. — Volturi se instalou em nosso quarto, por isso dei ordens para que tudo fosse limpo antes de voltarmos para lá. Achei que você ia preferir assim.
— Sim, obrigada.
Ela parecia melhor, mas ainda estava um pouco pálida. Edward conteve o riso ao imaginar o que ela diria se soubesse como o marido passara a última hora, de joelhos na capela agradecendo a Deus por ainda ter a mulher e o bebê a seu lado.
Parte dele clamava pela revelação de seus mais profundos sentimentos, mas se mantinha calado. Acabara de salvar a vida dela, evitara uma terrível e traumática violência sexual, e toda e qualquer declaração de amor seria recebida com gratidão efusiva. E esse era o último sentimento que desejava despertar nela.
— Já mandei informar sua família de que o perigo está superado. Mandei notícias também para os que esperam em Royal Deeside — ele disse.
— Lamento por todo esse problema, Edward. Se eu não tivesse ido ao encontro de Tanya...
— Você não tem do que se desculpar. Nunca disse a ninguém que ela era minha inimiga, que poderia oferecer perigo. Quando deixei a corte estava decidido a falar sobre esse assunto, mas depois esqueci tudo sobre Tanya.
— O que fez com ela? Deixou aquela mulher livre para cometer outras maldades?
— Não. Ela está presa na masmorra em Royal Deeside. Quando eu voltar, chamarei a família dela para ir buscá-la e levá-la sob custódia. Porém, antes de partirem, serão informados sobre algumas verdades a respeito de Tanya. Falarei inclusive sobre o filho que tivemos.
— Pobre Thomas! Agora sabe que a mãe não se importa mesmo com ele.
— Se isso o magoa, ele esconde bem o que sente. Na verdade, acho que Thomas sempre soube disso. O que realmente o incomoda é que, mais uma vez, Tanya participou de um plano para prejudicar você. Isso é algo que ele não pode entender, e não sei se o ajudei muito nesse sentido. Não tive tempo. De qualquer maneira, tenho de informá-lo de que a mãe dele não sabia que um assassinato fazia parte desse plano.
— Tem certeza disso?
— Sim. Ela sabia de um plano de rapto para pedir um resgate, e viu nesse esquema uma forma de pôr algumas moedas em sua bolsa sempre vazia.
Isabella se reclinou contra os travesseiros e bebeu sem pressa o vinho em sua caneca, vendo Edward devorar o que ainda havia na bandeja. Ela estendeu a mão para tocar os cabelos do marido, que sorriu. Exceto por aquele primeiro abraço emocionado depois da morte de Volturi, haviam retomado o estado anterior da relação. Próximos, mas não muito, e confortáveis. A situação a entristecia, mas sentia-se ainda mais triste por sua participação nela. Ainda não revelara seus verdadeiros sentimentos, calando-se covardemente cada vez que tentava falar.
— Edward, acha mesmo que deve informar a família de Tanya sobre Thomas?
— Por que não? — Ele se levantou para remover da cama a bandeja vazia.
— E se eles também rejeitarem o menino? — Quando o marido voltou e se sentou a seu lado, ela apoiou a cabeça em seu ombro e se sentiu confortada pelo abraço. — Thomas saberia que tem familiares, mas que eles também não o querem.
— Existe essa possibilidade, eu sei. Mas tenho de dizer a eles. Já devia ter falado. Talvez a solução seja não conversar com Thomas sobre isso até ter certeza de qual vai ser a reação da família de Tanya. Não quero que ele sofra ainda mais.
— Quando ele for mais velho, talvez você possa falar com ele sobre tudo isso. Se a família o reconhecer, é claro. Se não...
— Se não, ele nunca saberá. Sim, talvez tenha razão, Isabella. Decidiremos tudo quando o momento chegar. Agora, temos outra questão a tratar. Queria falar comigo sobre Quil, John e Alec?
— Sim. O que planeja fazer com eles?
— Não pensei em nada. Por quê? O que acha que devo fazer? Foi você quem mais sofreu nas mãos deles.
— Não, Edward. Nas mãos de Volturi. Sei que Quil e John me trouxeram até aqui, para ele, mas esses homens são só seguidores, pequenos comandados. O verdadeiro mal estava em Volturi. Mesmo depois de terem me batido na cabeça, eles me trataram bem. E quando tomaram conhecimento dos verdadeiros planos de Volturi, eles ficaram chocados. Infelizmente, Quil e John não são modelos de coragem.
— Eu não teria tanta certeza. John me encarou quando admitiu ser um dos homens que a trouxe para cá. E estava desarmado quando fez essa confissão.
— Ora, isso é uma surpresa. Ele e Quil demonstraram sentir muito medo de você.
— De mim? — Edward fingiu inocência.
— O que quero dizer é que há neles uma semente do bem.
— E ela germinará se eles forem mantidos bem alimentados, abrigados e com algumas poucas moedas para atender às próprias necessidades — deduziu Edward.
Isabella riu.
— Você já havia decidido poupá-los.
— Sim, mas queria ter certeza da sua opinião. E Alec?
— Pobre Alec. Volturi fez dele o que é. Quem sabe que tipo de homem ele poderia ser, se não houvesse sido manipulado e prejudicado pela péssima influência do tio? Mas, por um momento, Alec enfrentou o tio. Infelizmente, ele não tinha a força e a habilidade, e Volturi percebeu e usou essa carência.
— Sim, eu sei disso. No final, quando foi realmente importante, Alec fez o que era certo. Não tenho estômago para matar alguém que tem o mesmo sangue que eu nas veias. Além do mais, Alec não sabe que James foi assassinado. Ele desconfia, mas não tem certeza.
— Mas ele sabia que você seria assassinado.
— Sim, e ignorou essa informação por uma razão que muitos homens considerariam boa. Ele queria você. Agora, creio que Alec desistiu inteiramente desse sonho. Sabe, começo a pensar que John e Quil o tomaram sob sua proteção. Talvez a melhor coisa a fazer seja pensar em alguma coisa que eles possam fazer juntos e que proporcione um certo lucro e os mantenha fora de confusões.
Isabella levou a mão à boca para conter um bocejo.
— E quanto aos homens de Volturi?
— Estão mortos.
— Todos eles?
— Sim, todos. Os homens que libertamos da masmorra sofreram um golpe duro contra sua honra. Foi impossível contê-los em sua ânsia de vingança. — Edward se levantou e a cobriu, acomodando-a para dormir. — Agora descanse. Passou por momentos difíceis e precisa se recuperar.
— Edward, sei que vai me achar um pouco tola, mas será que pode ficar aqui comigo? Pelo menos até eu dormir?
— Sim, e não acho que você é tola. Está traumatizada, assustada... Tudo isso é normal. O perigo real já passou, mas a memória ainda vai incomodá-la por um tempo.
Ela sorriu agradecida diante da resposta compreensiva. Aninhada nos braços do marido, Isabella fechou os olhos e começou a relaxar. Finalmente sentia que estava realmente viva, que o plano de Volturi fracassara.
— Isabella?
— Hum...?
— Ia mesmo pular daquela janela?
Sonolenta como estava, era difícil responder com clareza, mas ela tentou:
— Não sei. Parte de mim não via razão para não pular, mas outra parte repelia essa ideia. Se Volturi houvesse se aproximado, talvez... Sentia mais medo dele do que da morte ou do castigo de Deus.
Isabella já havia adormecido, mas Edward continuava ao lado dela, segurando sua mão. Estivera muito perto de perdê-la e de perder o filho que ela esperava. Depois disso seria muito difícil não tentar escondê-la do mundo, de qualquer possibilidade de perigo. Talvez estivesse condenado a passar o resto da vida temendo pela vida da mulher amada.
Capítulo perfeito!!! Amando cada vez mais a fic!!!
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